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Mostrando postagens de janeiro, 2019

"Em chamas!"

Anúncio acachapante disfarçado de artigo em página dupla do meu primeiro livro: Quando Surgem os Super-Heróis - que apareceu na revista 100 Balas 23 (outubro de 2003), da Opera Graphica. Esta arte com o Tocha Humana original da Era de Ouro (Jim Hammond) foi feita por Cal Duran, e apareceu originalmente no fanzine Quartel-General 1 (abril de 1999) em preto e branco.  As cores vibrantes foram feitas pela Cícera Malheiro, e a diagramação descolada ficou a cargo do mago do design Marcos Freitas. Em detalhe à direita do artigo, a capa do livro desenhada por Alexandre Jubran, ainda sem os devidos acabamentos. As carinhas enfileiradas dos personagens deram um charme todo especial e nostálgico, não acha? Tá falado! * Via perfil do autor no Facebook. Revisado e atualizado * © Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.

Nostalgia: Álbum de Figurinhas Super-Heróis

O Álbum de Figurinhas Super-Heróis foi lançado em 1978, pela Editora Dimensão Cultural, num momento de entressafra da Casa das Ideias no Brasil, quando os personagens mal eram publicados pela Bloch, e pouco antes de seguirem para a RGE. Apresentou à molecada heróis que ainda não haviam estreado em gibis brasileiros, como Nova, Miss Marvel e Guardiões da Galáxia. As imagens selecionadas para estampar as figurinhas eram todas sensacionais! Eram artes (retocadas) de capas e cenas das HQs de Jack Kirby, Steve Ditko, John Romita, John Buscema e outros mestres do traço. Tudo em cores vibrantes, com efeitos muito legais para a época. E ainda, ao fundo, o álbum trazia várias ilustrações dos super-heróis, em duas cores - dando um visual muito bacana às páginas. Ao que se consta, esse álbum também foi lançado na França e, provavelmente, na Espanha. "Um álbum bonito pra caramba", esse era o consenso entre a molecada do final dos anos 1970 (da qual eu fiz parte). Infe

A super Múmia de Kharis

Em 1977, a revista A Múmia Viva, da série homônima da Marvel Comics, era um dos títulos de terror da Bloch Editores que mais  vendia. O probleminha era que a Marvel produzira poucas histórias.   Daí, para não ter de cancelar o título, o editor Edmundo Rodrigues contratou o escritor Rubens Francisco Lucchetti e o desenhista Júlio Shimamoto para criar uma nova série com um personagem mumificado.  Surgiu assim, a partir do número 6 (sem data no expediente), com o título abreviado para A Múmia,  a Múmia de Kharis, protagonista de uma série movimentada que misturava terror, aventura e até mesmo uma pitada super-heroica, com cenas de lutas coreografadas de fazer inveja ao Batman.  Lucchetti escreveu seis histórias, deixando os roteiros seguintes para outros autores. A revista seria cancelada somente com a edição 18. Foi também um dos poucos trabalhos de Shimamoto nas HQs a ser publicado em cores. Em 2005, o escritor Marco Aurélio Lucchetti (filho de Rubens), escreveu um l

Chet: um tremendo faroeste à brasileira!

Entusiasmado com as boas vendas da revista do Tex, um caubói oriundo da Itália, Lotário Vecchi, proprietário da Editora Vecchi, do Rio de Janeiro, pediu ao seu editor, Otacílio D’ Assunção, vulgo Ota, que contratasse dois autores para a produção de um faroeste nacional.  Assim, Ota contatou os irmãos Wilde e Watson Portela (na época, Wilde ainda não assinava seu sobrenome com dois “L”), passando-lhes as diretrizes básicas da primeira história: a de se iniciar com um massacre no rancho de Chet Mackee, e que o mocinho deveria ter como amigos um adolescente e um homem abrutalhado.  Na concepção dos autores, o garoto se tornou Rick, irmão mais novo de Virginia, a esposa assassinada de Chet. Já o abrutalhado seria Blue, uma referência mais discreta a outro famoso caubói europeu, o Blueberry, do francês Moebius.  Durante muitos anos especulou-se que o nome “Chet” teria sido uma escolha do próprio Lotário, sendo também um anagrama para “Tex”. Contudo, Wilde afirmou que ele simpl

Jerônimo, um herói multimídia

Antes de tudo, Jerônimo é uma surpreendente adaptação do faroeste americano para os sertões brasileiros. Protagonista de uma novela de rádio transmitida pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Jerônimo, o Herói do Sertão foi criado em 1953 por Moysés Weltman.  O programa fez tanto sucesso que ficou no ar 14 anos. Em julho de 1957, a RGE (Rio Gráfica Editora) começou a publicar sua versão em quadrinhos, desenhada por Edmundo Rodrigues. O artista baseou as feições do personagem nas do povo amazonense. Rodrigues também declarou que a primeira edição do gibi vendeu, num só dia, 140 mil exemplares.  O personagem atingiria quase 100 edições entre o título mensal e almanaques, e sua trajetória na RGE seria cancelada apenas em 1966, praticamente coincidindo com o fim das transmissões radiofônicas. Adiante, Jerônimo também viraria telenovela, primeiro pela Tupi (1972), e depois pelo SBT (1984). Nas duas ocasiões, encarnado pelo ator Francisco di Franco.  Ainda em 1972, o personagem