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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Apostando no autor brasileiro

Diz assim o ditado popular: “tudo que é mais difícil é mais gostoso de se conquistar”. Mas bem que a publicação das HQs de autores brasileiros poderia ser mais fácil, não é? Angelo Agostini - patrono do Quadrinho Brasileiro Infelizmente, excetuando-se Mauricio de Sousa, as editoras daqui ainda não dispõem de uma estrutura adequada para colocar uma série de títulos com personagens inteiramente nacionais de uma maneira regular nas bancas. Estrutura psicológica, digo. Num país em que dezenas de empresas chegam à falência diariamente, os proprietários das editoras não se arriscam em promover apenas o produto brasuca, que, invariavelmente, é desconhecido do grande público, optando, então, pelo dito “material enlatado”. Ou seja: quadrinho estrangeiro – americano, japonês, italiano, etc. –, que, no entendimento deles, é o que pode garantir boas vendas. No passado foram propostas medidas radicais como leis que obrigavam as editoras a colocar determinada quantidade de títulos naciona

Batman está com a bola toda!

A última enquete do Manifesto feita para determinar o herói da DC Comics preferido da moçada, além de bater o recorde de participação de leitores, proporcionou uma vitória esmagadora para Batman, o Cruzado Embuçado de Gotham City, com 53% dos votos. Em segundo e terceiro, como já era de se esperar, ficaram, respectivamente, Superman (21%) e Mulher-Maravilha (10%). Pouco mais atrás, Hal Jordan (6%), Robin (4%), Flash e Supergirl (2% dos votos cada). Para minha – desagradável – surpresa, o carismático e fanfarrão Arqueiro Verde não pontuou nada, o que me faz imaginar que, aqui no Brasil, a popularidade do multiverso DC se resume mesmo à “tríade sagrada” formada pelo Cavaleiro das Trevas, o Homem de Aço e a Princesa Amazona. É claro – e eu sempre repito isso ao término das votações deste blog – que a enquete não tem valor científico algum, mas há de se considerar seu resultado, ao menos, como algo indicativo de tendência mercadológica e/ou cultural. Por exemplo: talvez reflita a decisão

A Banca

Despreocupado, o menino descia a ladeira, sem nenhum tipo de pensamento na cabeça que fosse mais sério ou importante do que o fugaz desejo de ser plenamente feliz. Enquanto saltava os degraus desproporcionais da calçada, avistou, ao longe, na esquina, algo como a miragem do prazer definitivo: a banca de jornal. Apressou o passo, ou melhor, partiu em disparada, como se antecipasse alguma coisa de ruim. Chegou ofegante ao reduto sagrado, templo maior dos colecionadores de Histórias em Quadrinhos, no exato instante em que o jornaleiro estava para fechar seu diminuto e enferrujado estabelecimento comercial. O garoto não se fez de rogado e bradou: “Opa! Moço, não fecha ainda! Vim pegar meu gibi do Capitão Ajax!” O jornaleiro, um velhinho simpático, conhecido de todos no bairro há anos, olhou por cima de seus óculos, e com um sorriso tristonho nos lábios respondeu ao guri: “Ah, sim, aquela revistinha que você compra todo mês, não é? Ela está bem aqui, tome!” – o menino, eufórico, pegou

Um resuminho dos 75 anos de publicações DC Comics

Em 1924, após tecer críticas duras aos seus superiores, o major Malcolm Wheeler-Nicholson, desligou-se definitivamente do exército americano e partiu para uma carreira de escritor de pulps magazines. Anos depois, mais precisamente em 1934, mesmo sem muitos recursos, fundou uma editora de comic books que logo mudaria a cara do mercado editorial americano, inspirando imitadores e influenciando a Cultura Popular ocidental de modo decisivo. Batman e uma das formações mais divertidas da Liga da Justiça O grande problema de Wheeler-Nicholson é que ele era mais ambicioso que objetivo. Sua criatividade como contador de histórias entrava em conflito com seus arroubos administrativos e isso ficou evidente logo de início, quando batizou sua editora como New York Company, para, logo em seguida mudar para National Allied Publishing. Finalmente, a editora passou a se chamar National Periodical Publications. Indeciso, lançou sua primeira revista, New Fun Comics, em fevereiro de 1935, e, em seguid