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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Um Demolidor muito bom!

Não é fácil ler os quadrinhos atuais da Marvel (e os da DC também). Os caras se esmeram na ruindade e fazem um esforço danado pra afastar os leitores de seus personagens prediletos.  Tsc! Já falamos tanto disso por aqui... Contudo, quando o material é bom, nós temos de dar a mão à palmatória. E o Demolidor de Mark Waid é bom, muito bom, true believer!  OK! Os desenhistas que o acompanham neste Demolidor 6 (outubro de 2014), não são lá essas coisas. Chris Shamnee e Javier Rodriguez não estão nem perto do patamar de um Gene Colan - nem mesmo de um Frank Miller em sua fase áurea - mas, vá lá!... Eles não comprometem. O importante mesmo é o modo como Waid trabalha a caracterização dos personagens, e o desenrolar da trama - cada vez mais intrínseca e interessante. Já há algum tempo, Matt Murdock teve o segredo de sua dupla identidade revelado, o que vem lhe causando muita dor de cabeça. Agora então, ele sofre um processo ético que poderá resultar na cassação de sua licença de advog

"Elementar, meu caro Alan Davis"

Diferente de muitos hot artists que fizeram sucesso instantâneo entre os anos 1980 e 1990 - e que depois desapareceram - o britânico Alan Davis foi calmamente firmando seu traço elegante no mercado, gibi a gibi, não se contaminando pelas tendencias nefastas e, hoje, é praticamente unanimidade entre os fãs de quadrinhos de super-heróis. Isso deve ter pesado na decisão da Panini lançar no Brasil o encadernado Batman - Lendas do Cavaleiro das Trevas: Alan Davis vol. 1 (nos Estados Unidos saiu em um volume só, mas aqui, provavelmente por questões econômicas, foi divido em duas edições), compilando as HQs publicadas em Detective Comics 569-572 (dezembro de 1986 a março de 1987). Essas aventuras vieram logo após o término de Lendas, uma saga que envolveu todos os personagens da editora e que serviu para estabilizar a nova continuidade do Universo DC pós- Crise Nas Infinitas Terras. Davis e o roteirista Mike W. Barr estreavam como dupla criativa no título, com a perspectiva de levar o

O arquétipo miraculoso

Antes de 2014, o Miracleman de Alan Moore só havia aparecido em revista própria no Brasil entre 1989 e 1990, pela Editora Tannos. Recordo que a tradução e as letras dos balões foram feitas por dois colegas do extinto Conclave*, Wilson Costa e Giovanni Voltolini respectivamente. Mas não passou de quatro edições. Bem, após vários e vários anos de brigas judiciais, finalmente Miracleman acabou nas mãos da Marvel e, de tabela, da Panini. Tanto que a editora italiana sediada em Terra Brasilis lançou Miracleman 1 (novembro de 2014),  o primeiro número de uma série contínua que pretende publicar toda a saga do herói cópia-carbono mais famoso do mundo. Miracleman nasceu Marvelman, lá na distante Inglaterra, em 1954. Na verdade, foi uma necessidade da editora L. Miller & Son, que publicava as histórias do Capitão Marvel com muito sucesso, mas que subitamente ficou sem o fornecimento de material da Fawcett (a editora americana que detinha os direitos autorais do personagem). É que a

"Santo lançamento, Batman"

Achei bem legal o especial  Batman '66 da Panini, com histórias baseadas na famosa e clássica série televisa do Cruzado Embuçado, estrelada por Adam West (Batman) e Burt Ward (Robin). A edição brasileira compila as quatro primeiras edições do título americano, que por lá já se encontra no número 18 - portanto, espero que a editora brasileira dê segmento por aqui. O encadernado está bem caprichado, com capa dura e papel de miolo de alta qualidade. A tradução também está OK, só não curto quando usam piadinhas locais, como a sem graça "Nem a pau, Juvenal", proferido por um capanga do Pinguim. Mas dá pra sobreviver a isso... No que diz respeito aos desenhos, Jonathan Case manda muito bem nas cenas de ação, com enquadramentos e onomatopeias que imediatamente remetem ao cenário caótico do programa televisivo. Já Ty Templeton oferece as melhores caracterizações visuais dos personagens - as feições do Pinguim, por exemplo, são simplesmente fidedignas às do ator Burgess Mer