Editorial EBAL. |
Publicado originalmente pela EBAL na 2ª capa de Superboy (em cores) 17, de julho de 1972, na verdade, esse texto é um resumo dos acontecimentos que seriam mostrados aos leitores em Almanaque do Homem-Aranha (para 1973) – edição que chegaria às bancas do Brasil dois meses depois.
É nesse almanaque que a morte do Capitão Stacy – importante personagem da mitologia do aracnídeo – foi publicada pela primeira vez no Brasil. Embora o editorial não entregue isso de bandeja (até para não estragar a surpresa da leitura, ora, pois), faz questão de destacar que a trama a ser publicada naquelas páginas é o “ponto alto” das HQs boladas por Stan Lee.
Outra curiosidade é a referência ao Homem de Gelo dos X-Men, batizado pela editora carioca como “Geleira” e classificado então como “um novo personagem”. Well, ou o redator simplesmente ignorou as publicações dos X-Men pela GEP, ou então, esqueceu que a própria EBAL já havia mostrado o “Geleira” na edição 17 de Estréia (com as aventuras do Quarteto Fantástico), de maio de 1971.
Independente disso, eu reafirmo: trata-se de um editorial bem bacana, não é (pelo menos, para os fãs do Cabeça-de-Teia)? Ainda mais se levarmos em conta a época, sem os tantos recursos de mídia de que dispõem as editoras de hoje.
© Copyright Roberto Guedes
É nesse almanaque que a morte do Capitão Stacy – importante personagem da mitologia do aracnídeo – foi publicada pela primeira vez no Brasil. Embora o editorial não entregue isso de bandeja (até para não estragar a surpresa da leitura, ora, pois), faz questão de destacar que a trama a ser publicada naquelas páginas é o “ponto alto” das HQs boladas por Stan Lee.
Outra curiosidade é a referência ao Homem de Gelo dos X-Men, batizado pela editora carioca como “Geleira” e classificado então como “um novo personagem”. Well, ou o redator simplesmente ignorou as publicações dos X-Men pela GEP, ou então, esqueceu que a própria EBAL já havia mostrado o “Geleira” na edição 17 de Estréia (com as aventuras do Quarteto Fantástico), de maio de 1971.
Independente disso, eu reafirmo: trata-se de um editorial bem bacana, não é (pelo menos, para os fãs do Cabeça-de-Teia)? Ainda mais se levarmos em conta a época, sem os tantos recursos de mídia de que dispõem as editoras de hoje.
© Copyright Roberto Guedes
Texto enviado originalmente para as listas de bate-papo Marvel BR e Gibi Fans, em 21 de março de 2008. Revisado e atualizado pelo próprio autor.
Comentários
Sobretudo na diagramação ponto que me atrai bastante ao olhar uma página. O texto suave e descomprometido insere o leitor nas aventuras futuras de um título do "cabeça de teia". Gostei muito.
Abraço.
Andre Bufrem
John
A história da morte do Capitão Stacy é emocionante. Fico imaginando a ansiedade dos fãs aracnídeos depois desse editorial. E quando acabaram de ler a revista então? Poxa vida Peter! De novo? Mesmo porque, acho que spoiler naquela época era meio difícil, né não?
Me lembrei que o nosso Stan viveu no cinema - HA 2 - uma cena parecida com a contida em ASM 90.
Só que dessa vez o garotinho é salvo e "The Man" sai ileso.
Realmente esse é o cara!
Abraços!
Wendell
Grande Guedes, contribuindo para historia da Historia em Quadrinhos.
Grande abraço.
André Portocarrero
Um texto que fala muito sobre a HQ "sem entregar todo o ouro".
Só para constar: dos 4 Almanaques do Aranha que a Ebal publicou, M-E-T-A-D-E é com o Oquinho !!! Dá-lhe !!!!
Que época maravilhosa.
Eu tinha 14 anos e estudava no Colégio Alfredo Pucca (rs, famoso pelas piadas do "Bronco" Ronaldo Golias), na rua Beneficência Portuguesa (rua de uma quadra só), pertinho da Santa Efigênia, da Agência Modesto onde todo dia eu ia pegar gibis antes de sair as bancas... Onde invariavelmente encontrava nosso amigo Giovanni Dannilo Voltolino na hora do almoço...Onde conheci o Adolfo Aizen (já velhinho, pequenininho, olhos claros, gentil...)
Bem em frente a minha escola havia o estúdio D'Arte, do Colonnese, Zalla e Cia...
Em volta havia as distribuidoras de gibis... Onde eu ganhei o número UM do TEX, com um minúsculo arco e flexa de plástico de brinde, rs...
Época dos primeiros gibis a cores da EBAL, dos Batmans do Neal Adams, dos Jim Aparos, dos TItas do Nick Cardy, de Jonath Rex... Das maravilhas da Marvel (Ditko, Kirby, Colan, Romita, Jim Steranko, Stan Lee... só feras)...
Muito frio ai?
Aqui tá de matar.
Grande abraço.
Ler a coluna, relembrar é muito bom, ver depoimento de velho amigo é bom demais.
E o sonho continua de ver uma publicação com heroi nacional, com tanta gente boa, quem sabe o quadinho nacional chegue a este platamar de qualidade das editoras americanas.
Hoje muito mudou neste mercado, temos vários artistas brasileiros trabalhando nas duas maiores editoras americanas, temos Turma da Mônica jovem vendendo mais que qualquer quadrinho atualmente publicado no Brasil, quem sabe em breve teremos quadrinhistas e desenhistas trabalhando em quadrinhos de super herois nacionais.
Giovanni
Ah, isso não tem preço!!!!!!!
Passa o número da conta!
Hauhauhauhauhauhauhuahuahuahah
É muito legal ler esses artigos que tratam dos primórdios da Marvel e da DC no Brasil, especialmente na nossa querida e saudosa EBAL.
Aquele tempo mais ingênuo e mais bonito até hoje me traz muitas saudades, um tempo em que éramos felizes e não sabíamos. Depois, tudo ficou realístico demais, pasteurizado demais, politicamente correto demais e, até, ridículo demais em alguns argumentos imbecis, mortes desnecessárias (às vezes umas sobrepostas às outras) e crises infindáveis.
Continues com esses belos artigos, resgatando um pouco da nossa memória, infância e saudosismo.
Abração.
Ademais, é outro épico importantíssimo!
Abração!