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Mostrando postagens de setembro, 2014

"Um artigo fascinante"

Tempos atrás eu escrevi pra revista especializada  Alter Ego (editada por Roy Thomas) um longo artigo sobre as HQs dos X-Men feitas pelo pessoal pela GEP no final dos anos 1960. Caso você não se recorde do assunto, basta clicar  aqui. Muita gente curtiu a reportagem, como o roteirista Tony Isabella (criador da equipe Os Campeões, pra Marvel, e do super-herói Raio Negro, pra DC), que teceu comentários pra lá de positivos no  Bloggy Thing: "Roberto Guedes contribuiu com um artigo fascinante sobre as mais de 100 páginas de histórias originais dos X-Men produzidas no Brasil, durante os anos 1960. Eu fiquei espantado ao descobrir que numa daquelas histórias aparece um super-herói chamado Raio Negro*. Com este já são três Raios Negros que antecedem o super-herói que eu criei em 1976. Existiu um cavalo com esse nome que estrelou um filme mudo, além do cavalo que Johnny Thunder montava nos gibis de faroeste da DC entre os anos 1940 e 1960". Bem, várias pessoas entraram em conta

Roy Thomas fala da Marvel aos brasileiros

Esta é para marvetes, marvelmaníacos e true believers de toda parte e espécie. A revista Mundo dos Super-Heróis 59 dedica páginas e mais páginas aos 75 anos da Marvel Comics. Além das costumeiras atrações de bom gosto produzidas pela equipe da Mundo, com direito a pôster e capa especialmente feita para o magazine, a edição traz um maravilhoso dossiê da editora de quadrinhos mais famosa do mundo.   A reportagem gigante é dividida em sete partes, três delas sob a minha responsabilidade.   Inclusive, a entrevista inédita com ninguém menos que Roy Thomas - ou a "cereja no bolo", como elogiosamente se referiu à entrevista o grande jornalista Jota Silvestre. Detalhe: Jota matou a pau na Linha do Tempo da Marvel, que vem no verso do pôster, destacando os principais momentos da editora norte-americana. Thomas, como todo mundo sabe, é um dos maiores roteiristas de super-heróis de todos os tempos, ex-editor-chefe da Marvel, e o cara que transformou Conan em ícone da Cultura P

Qual é a cara do super-herói brasileiro?

O final da década de 1960 seria marcado pela publicação do primeiro número de O Pasquim , idealizado por jornalistas e cartunistas importantes como Jaguar, Ziraldo, Paulo Francis, Millôr Fernandes e Henfil , só para citar alguns. Para os mais desavisados, O Pasquim tratava-se de pura sátira; para outros, pendendo pela esquerda, manifesto de conscientização política. Talvez fosse um pouco disso tudo, ou quem sabe, algo mais, tipo um oásis cultural em meio à mesmice patriarcal imposta às editoras pela famigerada ditadura militar. Na esteira, já no comecinho da década seguinte, ocorreram as primeiras manifestações de cartunistas como Laerte e Angeli 1 na universitária O Balão. Os anos 1970 começaram cheios de incertezas. O atentado do grupo terrorista Setembro Negro contra atletas israelenses durante a Olimpíada de Munique de 1972; a recusa de Pelé em participar da Copa da Alemanha; o impeachment do Presidente americano Richard Nixon em meio ao escândalo que ficou conhecido co

A tira de jornal esquecida do Aranha

Por volta de 1970, o Homem-Aranha era de fato o grande sucesso da Marvel, e Stan Lee quis levá-lo também para as páginas de jornal.  John Romita desenhou as primeiras tiras e Stan pediu ao patrão, Chip Goodman (filho do fundador da editora, Martin Goodman), que as mostrasse aos executivos da Cadence Industries, então, a companhia dona da Marvel.  Não se sabe se motivado pela inveja ou pela preguiça, mas Chip sim plesmente engavetou os originais. O assunto acabou esquecido, assim como a família Goodman, que foi "desligada" em definitivo da Marvel, em 1972. Em 1977, finalmente, Stan e Romita retomaram a produção das tiras, que foram distribuídas em muitos jornais americanos. Aqui no Brasil foram publicadas também, até mesmo compiladas em formato de revistas pelas editoras RGE e Opera Graphica, além de dois volumes encadernados da Panini. Detalhe: na amostra de 1970, a personagem Gwen Stacy fazia parte do elenco [veja a segunda imagem], mas como ela morreu nos gibis em 19

Frases contundentes no mundo das HQs

Segue adiante um punhado de declarações interessantes proferidas por algumas personalidades do mundo dos quadrinhos. Algumas são polêmicas, outras engraçadas. De qualquer maneira, o julgamento – se é que essa palavra é adequada aqui – fica por conta do leitor. “Não entendo nada de histórias em quadrinhos, mas mesmo não as entendendo, gosto delas” – Adolfo Aizen, um dos pioneiros das HQs no Brasil e fundador da EBAL. “Sempre quis desenhar, mas não existia gibi que combinasse com meu estilo. Mas um dia, Steve Skeates apareceu com uma história tão ruim que ninguém poderia desenhá-la a sério. O editor Joe Orlando achou que a única forma de salvá-la seria se eu a desenhasse” – Sergio Aragonés lembrando com bom humor do seu início na DC Comics.  “Super-herói sempre foi uma coisa babaca! Esse negócio de vencer na porrada, esse símbolo do herói, é um troço que pode funcionar bem para os Estados Unidos, que sempre gostaram dessas coisas” – Waldyr Igayara, editor dos gibis Di