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Meteoro Responde 2

Recebi uma mensagem do jovem leitor Garys Linneker, do Pará, recheada de perguntas interessantes. A minha intenção era reproduzi-la na página de correspondência do Almanaque Meteoro 4, mas como a edição já está em fase final de diagramação e não há mais espaço pra isso - além de que, o número 5 ainda vai demorar um pouco pra ser lançado -, decidi responder por aqui mesmo. Com certeza o seguidor do Manifesto vai apreciar. Prezado Roberto "Meteoro" Guedes, sou teu fã! Ao ler os três números do Almanaque Meteoro muitas indagações me vieram à cabeça. 1) As histórias de Mylar, Chet, Capitão 7, Último Vampiro, Zan-Garr, Jonni Star, Zax e Patrulheiro Audacioso vão ter continuação? Há vários mistérios nessas histórias e gostaria de saber todos.  2) Os Protetores e Guepardo aparecerão nos próximos números do Almanaque Meteoro?   3)   Os Quadrinhos americanos já passaram pela Era de Ouro, Era de Prata e Era de Bronze. E os super-heróis brasileiros, passaram por períodos ass...

Happy Birthday, Mister Marvel!

Today is anniversary of that boy who recited Shakespeare, and who dreamed of accomplishing great things - but he never imagined that he would become a myth in his own lifetime. He managed to rebuild the battered American Comics industry and made the small publisher Marvel become the greatest creative power of Comics when he wrote exciting and optimistic stories, and created human protagonists with existential conflicts. He influenced in his 90 years of life, professionals in Comics, Film and Television. He was called "The Homer of modern times" and "Mister Marvel";  and is loved by fans worldwide, and also admired by celebrities like Gene Simmons, Ringo Starr, Arnold Schwarzenegger, Larry Cohen and Tom Wolfe (just not to extend too). Not unlike me. When I was just a kid, I discovered the comic books he wrote and decided I wanted to work in the  Comics industry. Suddenly, I was being paid to write and edit some comics, or to write about them. Magazines,...

A melhor história de Natal

Eu não lembro se algum dia, durante a minha infância, cheguei a acreditar em Papai Noel. É muito provável que não, e isso é culpa - ou seria graças [?] - aos meus irmãos mais velhos. "Papai Noel não existe, seu bobo! É o papai que compra os presentes pra gente", diziam aqueles dois terríveis destruidores de fantasia. Hoje, claro, só tenho a agradecer a eles por isso. É que eu não vou com a cara desse Papai Noel que alimenta o consumismo desenfreado no coração das pessoas e afasta o afeto natural que todos nós - e não apenas as crianças - deveríamos ter por Jesus Cristo, o aniversariante do dia, e verdadeiro merecedor de reverência. "Papai Noel, velho batuta, rejeita os miseráveis", conforme aquela música da banda Garotos Podres. Pois é, mas é difícil para nós todos contrariarmos as convenções estabelecidas. Até mesmo quem não é cristão comemora a data e troca presentes (uma tradição que também é atribuída a costumes pagãos). Contudo, o importante mesmo é não ...

Roberto Marinho e os gibis

Trecho extraído da matéria de 13 páginas "A HISTÓRIA DOS QUADRINHOS NO BRASIL", publicada em ALMANAQUE METEORO 2.  * E m 1935, o jornalista carioca Roberto Marinho lança o Gibi (título que fez tanto sucesso, que acabou por virar sinônimo de “revista em quadrinhos” no Brasil).  Em 1952, Marinho fundaria sua publicadora de revistas, a Rio Gráfica e Editora que, assim como a EBAL também ficaria conhecida por uma sigla: RGE.  Somente nos anos 1980, o nome mudaria de forma definitiva para “Editora Globo”, estabelecendo de vez a ligação entre o jornal – quer herdou de seu pai – e a maior rede de televisão do Brasil.  A RGE chegou a ser a editora com mais títulos em banca em meados dos anos 1960. Seu grande carro-chefe nos gibis era mesmo O Fantasma de Le Falk, mas seu leque de editados ia de material da Hanna-Barbera, Marge, Charlton, Marvel Comics e tudo o que se pode lembrar que tenha sido um dia lançado. Marcou época com a revista de horror  Kripta  –...

A dupla Lennon & McCartney dos Quadrinhos

Trecho extraído do livro STAN LEE, O REINVENTOR DOS SUPER-HERÓIS: * Não era sempre que Stan ia trabalhar de carro, mas muitas dessas ocasiões coincidiram com as celebradas visitas de Kirby à redação. Lógico que ele fazia questão de dar uma carona  ao parceiro até sua residência em Long Island – e nem é bom imaginar Stan dirigindo um automóvel e não conseguir ficar com as mãos ao volante devido àquela mania de gesticular demais. Romita quase sempre ia junto, ali, no banco de trás, como testemunha ocular privilegiada – e aterrorizada – daquelas conferências malucas dos dois. “Eles tagarelavam tanto e ao mesmo tempo sobre o que fariam no próximo número do Quarteto Fantástico, e nenhum dos dois parecia prestar atenção no que o outro falava. Mas é incrível, quando o gibi saía, estava tudo ali, tudo o que os dois haviam bolado!” Certa vez, ao chegarem à porta da casa, Stan desligou o motor porque o papo estava muito bom. Os três ficaram conversando dentro do veículo por quase d...

A opinião do leitor é a mais importante

Dia desses eu recebi um e-mail muito bacana do leitor Marcelo Franco, de Ribeirão Preto, e até pensei em reproduzi-lo na seção de cartas da próxima edição do Almanaque Meteoro. Mas por uma questão de espaço físico - a "carta" de Marcelo é longa demais e seria um pecado ter de editá-la -, eu preferi postá-la aqui no Manifesto, na íntegra e exatamente como ele a redigiu, para que os fieis e intrépidos seguidores possam apreciá-la em sua totalidade e refletir sobre suas palavras. © Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados. Ribeirão Preto, 25 de agosto de 2012. Prezado Roberto Guedes,                                Saudações quadrinisticas!                            ...

"Deixem o Homem-Aranha envelhecer!"

Uma das grandes - entre as várias - sacadas de Stan Lee para tornar os super-heróis Marvel em sucessos de público e crítica, foi a implementação do conceito cronológico nas histórias. Ou seja, os personagens se desenvolviam física e psicologicamente nas tramas, à medida que as séries avançavam. Por exemplo, na primeira edição do Quarteto Fantástico, o Senhor Fantástico e a Garota Invisível eram apenas noivos. Alguns poucos anos depois eles se casaram. Mais algum tempinho, e nasceu o primeiro filho deles - que, não muito depois, passou a ser retratado como um pré-adolescente. No final das contas, Sue já madura, trocou a palavra "Garota" por "Mulher" em sua alcunha super-heroica. Isso gerou um sentimento de identificação muito forte nos leitores, pois estes viam nos personagens características críveis e interessantes. Todavia, e não por acaso, o mais emblemático e carismático de todos os heróis de Stan Lee, o Homem-Aranha, foi o que apresentou o maior grau de ...