(Milazzo e a gangue) Marcos Lícius, seu chapa aqui,
Franco, Primaggio, Lobo, Dario Chaves, Batata
Aoki e Pedro Bahia.
Giancarlo Berardi e Ivo Milazzo formaram a dupla de criadores mais importante dos fumetti (as Histórias em Quadrinhos italianas). A parceria teve início em 1974, e desde então, produziu uma quantidade quase incontável de clássicos da Arte Seqüencial, o que rendeu no processo, muitos prêmios e homenagens.
Pode-se afirmar que sua mais famosa criação seja o caubói narigudo Ken Parker. Conhecido internacionalmente, Ken Parker estreou no Brasil em 1977 por meio da (hoje) saudosa Editora Vecchi, do Rio de Janeiro. No começo deste século, a Tapejara, do jornalista e especialista em HQs Wagner Augusto fez um trabalho primoroso, publicando na íntegra todos os 59 volumes da série original de Rifle Comprido (apelido do herói).
Mas há outros trabalhos da dupla que merecem destaque, como Marvin: O Caso de Marion Colman, Tom’s Bar, Contrastes e Noturno – todos, editados por estas bandas com capricho e zelo pela Opera Graphica Editora. O último, merece uma nota especial deste autor. Dentre todas as obras publicadas pela Opera e que tive o prazer de colaborar na produção, Noturno tem um lugar de destaque em meu coração.
Afinal, é uma obra que compila várias histórias curtas da mais fina elegância, como “Um estranho casal”, “O último samurai”, “Parker Anderson, filósofo”, “Onde está Laura?” e a homônima “Noturno”. A mais curiosa, entretanto, é a última “Vecchio Frac” (Velho Fraque), por ser uma adaptação da música de Domenico Modugno – um famoso cantor e compositor dos anos 1950, que consagrou no Brasil a canção Nel blu dipinto di blu (sim, a gostosa “Volare”).
A tradução do italiano para o português foi realizada com maestria pelo grande Primaggio Mantonvi. Já o meu chapa André Hernandez cuidou do design arrojado da capa (que recebeu aprovação preliminar do próprio Milazzo), enquanto que o prefácio foi redigido por ninguém menos que Laerte, um dos nossos principais representantes da nobre arte.
Por fim, na tarde de 18 de outubro de 2003, durante a o lançamento do álbum nas dependências da loja Comix em São Paulo, Milazzo esteve presente para autografar os exemplares e bater um papo com os fãs. Ao me aproximar dele junto com minha esposa, titubeante tentei articular algumas frases em um italiano meio macarrônico, quando, sorridente, Milazzo me disse: “Pode falar em português que eu entendo, Roberto!”, e caímos todos na gargalhada.
Em seguida, pretendia tirar uma foto ao lado do artista para guardar de recordação, só que outros “bicões” apareceram repentinamente, e....
Hmm... mas quer saber? Ficou uma foto muito da bacana, não?
Ciao!
Parte deste texto – publicado originalmente em 100 Balas 24 (novembro de 2003) – foi revisado e atualizado pelo próprio autor.
© Copyright Roberto Guedes
Comentários
Tutto é molto interessante. Mille grazie!
Giovanni
John
Carlos
Bons tempos da Ópera pelo jeito, não? Abraços,
Legal conhecer esta turma!
Andre Bufrem
Bicho, posta a minha HQ do DIa do Quadrinho Nacional aqui.
Você é muito bem visitado, até internacionalmente!
Todos os álbuns do Milazzo pela Opera são ótimos, valem demais a pena. Volare... ooo...
Valeu!
Vim divulgar para você o KEN PARKERBlog.
Lá tentamos trazer tudo quanto é noticia e curiosidade sobre a mais famosa criação de Berardi e Milazzo.
Além de sempre uma arte inédita, e até uma curta tira... que escrevi e Bira desenhou.
Dá uma passada para conferi...
Valeu desde já!
E já fica aí, a sugestão pro pessoal conhecer o seu blog também.
Abração!