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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Emoção e aplausos no Prêmio Angelo Agostini

A 26ª edição do Prêmio Angelo Agostini – dedicada aos melhores profissionais e obras em Quadrinhos do ano anterior – foi realizada sábado, 27 de fevereiro, nas dependências do SENAC Lapa. Foto 1: Com meu "primo da Bota"  Primaggio Mantovi e Baraldão Calculo que esteve presente um grupo de cerca de 150 pessoas, entre premiados, familiares, palestrantes e apreciadores em geral da Arte Sequencial. O AA é organizado anualmente graças aos esforços louváveis e solitários do jornalista Worney Almeida de Souza, sob a chancela da AQC – Associação dos Quadrinhistas e Caricturistas do Estado de São Paulo. Foto 2:  Com Birão e Rodval Matias Festa bacana que promoveu debate, exposições artísticas, reencontro de antigos parceiros de trabalho, troca de informações e a eterna discussão reflexiva quanto à importância dos Quadrinhos em nossa sociedade. Da minha parte, fiquei muito feliz com o convite de Worney para entregar o troféu Jayme Cortez (de “Incentivo ao Quadrinho B

Entre deuses e demônios

Nascido Jacob Kurtzberg em 28 de agosto de 1917, na baixa zona leste de Nova Iorque, Jack Kirby quase sucumbiu à pneumonia quando garoto. Escapou da morte, dizem, devido à intervenção de rabinos exorcistas, que, literalmente, botaram o capeta pra correr do corpo daquele garotinho, filho de imigrantes judeus. Tal experiência o marcaria profundamente, tanto em nível pessoal, quanto profissional. De acordo com o biógrafo Roy Wyman “a vida de Kirby foi tomada pelo misticismo da fé e da superstição”, o que pode ser denotado em boa parte de seus trabalhos de caráter autoral, como Novos Deuses, Eternos, Etrigan o Demônio, e, até mesmo – por que, não? – em O Incrível Hulk (da parceria com Stan Lee), uma mistura literária e macabra de Frankenstein com O Médico e o Monstro. Até hoje muitos me perguntam por que Jack Kirby é conhecido como o “Rei dos Quadrinhos”. Que teria feito ele, assim, de tão especial para receber tamanha honraria? A melhor resposta continua sendo o seu – praticamente

"Formato jóia! Precinho gostoso!"

E lá se vão 35 anos desde que Homem-Aranha e Capitão América iniciaram uma jornada diferente, e muito divertida, longe das páginas sóbrias da Editora Brasil-América (EBAL), do pioneiro Adolfo Aizen. Tudo começou em fevereiro de 1975, quando os direitos desses dois grandes personagens passaram para uma outra editora, a Bloch Editores – até então, pouco afeita às Histórias em Quadrinhos, e conhecida por suas revistas de notícias Manchete e Fatos & Fotos. Seu fundador, o ucraniano de origem judaica Adolpho Bloch, vislumbrou as possibilidades comerciais de se investir nas HQs, e fez sua oferta para a Marvel Comics, já na ocasião, líder do mercado americano no segmento. Wilson Vianna, sua "secretária mirim" Danielle, e o diretor da Bloch Moyses Weltman, formalizam convênio entre o Clube do Capitão Aza e o Clube do Bloquinho. Os argumentos de Bloch eram irresistíveis: títulos individuais para cada um dos personagens, mesmo para os menos populares e expressivos