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A tormenta e a brisa

Chove tanto mundo afora
Que a janela embaça dentro
Vejo a noite pela fresta
Abro a porta, entra o vento

Trovão ruge no infinito
Raio rasga de improviso
Tudo branco em dois segundos
Vejo os céus – é um aviso!

Fúria impera violenta
Crueldade? És tremendo! 
Gritaria compulsiva
Deu blecaute em pensamento

Só chuvisca, alma limpa
É o Verbo que aterrissa
Com sorriso ele sussurra 
“Após tormenta vem a brisa”

 © Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.

Comentários

Muito Show Roberto cairia bem em uma História em Quadrinhos do Thor o do Capitão América em tempos de Guerra.
Guerreiro disse…
Excelente! Poema mais do que apropriado para estes tempos apocalípticos.
Anônimo disse…
Lindo, como tudo o que vc escreve! Parabéns!
Cesar disse…
Impressionante sua versatilidade.
Sandro disse…
Minha parte favorita:

"Chove tanto mundo afora
Que a janela embaça dentro
Vejo a noite pela fresta
Abro a porta, entra o vento"

Posso estar enganado, mas entendi que esse verso transmite a sensação de reflexão para sentirmos o que sente o sujeito do poema. A chuva são os problemas do mundo, a janela são os olhos, embaçados pelas lágrimas, a porta é se abrir e procurar um caminho (encarar os problemas, a "chuva"), e o vento são "os bons ventos", "novos ares", a mudança necessária.

Ainda preciso entender melhor os demais versos, mas já parabenizo você por mais essas linhas tão bem escritas.
Regina Guedes disse…
A D O R E I ! Uma visão poética dos acontecimentos atuais.
Wendell disse…
De fato!

Uma visão poética dos acontecimentos que vemos mundo afora.

" Só chuvisca, alma limpa
É o Verbo que aterrissa
Com sorriso ele sussurra
'Após tormenta vem a brisa' "

Linda esta parte, meu amigo Robbie.

Tenho certeza que o Verbo irá aplainar as montanhas, e tão claro quanto o raiar dos dias todos verão sua glória.

Faça mais poesias, meu amigo.

Abração!
Roberto Guedes disse…
Obrigado, pessoal! Com o tempo, postarei mais poemas!