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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

A calamidade da distribuição de gibis

Em sua coluna para o site do The New York Times de 26 de janeiro deste ano, George Gene Gustines alertava para algumas medidas extremas aplicadas pela Diamond Comic Distributors que atingiriam, principalmente, as pequenas editoras de quadrinhos dos Estados Unidos, e, cujos reflexos começarão a ser sentidos logo mais, a partir de março. A Diamond é a empresa que monopoliza a distribuição dos quadrinhos por lá, e por meio do seu catálogo Preview faz a ligação entre as editoras, os lojistas e os leitores. Diferente daqui, onde as editoras imprimem suas tiragens tomando por base a popularidade de cada título, resultados anteriores de vendas, e em orientações e acordos propostos pelas distribuidoras; na América, as editoras costumam produzir o número de exemplares de cada título (expostos no Preview ) em cima dos pedidos confirmados pelos leitores nas gibiterias, ou “comic shops”, como são chamadas pelos americanos. Com a queda cada vez mais vertiginosa nas vendas de gibis, a distr

A história não lembrada de Batman

A primeira imagem desta mensagem faz parte da página splash da revista Batman 208 (janeiro/fevereiro de 1969), dos estertores da Era de Prata. É a primeira e única aparição de uma tal “sra. Chilton”. Uma história muito interessante que recontou a origem do Homem-Morcego, desenhada por ninguém menos que Gil Kane, e escrita por E. Nelson Bridwell. Essa edição foi especial, com mais páginas, e intercalou texto e arte inédita com material antigo, para explicar diversos pontos do rico background do herói acumulados durante anos até aquele momento. No decorrer da trama, você fica com a impressão de que a velhinha é maluca. Mas ela realmente não está brincando quando diz que é a “mulher mais importante” da vida do Morcegão. Pode apostar que sim. Mais que Marcia Monroe, Julie Madison,Vicki Vale... O fato é que essa desconhecida sra. Chilton era uma governanta do Dr. Philip, tio de Bruce Wayne. “Sei...”, está você sussurrando meio desconfiado, não é? Bem, foram esses dois que acolheram o

Quando a RGE salvou a Marvel

Puxa, 30 anos! Lembro como se fosse ontem. Em fevereiro de 1979, as bancas brasileiras surpreenderam os leitores da Marvel com duas novíssimas publicações: Homem-Aranha 1 e O Incrível Hulk 1, ambas da Rio Gráfica e Editora (ou simplesmente RGE, hoje Editora Globo). Eram formatinhos simpáticos e coloridos, com 52 páginas, que traziam duas HQs em cada edição. Até um mês antes, o Cabeça-de-Teia era publicado pela Bloch Editores, e não houve nenhum comunicado oficial na imprensa ou em qualquer revista do “Clube do Bloquinho” de que aqueles personagens americanos mudariam de casa editorial. Exceção, surpreendente, ocorreu na seção de cartas de Kripta 29 (novembro de 1978) da própria RGE, quando, em tom profético, o leitor Jorge Veloso Amorim, de Campina Grande, Paraíba comentou que “[...] sabemos que os heróis do Grupo Marvel atualmente estão desaparecidos (ou quase) no Brasil. Sendo assim, ficamos na expectativa de que sejam relançados em massa por essa editora, como o foram os pers