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Parábola: o magazine do selo Guedes Manifesto

Já fazia um bom tempo que os leitores de Gibilândia, Status Comics e Força Máxima exigiam uma publicação com mais páginas e dimensões maiores. Para atender a esse clamor, o selo Guedes Manifesto está lançando Parábola, um título em formato magazine (nos mesmos moldes da histórica A Espada Selvagem de Conan ). Outro diferencial de Parábola é o seu conteúdo de alto nível, que mescla quadrinhos maduros de diversos gêneros, literatura e jornalismo cultural – com reportagens mais aprofundadas e entrevistas extensas. A intenção é que Parábola tenha uma periodicidade semestral, a qual, para ser garantida, deverá ser aprovada pelo público. Então, evidentemente, você é parte fundamental para que o magazine não fique apenas na “edição piloto”. M AS ATENÇÃO: A TIRAGEM É LIMITADÍSSIMA! PARA GARANTIR SEU EXEMPLAR, ENVIE UMA MENSAGEM PARA O E-MAIL guedesbook@gmail.com   SOLICITANDO PREÇO E FORMAS DE PAGAMENTO. Confira as atrações deste número 1: A ENTREVISTA SECRETA DE LEN WEIN -...

A melhor história de Natal

Eu não lembro se algum dia, durante a minha infância, cheguei a acreditar em Papai Noel. É muito provável que não, e isso é culpa - ou seria graças [?] - aos meus irmãos mais velhos. "Papai Noel não existe, seu bobo! É o papai que compra os presentes pra gente", diziam aqueles dois terríveis destruidores de fantasia. Hoje, claro, só tenho a agradecer a eles por isso. É que eu não vou com a cara desse Papai Noel que alimenta o consumismo desenfreado no coração das pessoas e afasta o afeto natural que todos nós - e não apenas as crianças - deveríamos ter por Jesus Cristo, o aniversariante do dia, e verdadeiro merecedor de reverência. "Papai Noel, velho batuta, rejeita os miseráveis", conforme aquela música da banda Garotos Podres. Pois é, mas é difícil para nós todos contrariarmos as convenções estabelecidas. Até mesmo quem não é cristão comemora a data e troca presentes (uma tradição que também é atribuída a costumes pagãos). Contudo, o importante mesmo é não ...

Quando Gwen se foi...

Dezembro de 1972. Fazia um frio terrível naquele final de tarde de sexta-feira. As ruas da Grande Maçã estavam todas enfeitadas para as festividades natalinas e as pessoas se apressavam para comprar os presentes de última hora. Mas nada disso parecia importunar um certo espectador, que por trás do vidro embaçado de uma janela, fitava o movimento abaixo, porém, com os pensamentos bem distantes dali. Com ele na sala estavam mais três homens, discutindo questões de trabalho. O falatório não parecia capturar sua atenção, até que um deles disse em alto e bom som: – Ela é muito caipira! – os outros dois riram comedidamente, e o distraído, enfim, se manifestou. – De quem Gerry está falando, John? – Da Gwen! Ela é muito certinha, Stan. Um peso morto nas histórias do Aranha! Não serve pra nada... só fica choramingando pelos cantos! Stan, surpreso, arregalou os olhos, enquanto Gerry, o mais jovem ali presente se levantou, e, titubeante, entrou na conversa. – Bem, eu estou há pou...