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Mostrando postagens de abril, 2009

Neal Adams: uma carreira que quase não começou

Um dos nomes mais famosos dos Quadrinhos mundiais! Dono de um estilo fotográfico dos mais imitados. Polêmico, de espírito ativista, com fortes posições quanto ao papel do desenhista no mundo de negócios que é o mercado americano dos Comics. Criador visual de vários personagens marcantes como Deadman, Morcego-Humano e Destrutor, é também considerado por muitos como o artista definitivo de Batman. Por essas e outras torna-se interessante notar que a gloriosa carreira de Neal Adams correu o risco de ser abortada logo em seu início há 50 anos. É isso mesmo, intrepid one! E eu explico! Assim como outros garotos da década de 1950, Neal Adams foi um fervoroso leitor das revistas de terror da EC Comics. Seus desenhistas preferidos eram Wally Wood, Jack Davis e Al Williamson. O gosto pela arte o fez matricular-se na School of Industrial Arts. Foi quando se convenceu de qual profissão queria abraçar: a de desenhista de Histórias em Quadrinhos (embora as pessoas mais velhas o desencorajas

Meteoro versão "bonequinho"

De vez em quando "viajo" pela rede à procura de novidades, e, não raro, me deparo com algumas surpresinhas agradáveis. Por exemplo, certas homenagens bem bacanas que me enchem de orgulho. É o caso do fotolog NHQ: Núcleo de Quadrinhos, com várias – e divertidas – versões “bonequinhos” de super-heróis brasileiros; entre elas, esta aí do meu personagem Meteoro. Convenhamos, um barato, não? Há outras homenagens feitas ao Mascarado Voador em vários fotologs e blogs, e na medida do possível irei destacá-las aqui no Manifesto. Em algum lugar, entre o horizonte e a imaginação, Meteoro continua seu vôo... e sorri de satisfação. © Copyright Roberto Guedes

A Garota-Aranha continua na dela

Com a história “Quem é Gwen Reilly?”, Spider-Girl (Garota-Aranha) a filha de Peter Parker e Mary Jane de um futuro alternativo reestréia mais uma vez, agora na quinta edição da revistona The Amazing Spider-Man Family. Dona de um fã-clube pra lá de fiel, a garota aracnídea vem provando a cada dia que boas tramas não cansam a beleza dos leitores – independente do fato de que seus títulos solos anteriores não tenham alcançado os patamares de venda desejados pela Marvel Comics. Ou seja: a culpa não é da personagem e de seus autores se a grande massa de público não conhece o material. A curiosidade do momento repousa na tal Gwen Reilly. Mesmo o leitor mais desavisado deve lembrar que “Gwen” é o nome do grande amor do Homem-Aranha, que faleceu anos atrás, durante um combate do herói com o Duende Verde. Já “Reilly”, além de ser o sobrenome de solteira de tia May, foi também adotado pelo falecido clone de Peter. Muita gente ainda torce o nariz para a bagunçada "Saga do Clone” public

E tudo começou há 75 anos

OK, intrepid one! Eu sei muito bem que a gênese dos Quadrinhos no Brasil remonta há bem mais do que 75 anos; na verdade data do final do século 19, precisamente, ao dia 30 de janeiro de 1869, quando o abolicionista ítalo-brasileiro Angelo Agostini publicou “As aventuras de Nhô Quim ou impressões de uma viagem à corte”, subdividida em nove capítulos, na revista Vida Fluminense. Sei também que Agostini produziu quadrinhos até antes de “Nhô Quim...”, só que esta, depois, seria considerada a estréia oficial das HQs brasileiras, devido à importância histórica da figura do autor – além de ser a primeira HQ em série com um mesmo personagem. Disso tudo eu comentei em meu livro A Saga dos Super-Heróis Brasileiros (Opera Graphica, 2005), além de que, em 11 de outubro de 1905, o ilustre jornalista Luiz Bartolomeu de Souza e Silva lançou (pela editora O Malho), O Tico-Tico – considerada por muitos estudiosos, a mais importante revista infantil brasileira, devido a seu pioneirismo no segment

Quadrinhos & Rock'n'Roll

Hoje foi divulgada em alguns órgãos de imprensa a seguinte nota: – O jornalista especializado em quadrinhos Roberto Guedes assina na revista MP3 World, número 4, deste mês, uma extensa matéria sobre o Rock nos Quadrinhos. Guedes faz uma profunda análise da relação entre o Rock’n'Roll e as HQs, citando inúmeros casos de sucesso como os famosos gibis do KISS, de Alice Cooper, Rolling Stones, entre outros músicos. [...] A revista, da Editora AGTreguer, custa R$12,90 e traz junto um CD-Rom com uma versão digital da revista de 170 páginas, além de treze CDs inéditos em MP3 de bandas de Rock nacional independentes. Nas bancas de todo Brasil. Outras informações pelo site www.mp3world.com.br – Ainda ontem, no site Bigorna, a notícia já circulava – clique aqui para conferir. Trata-se da matéria "Rock e Quadrinhos – Tudo a Ver!", em que, prazerosamente assinei, tendo a oportunidade de falar sobre duas das minhas paixões declaradas: música e literatura – ou melhor: Rock e Gi

A festa

A imagem ao lado é da história "In the hands of the hunter!" de Amazing Spider-Man 47 (abril de 1967). Sem dúvida, trata-se de uma das minhas edições preferidas do Cabeça-de-Teia de todos os tempos (e talvez, seja uma das suas também). E por várias razões. Tais quais: 1ª – Provavelmente, é a HQ mais "alto astral" do Homem-Aranha daquele período. 2ª – Flash Thompson, o mala-sem-alça, foi convocado para lutar no Vietnã, e a turma – mais especificamente, a doce Gwen Stacy – decide fazer uma festa de despedida para o exibido da Universidade Empire State. 3ª – Os chapas Harry Osborn e Peter Parker passam de carro na casa das garotas (e rivais), Gwen e Mary Jane, a fim de levá-las à balada – e os casais aqui, em pouco tempo se inverteriam. 4ª – Durante as minhas incontáveis leituras dessa história, sempre imaginei que música estaria rolando durante a festa. Por acaso seria um novo disco dos Beatles ou dos Rolling Stones? Sei lá... 1967 foi o ano da ruptura do

Qual é a medida do homem?

Qual é a medida de um homem? Como podemos defini-lo enquanto ser humano, indivíduo e caráter? Quais as principais qualidades que o destacam em meio à sociedade? A humildade, por exemplo, sempre será reconhecida como uma qualidade a ser realçada e admirada pelas pessoas, não é mesmo? Mas quem realmente é humilde? Como saber? Apesar de toda a sua fama e prestígio, Stan Lee – criador-mor de Homem-Aranha, Incrível Hulk, X-Men etc. –, manteve sempre uma postura despojada e, até um tanto quanto depreciativa de sua própria importância para os fundamentos do Universo Marvel; atribuindo, por vezes, aos seus parceiros geniais (Steve Ditko, Jack Kirby e John Romita entre outros) grande parte dos méritos na elaboração dos conceitos das histórias e personagens; o que gerou em boa parte da imprensa especializada e do fandom uma certa confusão. Ou seja, confundiram a humildade e sinceridade de Stan com má fé e pilantragem. E muita gente de coração ruim – que só vê maldade em tudo – se aproveitou dis