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Mostrando postagens de novembro, 2008

Confraternização, Rock e Quadrinhos no Troféu Bigorna 2008!

"Uma pá de super-heróis": Gonçalo "Guerra dos Gibis" Junior, Roberto "Meteoro" Guedes, Márcio "Roko-Loko" Baraldi e Dario "Dálgor" Chaves. (wg) Quem esteve presente na primeira edição do Troféu Bigorna, ocorrida nas dependências do Bar Blackmore – localizado no badalado bairro paulistano de Moema –, não teve do reclamar. Ainda mais, se o maluco era chegado em gibis dos bons e a rockões dos mais pauleiras. A festa, comandada pelos Mestres de Cerimônia Eloyr “Bigorna” Pacheco e Marcio “Roko-Loko” Baraldi foi um tremendo sucesso, e contou com a presença de personalidades de renome da HQB, emissoras de televisão, e do comparecimento em massa do público, que lotou a casa de espetáculos. Eu e o meu Bigorna! (gf) Baraldi circulava com sua cartola mágica, recepcionando a todo mundo com o seu contagiante bom humor. Eloyr, mais centrado, anotava alguma coisa aqui, ajeitava outra acolá, mas não conseguia disfarçar sua emoção – sensação

Troféu Bigorna 2008: Baraldão vai comandar a festa!

Dia 29 de novembro, sábado, acontecerá a primeira edição do Troféu Bigorna, para os “Melhores do Quadrinho de 2008”. Idealizado pelo cartunista Marcio Baraldi e pelos criadores do site Bigorna (Eloyr Pacheco, Humberto Yashima e Marcelo Baptista), o Troféu Bigorna se constitui em mais uma bem-vinda opção de premiação aos profissionais da área quadrinistica brasileira, juntando-se aos já estabelecidos Angelo Agostini e HQMIX. Os premiados em suas respectivas categorias, são: Melhor Desenhista: Samicler Goncalves Melhor Roteirista: Francinildo Senna Melhor Chargista: Carlos Latuff Melhor Cartunista: Luiz Augusto Melhor Site de Autor: Graphiq Brasil ( Mario Latino ) Melhor Jornalista Especializado: Gonçalo Júnior Melhor Editora: Desiderata Melhor Editora Independente: Júpiter II ( José Salles ) Melhor Fanzine/Revista Independente: Café Espacial ( Sérgio Chaves ) Melhor Álbum/Livro de Humor: Macambira e sua Gente ( Henrique Magalhães ) Melhor Livro Sobre Quadrinhos: A Era de Bronze dos

Johnny Blaze se danou!

Há cerca de um mês, no máximo, eu cheguei a trocar algumas breves palavras com Tony Isabella, veterano roteirista de quadrinhos norte-americano, cuja carreira teve uma maior projeção – tanto lá fora quanto aqui – durante os anos 1970. Isabella nunca fez parte do rol de autores mais reverenciados pelos leitores, como alguns de seus contemporâneos da Era de Bronze, tais quais Steve Englehart, Marv Wolfman, Gerry Conway e Frank Miller, mas é possuidor de uma folha de serviços nada inexpressiva. Criou ou escreveu títulos bem conhecidos, entre eles Os Campeões, Capitão América, Luke Cage, Motoqueiro Fantasma e diversas HQs para os magazines de horror da Marvel. Boa parte desse material foi republicada no Brasil, em revistas das editoras Bloch e Abril. Ele também criou o primeiro super-herói negro de maior relevância para a DC Comics: Jefferson Pierce, o Raio Negro. Quem acompanhava os formatinhos da EBAL irá se lembrar dele (e quem não viu, corra logo pro sebo mais próximo de sua casa). Ao

Promoção: livros autografados e gibis gratuitos

Atenção, amigo leitor! Caso você queira receber qualquer um dos meus livros teóricos dedicado às Histórias em Quadrinhos, já com descontos especiais, com direito a dedicatória e autógrafo, e ainda ganhar um belo gibi de brinde, atente para a promoção adiante. Oferta válida por tempo limitado – até 31 de dezembro de 2008 – ou enquanto houver exemplares em estoque. Quando Surgem os Super-Heróis “Suor, lápis e imaginação!” Um livro ricamente ilustrado e repleto de informações. Mais que a óbvia constatação do apelo comercial dos super-heróis, este petardo editorial registra as histórias daqueles que ajudaram a construir – com muito suor, lápis e imaginação –, a fábrica de sonhos que é o mercado de comic books americano. Relata também os bastidores dos estúdios e o momento histórico em que cada herói foi concebido. Fala dos personagens mais populares da Era de Ouro; do período de ostracismo dos supers na época de “caça às bruxas” e termina, de forma triunfante, com a revolucionária Era de

Happy Birthday, Roy Thomas!

Roy William Thomas nasceu em Jackson, Missouri, em 22 de novembro de 1940 – ou seja, há exatos 68 anos –, e trata-se de uma das figuras mais importantes dos quadrinhos norte-americanos e mundiais. Começou a ler os comic books ainda cedo e logo se apaixonou pelas aventuras da Sociedade da Justiça, de Namor e do Tocha Humana. Anos depois, confessaria que seus dois personagens favoritos sempre foram o Coisa (do Quarteto Fantástico) e o Hawkman (Gavião Negro). Em 1961, formou-se em Pedagogia pela Universidade Estadual do Missouri e, em 2005, tornou-se Mestre em Ciências Humanas pela Universidade Estadual da Califórnia. Fora dos quadrinhos, suas maiores influências são Joseph Heller, Homero, Robert E. Howard e William Shakespeare. Já no meio que o consagrou: Stan Lee, Joe Simon, Jack Kirby, Walt Kelly, Harvey Kurtzman, Otto Binder, Gardner Fox e Julius Schwartz. No princípio da década de 1960, enquanto lecionava língua inglesa, foi convidado por Jerry Bails para co-editar o fanzine Alt

Coisas que você ainda não sabia sobre Stan Lee

Esta semana Stan “The Man” Lee foi homenageado pelo governo americano com uma das maiores honrarias que uma figura do meio artístico poderia receber: a National Medal of Arts, entregue às pessoas que dedicaram sua vida à promoção da cultura nacional daquele país. Lee esteve presente na cerimônia da Casa Branca, é claro, e com sua habitual simpatia recebeu das mãos – do não tão simpático – presidente George W. Bush aquele medalhão invocado. E antes que perguntem: não, ele não caiu em prantos como o cantor Alexandre Pires. Não é a primeira vez que o pai fundador do Universo Marvel é homenageado, e, pelo andar da carruagem também não será a última. No caminho de volta para casa na ensolarada e incendiada Califórnia – onde o destino de muitos “é ser star” –, Lee recebeu os cumprimentos virtuais de inúmeras pessoas, entre amigos e admiradores, inclusive deste que vos escreve; e, ao qual respondeu-me atenciosamente de bate-pronto, finalizando agradecido “Many thanks, Roberto. Excelsior!

A triste parábola do Blues

“Acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por meio de parábolas? Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado.” [Mateus 13: 10-11] Afinal de contas, a História em Quadrinho reflete o mundo à nossa volta, ou é somente o resultado legítimo de uma mente criativa e alienada? Nela, tudo é fugaz e despretensioso, ou há mais por trás do nanquim impresso do que possa supor nossa vã sabedoria? Seria o caso do simples acaso, ou não há nada de paranóico em constatar que realmente um grupo de pessoas exerce a manipulação de massa por meio dos – não mais – inocentes gibis? Antes que você comece a pensar que este primeiro parágrafo foi retirado do livro de Fredric Whertam Sedução do Inocente (para muitos, o libelo por excelência do caçador de pêlo em ovo), é preciso deixar claro que estas linhas foram redigidas por um apaixonado quadrinista, editor e pesquisador da dita Arte Seqüencial, OK? Essa conv

Quando Gwen se foi...

Dezembro de 1972. Fazia um frio terrível naquele final de tarde de sexta-feira. As ruas da Grande Maçã estavam todas enfeitadas para as festividades natalinas e as pessoas se apressavam para comprar os presentes de última hora. Mas nada disso parecia importunar um certo espectador, que por trás do vidro embaçado de uma janela, fitava o movimento abaixo, porém, com os pensamentos bem distantes dali. Com ele na sala estavam mais três homens, discutindo questões de trabalho. O falatório não parecia capturar sua atenção, até que um deles disse em alto e bom som: – Ela é muito caipira! – os outros dois riram comedidamente, e o distraído, enfim, se manifestou. – De quem Gerry está falando, John? – Da Gwen! Ela é muito certinha, Stan. Um peso morto nas histórias do Aranha! Não serve pra nada... só fica choramingando pelos cantos! Stan, surpreso, arregalou os olhos, enquanto Gerry, o mais jovem ali presente se levantou, e, titubeante, entrou na conversa. – Bem, eu estou há pou

Você conhece a “outra” série Cinco por Infinitus?

Em 1971, a EBAL (Editora Brasil-América Ltda) lançou no Brasil a série de ficção científica Cinco por Infinitus, do premiado autor espanhol Esteban Maroto. Para comportar os belos e arrojados desenhos, a editora carioca dividiu as histórias em 19 volumes enormes com páginas em tons de azul. Desnecessário dizer que esses exemplares – e mesmo a edição encadernada – tornaram-se itens de coleção caríssimos, e difíceis de serem encontrados em sebos. Mas a procura vale a pena, e com certeza você irá se encantar. Acha que estou a exagerar? Então pergunte a Neal Adams. Neal Adams? Isso mesmo. Foi ainda nos anos 1960 que o co-criador do mutante Destrutor (o herói com o visual mais acachapante da Era de Prata) entrou em contato com a obra de Maroto, em uma livraria de usados na vizinhança do Harlem, em Nova York. Adams ficou maravilhado com esses “Legionarios del Espacio” assim definidos em algumas edições, e, em outras, que achou posteriormente, como “Cinco por Infinito”. O nome não i

Sayonara, Samurai Mágico!

No momento em que esta é redigida, todo mundo já deve saber que às 10:40h do sábado, 15 de novembro de 2008, o quadrinista e editor Cláudio Seto faleceu, após sofrer um derrame decorrente de complicações com pressão alta e diabetes. Sua carreira começou há mais de quatro décadas. Talentoso como poucos, logo que o lendário Minami Keizi da Editora Edrel bateu os olhos em suas pranchas, o escalou para a “Equipe A” de suas produções – dedicada às revistas em “estilo mangá” (o quadrinho japonês). Assim como Minami, Seto foi um dos primeiros artistas a fazer mangá fora do Japão, e, talvez, no mundo (puxando rápido pela memória, lembro apenas de Sanho Kim, que era coreano e produzia para o mercado americano), ainda nos anos 1960, desenhando as histórias de seu personagem Ninja, O Samurai Mágico. De acordo com meu amigo, o jornalista e pesquisador Gonçalo Junior: "A maior mágoa que Seto tinha era o de ser acusado de ter copiado Lobo Solitário na revista Histórias de Samurais. Ele s

O dia em que Batman encarou o Poderoso Thor

Todo mundo sabe que o Poderoso Thor é um sujeito meio esquentado e briguento. Que já saiu na porrada com quase tudo quanto é fulano: Galactus, Hulk, Surfista Prateado... e até mesmo com Superman. Pra ele, não tem conversa: se alguém olhar torto, vai levar bordoada... (ops!) martelada. Entretanto, todos seus antagonistas costumam ser pesos pesados, afinal, o representante viking do lado de lá da ponte do arco-íris não é um sujeito covarde, tampouco mau caráter. No máximo, um pouco rebelde – resultado de uma juventude complicada, devido a um pai possessivo que regulava até com quem o rapagão poderia ou não namorar. Bah... não é à toa que o mancebo se mandou de Asgard e deixou a cabeleira passar dos ombros... Porém, houve um dia em que o lendário Thor teve de enfrentar um cara bem menos poderoso do que ele. Aliás, dois “carinhas”: Batman e Robin. Isso mesmo! O imbróglio aconteceu há muito tempo, precisamente nas páginas da revista Batman 127 (outubro de 1959), ou na versão brasileir

"Se liga" na KLIK!

Há algum tempo correu a notícia a respeito das novas mudanças na linha editorial da MAD nacional, e confesso que não fiquei nada surpreso. Digo isso, não com alguma autoridade ou pré-conhecimento dos fatos – mesmo porque não possuo nem um e nem outro a respeito do referido assunto –, mas simplesmente devido a uma constatação cada vez mais gritante de que tudo passa. A uva passa, o ferro passa, e os editores também passam. Como não comprei nenhuma das novas edições da revista, não posso, sequer, palpitar a respeito. Resta-me torcer para que o novo comandante do magazine faça bonito, assim como o seu antecessor o fez por tanto tempo também. OK, eles são profissionais com estilos diferentes, eu sei, mas também vivemos tempos diferentes. E pelo timaço que convocaram pra nova fase da publicação (Bira, Baraldi, Marcatti, Xalberto...) com certeza, valerá a pena conferir. Analisando a “escalação” dos artistas, a coisa parece pender mais para uma linha de humor alternativa que para a comé

John Romita e a Princesa Mexicana

Essa eu tenho certeza de que você vai gostar, intrepid one. Pelo menos, se você for um dos fãs de John Romita, vulgo "Jazzy" Johnny, é evidente. O desenhista começou sua carreira bem cedo, mas demorou a engrenar. Após ser dispensado da Atlas (nome que a Marvel ostentava em suas capas nos anos 1950) – quando o patrão Martin Goodman descobriu que Stan Lee acumulava em suas gavetas um estoque considerável de páginas inéditas de vários artistas –, Romita “sofreu” oito longos anos na DC Comics delineando histórias melosas de amor para o público infanto-juvenil feminino. Mas esse calvário estava com os dias contados. Em 1965, os corredores da Marvel transpiravam novos ares. Prova disso é que quando Lee jogou uma pilha de gibis do Homem-Aranha, Thor, Quarteto Fantástico entre outros, no seu colo, e disse “Você não tem idéia do quanto esses heróis são populares!”, Romitão sabia que era pegar ou largar. E pegou – mesmo sabendo que iria ganhar menos do que em uma agência de public

Ele é o Homem-Aranha!

Será realmente necessário contar outra vez a gênese do Homem-Aranha? Estaria o leitor deste blog a tomar conhecimento do aracnídeo mais legal do mundo pela primeira vez aqui? Claro que não! Mas uma coisa eu tenho de admitir: não há muitos por aí que já tenham falado tanto a respeito do sobrinho mimadinho da tia May como este autor. E isso já vem de longa data, desde a época dos pré-históricos fanzines, lá atrás, nos anos 1980. Depois, a coisa tomou forma e ficou mais bacana, e não faltaram artigos em revistas e magazines especiais, capítulos inteiros em meus livros, trabalhos de edição em álbuns de luxo, e tradução de histórias clássicas. Até mesmo o bom e velho Stan Lee (o criador do Teioso), eu tive a honra de entrevistar, e, desde então, passei a trocar algumas palavrinhas com “The Man”, quando sua agenda permite. Excelsior! Certa feita, inclusive, ele comentou o quanto lamentava a perda de seu grande chapa Jim Mooney, falecido em 30 de março deste ano. Mooney também desenhou

Como vencer os "Pequenos Golias" da vida

Um homem estava à beira de um colapso nervoso. Ele estava encurralado. Humilhado por todos os últimos acontecimentos injustos a que fora obrigado a passar – às perseguições impiedosas e canalhas, às mentiras, às invejas e às juras de morte – que não sabia mais para que lado virar, nem a quem recorrer.  Nessa hora, num momento desses, a família pode ser a pá de cal para o soterramento derradeiro. “Amigos", então... ora, é assim que nós os definimos de vez. Só lhe restava mesmo cair ao solo de joelhos, e orar aos céus, ao Senhor de toda a criação... e ao Leão de Judá, o Verbo Divino - que era, que é, que estava lá no princípio, e que haverá de voltar... para Sua própria honra e glória eterna! Em meio ao turbilhão de palavras desesperadas, do pranto e do gemido, baixou a luz da provisão, feito um raio fulgurante e escarlate... como um meteoro desenfreado zunindo pela freeway do abismo espacial. E, então... SHEKINAH! Impávido... destemido... pronto para o que der e vier, o h