Assim que a Opera Graphica anunciou que encerraria suas atividades editorias, também prometeu lançar em 2009 o aguardado livro dedicado ao Fantasma – famoso e querido personagem criado em 1936 por Lee Falk.
Fiquei contente com a notícia, pois sei que se trata de uma obra monumental, executada por várias mãos competentíssimas que se uniram para compor um trabalho praticamente definitivo sobre o universo mítico do Espírito-que-Anda (assim como já havia ocorrido antes com o livro O Tico-Tico 100 Anos - Centenário da Primeira Revista de Quadrinhos do Brasil). Aliás, nem disfarço o orgulho de fazer parte dessa “Patrulha da Selva” de colaboradores: inicialmente como editor, e, posteriormente, como articulista de dois textos distintos que farão parte do calhamaço.
Em meados de 2005, comentei com Franco de Rosa o quanto seria legal se lançássemos um livrão do personagem no ano seguinte, em comemoração às suas sete décadas de aventuras impressas. Seu sócio, Carlos Mann aprovou a idéia na hora e foram programados dois lançamentos: o livro teórico e um álbum de luxo com as primeiras páginas dominicais. Este último, batizado de forma inspirada por Franco como Fantasma – Sempre aos Domingos, e traduzido e editado por mim, saiu no prazo estipulado (outono de 2006), contraindo-se numa das mais belas e elogiadas publicações daquele ano; porém, como vivíamos atolados em serviços mil, uma pessoa de fora teria de assumir a empreitada de escrever o livro teórico.
Ou melhor: várias pessoas.
A lista é bem grande, e envolve nomes consagrados e respeitados do fandom e do jornalismo especializado brasileiro. Cada um, abordando uma faceta do primeiro herói mascarado das HQs. Recordo que fiz um trabalho inicial de copidesque e edição, organizando os tópicos, e que já havíamos reunido várias imagens raras; mas logo depois saí para trabalhar na Mythos (e, posteriormente, para a Panini) então não sei dizer quantos “feras” mais foram convidados para participar, tampouco em que pé aquilo tudo ficou. Sei, contudo, que Marco Aurélio Lucchetti (autor dos sensacionais Desnudando Valentina e As Sedutoras dos Quadrinhos) redigiu praticamente metade da obra (até àquele momento), com informações preciosas para Bandar, Wambesi ou Llongo nenhum botar defeito.
Só que mesmo distante, meu interesse em ver o livro concluído permanecia – tanto pelo carinho que sempre nutri pelo personagem, quanto pela compreensão da importância que um livro desses teria para o mercado brasileiro de quadrinhos – e sempre que encontrava o Franco nos corredores de alguma outra redação, lhe perguntava: “E o livro... sai ou não sai?”, ao qual, o amigo e mentor simplesmente respondia com sua tranqüilidade característica: “Claro que sim!”
Agora é só aguardar... e conferir aquela que, tenho certeza, será uma obra indispensável em qualquer coleção. E quer saber... a Opera não poderia fechar seu ciclo editorial de uma maneira mais nobre.
Tá falado!
© Copyright Roberto Guedes
Amigo, se você é fã do Fantasma e de outros heróis de outrora, responda a enquete (localizada na lateral desta página) "Qual é o herói clássico mais legal de todos os tempos?", e depois envie sua mensagem comentando o texto acima e, se quiser, o voto também.
Fiquei contente com a notícia, pois sei que se trata de uma obra monumental, executada por várias mãos competentíssimas que se uniram para compor um trabalho praticamente definitivo sobre o universo mítico do Espírito-que-Anda (assim como já havia ocorrido antes com o livro O Tico-Tico 100 Anos - Centenário da Primeira Revista de Quadrinhos do Brasil). Aliás, nem disfarço o orgulho de fazer parte dessa “Patrulha da Selva” de colaboradores: inicialmente como editor, e, posteriormente, como articulista de dois textos distintos que farão parte do calhamaço.
Em meados de 2005, comentei com Franco de Rosa o quanto seria legal se lançássemos um livrão do personagem no ano seguinte, em comemoração às suas sete décadas de aventuras impressas. Seu sócio, Carlos Mann aprovou a idéia na hora e foram programados dois lançamentos: o livro teórico e um álbum de luxo com as primeiras páginas dominicais. Este último, batizado de forma inspirada por Franco como Fantasma – Sempre aos Domingos, e traduzido e editado por mim, saiu no prazo estipulado (outono de 2006), contraindo-se numa das mais belas e elogiadas publicações daquele ano; porém, como vivíamos atolados em serviços mil, uma pessoa de fora teria de assumir a empreitada de escrever o livro teórico.
Ou melhor: várias pessoas.
A lista é bem grande, e envolve nomes consagrados e respeitados do fandom e do jornalismo especializado brasileiro. Cada um, abordando uma faceta do primeiro herói mascarado das HQs. Recordo que fiz um trabalho inicial de copidesque e edição, organizando os tópicos, e que já havíamos reunido várias imagens raras; mas logo depois saí para trabalhar na Mythos (e, posteriormente, para a Panini) então não sei dizer quantos “feras” mais foram convidados para participar, tampouco em que pé aquilo tudo ficou. Sei, contudo, que Marco Aurélio Lucchetti (autor dos sensacionais Desnudando Valentina e As Sedutoras dos Quadrinhos) redigiu praticamente metade da obra (até àquele momento), com informações preciosas para Bandar, Wambesi ou Llongo nenhum botar defeito.
Só que mesmo distante, meu interesse em ver o livro concluído permanecia – tanto pelo carinho que sempre nutri pelo personagem, quanto pela compreensão da importância que um livro desses teria para o mercado brasileiro de quadrinhos – e sempre que encontrava o Franco nos corredores de alguma outra redação, lhe perguntava: “E o livro... sai ou não sai?”, ao qual, o amigo e mentor simplesmente respondia com sua tranqüilidade característica: “Claro que sim!”
Agora é só aguardar... e conferir aquela que, tenho certeza, será uma obra indispensável em qualquer coleção. E quer saber... a Opera não poderia fechar seu ciclo editorial de uma maneira mais nobre.
Tá falado!
© Copyright Roberto Guedes
Amigo, se você é fã do Fantasma e de outros heróis de outrora, responda a enquete (localizada na lateral desta página) "Qual é o herói clássico mais legal de todos os tempos?", e depois envie sua mensagem comentando o texto acima e, se quiser, o voto também.
Comentários
Foste muito feliz no trocadilho, Guedes, que neste caso não foi um trocadilho com tom de piada, mas de homenagem. Muito legal.
Longa vida ao Espírito-que-Anda!
locally by the national troupe several years ago, when she won tickets to the performance.
John
Nunca fui muito fã do espírito que anda, mas essa Álbum será indispensável.
Abraço.
Andre Bufrem
Abraços
Claudio
Abraço.
Franco
Acho que a idéia do personagem ainda segue muito original. Esse lance do Fantasma "jamais morrer", as dinastias e tal, é muito boa.
E foi, destes, o que mais li, mesmo não tendo lido nada excepcional até agora.
Príncipe Valente, infelizmente, jamais li.
Mandrake, o que li, achei meio chato. As histórias tinham um certo charme, mas não conseguiram me cativar. Talvez em uma retomada eu mude de idéia.
Flash Gordon, o que li foram apenas tiras aleatórias.
Mas de todos eles, o que me chama a atenção mesmo é a arte. Traços clássicos me atraem.
E, Claudião, talvez o Guedes não tenha colocado o Tarzan entre as opções por este ser um personagem originário da literatura, que depois foi pras HQs.
Seria este o motivo, Guedes?
Falou!
Tudo beleza?
Esse álbum é praticamente indispensável para qualquer um que curta quadrinhos!
Estou precisando de uma força pra encontrar umas séries completas...
Será que você pode me ajudar?
Abraços,
Raphael Fernandes
(raphaelcassady@gmail.com)
Tenho carinho especial pelo personagem, porque era um dos personagens preferidos de meu pai, que desenhava e lia quadrinhos também.
Abraço, Guedes!
Raphael, no que puder ajudar, será um prazer.
André, também compartilho com você a opinião sobre o filme. gostei bastante da película.
Abraço a todos!!
Abração - obrigado pelas palavras, chapa!
Aproveitando, votei no Fantasma, e apesar das ameaças foi apenas uma vez !!!
Ah, e o Fantasma, ao que parece, disparou na enquete, não é?