Puxa, 30 anos! Lembro como se fosse ontem. Em fevereiro de 1979, as bancas brasileiras surpreenderam os leitores da Marvel com duas novíssimas publicações: Homem-Aranha 1 e O Incrível Hulk 1, ambas da Rio Gráfica e Editora (ou simplesmente RGE, hoje Editora Globo). Eram formatinhos simpáticos e coloridos, com 52 páginas, que traziam duas HQs em cada edição.
Até um mês antes, o Cabeça-de-Teia era publicado pela Bloch Editores, e não houve nenhum comunicado oficial na imprensa ou em qualquer revista do “Clube do Bloquinho” de que aqueles personagens americanos mudariam de casa editorial.
Exceção, surpreendente, ocorreu na seção de cartas de Kripta 29 (novembro de 1978) da própria RGE, quando, em tom profético, o leitor Jorge Veloso Amorim, de Campina Grande, Paraíba comentou que “[...] sabemos que os heróis do Grupo Marvel atualmente estão desaparecidos (ou quase) no Brasil. Sendo assim, ficamos na expectativa de que sejam relançados em massa por essa editora, como o foram os personagens da Hanna-Barbera, em edições, por exemplo como ‘Festival Marvel’, ‘Marvel Especial’, ‘Almanaque Marvel’, ‘Superalmanaque Marvel’, etc., com 68, 100 ou 132 páginas, tudo em cores e no formato pequeno [...] afinal de contas, alguns desses personagens já fizeram sucesso naquelas revistas antigas (Príncipe Submarino, no Gibi Mensal, e Capitão América no Globo Juvenil Mensal)...”, e essa transferência acabou mesmo por acontecer para a alegria geral dos fãs que tanto se entusiasmaram, mas também se decepcionaram com alguns aspectos da fase Bloch (veja aqui).
É... foi bom enquanto durou.
Que saudade...
© Copyright Roberto Guedes
Até um mês antes, o Cabeça-de-Teia era publicado pela Bloch Editores, e não houve nenhum comunicado oficial na imprensa ou em qualquer revista do “Clube do Bloquinho” de que aqueles personagens americanos mudariam de casa editorial.
Exceção, surpreendente, ocorreu na seção de cartas de Kripta 29 (novembro de 1978) da própria RGE, quando, em tom profético, o leitor Jorge Veloso Amorim, de Campina Grande, Paraíba comentou que “[...] sabemos que os heróis do Grupo Marvel atualmente estão desaparecidos (ou quase) no Brasil. Sendo assim, ficamos na expectativa de que sejam relançados em massa por essa editora, como o foram os personagens da Hanna-Barbera, em edições, por exemplo como ‘Festival Marvel’, ‘Marvel Especial’, ‘Almanaque Marvel’, ‘Superalmanaque Marvel’, etc., com 68, 100 ou 132 páginas, tudo em cores e no formato pequeno [...] afinal de contas, alguns desses personagens já fizeram sucesso naquelas revistas antigas (Príncipe Submarino, no Gibi Mensal, e Capitão América no Globo Juvenil Mensal)...”, e essa transferência acabou mesmo por acontecer para a alegria geral dos fãs que tanto se entusiasmaram, mas também se decepcionaram com alguns aspectos da fase Bloch (veja aqui).
A idéia era aproveitar o embalo dos desenhos animados e seriados televisivos dos dois personagens para alavancar as vendas dos gibis, mas a companhia de Roberto Marinho não parou por aí, e logo no mês seguinte lançou o gibi de Kid Colt, um caubói da Marvel que já cavalgara pelas pradarias brasileiras em décadas anteriores.
Adiante, lançaram Os 4 Fantásticos (por que assim eram chamados na televisão) e Almanaque Marvel – que trazia as estréias dos Novos X-Men, Mulher-Aranha e, mais adiante, Nova, o herói adolescente criado por Marv Wolfman (e que tantos fãs fez por aqui). Houve ainda, Super-Heróis Marvel, 3ª Geração e Almanaque Premiere Marvel, além de diversos almanaques e superalmanaques com os heróis mais populares.
A RGE era especialista nesse tipo de publicação, e realmente estava causando sensação no mercado editorial (apesar da inflação), com seus personagens da King Features, Hanna-Barbera, Warren Publishing, Charlton e, claro, Marvel. Mas logo, começaram a surgir os problemas, como, por exemplo, a concorrência da Editora Abril, de São Paulo, que abocanhou parte dos heróis Marvel ignorada pela RGE (Capitão América, Thor, Mestre do Kung Fu etc).
Outra coisa que pesou contra a RGE foi a sua maneira de lidar com o público, tratando-o como criança nas (raríssimas) seções de cartas. Não que o público infanto-juvenil não fosse a parcela maior de consumidores dos seus editados, mas há muito sabemos que nenhum jovenzinho gosta de ser tratado como criança (Peter “Homem-Aranha” Parker que o diga). Além disso, a RGE não se preocupava com a cronologia complicada dos personagens, coisa que a Abril sabia “amarrar” muito bem (até além da conta).
Até 1982, quando da estréia do Demolidor de Frank Miller em Superaventuras Marvel nº 1, a Abril só havia editado três títulos regulares: Capitão América, Heróis da TV e Terror de Drácula (com histórias de Tomb of Dracula). Apesar das inúmeras críticas por parte dos leitores mais engajados quanto à manipulação na continuidade das histórias dos personagens, a Abril acabou por abocanhar todo o Universo Marvel em 1983.
Adiante, lançaram Os 4 Fantásticos (por que assim eram chamados na televisão) e Almanaque Marvel – que trazia as estréias dos Novos X-Men, Mulher-Aranha e, mais adiante, Nova, o herói adolescente criado por Marv Wolfman (e que tantos fãs fez por aqui). Houve ainda, Super-Heróis Marvel, 3ª Geração e Almanaque Premiere Marvel, além de diversos almanaques e superalmanaques com os heróis mais populares.
A RGE era especialista nesse tipo de publicação, e realmente estava causando sensação no mercado editorial (apesar da inflação), com seus personagens da King Features, Hanna-Barbera, Warren Publishing, Charlton e, claro, Marvel. Mas logo, começaram a surgir os problemas, como, por exemplo, a concorrência da Editora Abril, de São Paulo, que abocanhou parte dos heróis Marvel ignorada pela RGE (Capitão América, Thor, Mestre do Kung Fu etc).
Outra coisa que pesou contra a RGE foi a sua maneira de lidar com o público, tratando-o como criança nas (raríssimas) seções de cartas. Não que o público infanto-juvenil não fosse a parcela maior de consumidores dos seus editados, mas há muito sabemos que nenhum jovenzinho gosta de ser tratado como criança (Peter “Homem-Aranha” Parker que o diga). Além disso, a RGE não se preocupava com a cronologia complicada dos personagens, coisa que a Abril sabia “amarrar” muito bem (até além da conta).
Até 1982, quando da estréia do Demolidor de Frank Miller em Superaventuras Marvel nº 1, a Abril só havia editado três títulos regulares: Capitão América, Heróis da TV e Terror de Drácula (com histórias de Tomb of Dracula). Apesar das inúmeras críticas por parte dos leitores mais engajados quanto à manipulação na continuidade das histórias dos personagens, a Abril acabou por abocanhar todo o Universo Marvel em 1983.
Isso foi facilitado pelo declínio nas vendas da RGE. Os gibis dos dois grandes, Hulk e Aranha, caíram muito. O nº 1 do aracnídeo vendeu cerca de 120 mil exemplares, mas o último, apenas 18 mil. O do Hulk vendeu menos ainda. A editora da arvoreta estava com tudo – e muito prosa, por sinal.
A favor da Rio Gráfica, fica o fato de que, em seus quatro anos de “gestão” Marvel, conseguiu adiantar bem a cronologia dos personagens – que estava bem defasada em relação aos originais americanos antes de assumi-los –, tornando-se também a última das editoras nacionais a publicar os heróis da Casa das Idéias com certa “graça”. Títulos como Almanaque Marvel, Super-Heróis Marvel e Almanaque Premiere Marvel são reverenciados e lembrados com muito carinho e saudosismo hoje em dia (pelo lado da Abril, arrisco o palpite de que apenas Heróis da TV consiga externar tal grau de afeto dos fãs).
Apesar da notória competência dos editores da Abril, eles jamais conseguiram cair na simpatia de uma parcela considerável do fandom brasuca, devido, quem sabe, a sua sisudez, e excesso de formalismo, em contraposição ao perfil mais despachado dos cariocas (e isso se estende também às anteriores Bloch e EBAL). Reflexos dessa "dissonância" entre redação e público leitor se reflete ainda hoje nas impessoais edições da atual publicadora Marvel no Brasil.
Há um consenso geral de que a Abril teria solidificado os personagens Marvel como produto viável no Brasil a partir dos anos 1980, porém é mais do que evidente de que isso não teria acontecido se a RGE não desse o primeiro passo (ao ouvir seus leitores?) na tentativa de arranca-los da Bloch.
A tradução da RGE não era uma maravilha – mas a editora não adulterava as tramas. A cronologia não era o seu forte – mas pelo menos não saltava histórias ou omitia quadros. E era uma delícia comprar seus supergibis, seus superalmanaques, seus super-heróis (de verdade).
A favor da Rio Gráfica, fica o fato de que, em seus quatro anos de “gestão” Marvel, conseguiu adiantar bem a cronologia dos personagens – que estava bem defasada em relação aos originais americanos antes de assumi-los –, tornando-se também a última das editoras nacionais a publicar os heróis da Casa das Idéias com certa “graça”. Títulos como Almanaque Marvel, Super-Heróis Marvel e Almanaque Premiere Marvel são reverenciados e lembrados com muito carinho e saudosismo hoje em dia (pelo lado da Abril, arrisco o palpite de que apenas Heróis da TV consiga externar tal grau de afeto dos fãs).
Apesar da notória competência dos editores da Abril, eles jamais conseguiram cair na simpatia de uma parcela considerável do fandom brasuca, devido, quem sabe, a sua sisudez, e excesso de formalismo, em contraposição ao perfil mais despachado dos cariocas (e isso se estende também às anteriores Bloch e EBAL). Reflexos dessa "dissonância" entre redação e público leitor se reflete ainda hoje nas impessoais edições da atual publicadora Marvel no Brasil.
Há um consenso geral de que a Abril teria solidificado os personagens Marvel como produto viável no Brasil a partir dos anos 1980, porém é mais do que evidente de que isso não teria acontecido se a RGE não desse o primeiro passo (ao ouvir seus leitores?) na tentativa de arranca-los da Bloch.
A tradução da RGE não era uma maravilha – mas a editora não adulterava as tramas. A cronologia não era o seu forte – mas pelo menos não saltava histórias ou omitia quadros. E era uma delícia comprar seus supergibis, seus superalmanaques, seus super-heróis (de verdade).
É... foi bom enquanto durou.
Que saudade...
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Amigo, se você é fã dos gibis Marvel da RGE, responda a enquete (localizada na lateral desta página) "Qual foi o melhor título Marvel da RGE?", e depois envie sua mensagem comentando o texto acima e, se quiser, o voto também.
Comentários
John
U-RUUUUUUUUUUUUUUU!!!!
TINHA GIBIS QUE VINHAM UNS TRANSFERS MUITO RUINS PRA APLICAR NA CAMISETA.
MAS ERA MUITO LEGAAAAAAAAAAAALLLLL!!!
FOI UMA EPOCA MILHOES DE VEZES MAIS LEVE E INGENUA QUE HOJE, TANTO PROS GIBIS QUANTO PRO MUNDO REAL.
Mesmo assim, com o tempo, fui recuperando todo o portfólio Marvel daquela editora carioca, e posso afirmar que aquele período da Marvel é um dos mais importantes.
Quem lê a Marvel hoje, pela Panini (muito bem editada, diga-se de passagem) não faz idéia do que nós, leitores d'antanho vivemos com aqueles primórdios da EBAL, Bloch e RGE ... aquele era um tempo mágico, que acho que não volta mais.
Continues a nos brindar com esses maravilhosos artigos.
Abs.
Paulo Ricardo
O meu gibi favorito Marvel da RGE era "Os 4 Fantásticos", que você não colocou entre as opções. Todos eram muito bons, mas "Almanaque Marvel" e "Hulk" estavam em seguida na minha preferência. Puxa, para eu ter todo esse material da RGE, só me faltam umas 2 edições de "Super-Heróis Marvel"...
Da próxima vez vou fazer uma enquete pra ver o que eu não posso esquecer de colocar na próxima enquete. rsrsrs
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Paulão, valeu pela presença (e essa capa do Almanaque Marvel peguei emprestada do seu ótimo site GIBIHOUSE).
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Baraldão, lembro também do vale-revista que vinha nas edições, além de umas figurinhas cujos pacotes vinham colados nas capas. Aquilo dava uma raiva. rsrs
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Dear John,
Esse Almanaque apresentou a 2ª HQ do Nova. A origem saiu em Super-Heróis Marvel 1, meses antes.
Obrigado por participar (seja em inglês, ou em português).
Abraços!
(e a enquete está indo bem)
Um detalhe: a tradução da RGE era quase que fiel, tanto que as letras eram espremidas no balão. Bons tempos!!
Mesmo tendo começado a ler só na segunda metade da década de 80, pela Abril, sempre gostei muito das revistas da RGE...
Almanaque Marvel sempre me chamou muito mais a atenção (pelo menos no começo), por causa de suas hqs inéditas por aqui.
Eu vou ser bem sincero: fiquei com dúvidas quando a Abril pegou a Marvel para publicar, fiquei pensando se poderiam fazer um bom trabalho, mas isso é outra história.
Fico imaginando se a Marvel tivesse feito mais sucesso na RGE, se de repente a equipe criativa do Fantasma/Mandrake/Recruta Zero e outros, não fariam alguma hq por aqui, ou capas...
Meu voto? Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel Almanaque Marvel
Esse sim é Borbão!
I´m just a little Borba :)
30 anos! Wow!
Cara, pra mim parece que foi ontem, pois ainda consigo sentir a mesma emoção daquela tarde chuvosa de fevereiro de 1979 quando agarrei meu exemplar do Aranha ("Agora na TV"). Comprei e peguei o ônibus para a escola, chovia torrencialmente, e eu sentado no primeiro banco contemplando a maravilhosa capa e acomodando-a dentro de minha pasta para que não molhasse. Muita, muita saudade mesmo dessa época mágica.
E você não pode esquecer que foi a RGE que fez uma das únicas promoções dos Heróis Marvel nesse mesmo ano de 79 com a chegada do Aranha nas salas de cinemas do Brasil. A promoção Super-Heróis Marvel foi divertidíssima e vc ainda completava um poster do Aranha.
Grande marcos da RGE:
Hulk e Aranha 1
Hulk e Aranha 2 (uma das melhores histórias do Aranha contra o Abutre e a capa do Hulk 2, cara quase tive um treco, o Hulk contra todos seus inimigos)
o grande mês de Abril de 79 tb deve ser comemorado, 4 Fantásticos com aquela história do Aranha, Thor e Demolidor contra os "3" Fantásticos e o genial Almanaque Marvel com Marvel Team-Up, a Origem do Demolidor por Bill Everet que me deixou emocionado pacas e o Billy Blue (legal né?)
e quem pode se esquecer de Super-Heróis Marvel, o almanacão com Hulk, Defensores, Nova e com capa de Superalmanaque mesmo?
Ah, detalhe... lembro que depois da estréia de Aranha e Hulk pela RGE, fora a Sessão Aventura que passava ambos na Globo, a Record possuía a melhor grade de desenhos, e no ano de 79 passava logo à 1 da tarde um dos Marvels, Numa época era Namor às 13hs, Capitão, Homem de Ferro ou Hulk às 15 e Thor às 17. D+ não?
Lembro que fiquei rabiscando capas para os próximos gibis da RGE, desenhei um do Capitão e outro do HJomem de Ferro, ficava só sonhando, a Abril realizou em parte meu sonho, mas eu tinha certeza naqueles primeiros meses que a RGE lançaria o Gladiador Dourado e o Galante Lançador do Escudo Voador (é isso?)
Chega que me empolguei,
abraços,
CAL.
Muito legal você compartilhar suas lembranças e experiências aqui. Definitivamente, a Marvel/RGE marcou muitos corações, não?
Recordo dos desenhos na época. Ah, o Superalmanaque 1 do Aranha trazia uma promoção para assistir o filme no cinema, em dezembro de 1979, mas o expediente saiu com data errada, marcando "março de 1980". Até hoje muita gente se equivoca, achando que a revista é de março de 1980. Putz, as histórias são inúmeras...
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Borba, você fez uma trabalho de colorização primoroso. Tá "contratado"! rs
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É verdade, Gérson. Seria no mínimo interessante ver uma HQ do Aranha se balançando no Pão de Açucar, ou na Avenida Paulista. E aquele personagem na capa do Almanaque é o... há... deixa pra lá...
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Claudião, pena que a RGE só publicou o finalzinho da fase de Neal Adams nos X-men (bem, pelo menos saiu aquela HQ do Hulk contra os mutantes desenhada por Sal buscema. Uma raridade! Tenho a impressão que nunca mais foi reprisada no Brasil). E o material de Cockrum... putz! Sem palavras...
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Gian, concordo contigo. A SAM até que começou bem, mas depois se tornou uma revista com mix bem chatinho. E essas ampliações da RGE foram uma tremenda bobeira dos caras. Começou do nada, lá pelo 3º ano de publicação. Não havia sentido pra se fazer aquilo. Enfim, nada é perfeito...
Amigos, abraço pra todos! Após dois artigos seguidos a respeito da RGE, acho que vou fundar a minha própria editora RGE (Roberto Guedes Editora). rs
Brincadeirinha...
Abraço!
Quem é o cara com o balde na cabeça da capa do Almanaque Marvel?? Eheheheheheheheh ...
Falando sério, valeu pela menção à GibiHouse ... aos poucos estamos retomando o site. :o)
Abs e manda mais bala aí!!!
Paulo Ricardo
Meu avô comprou pra mim, em uma viagem que faziamos pro interior de ônibus!
Puxa, tenho pouca coisa aqui detse período, mas aquela sensação de nostalgia quando vou numa banca de revistas usadas e acabo tendo em mãos algumas destas revistas é arrebatadora.
Bons tempos!
Que saudades daqueles tempos, hein amigo?
Abraço.
Andre Bufrem
Aqui é o seu chapa de sempre o Borges. Como sempre tenho tido problemas para ver e-mails, escrever em blogs, fóruns etc. Mas estou tentando me manter atualizado. Tenho acessado o seu blog desde que você começou e sempre tive vontade de enviar comentários.
Esta matéria da RGE é ótima. Me fez lembrar que não acompanhei os lançamentos do começo (com execção do #1 do HULK, as do Aranha por exemplo, só consegui "ver" alguns números antes e depois da Morte da Gwen. Anos depois consegui a Edição da Morte e fiquei chocado.
Mas lembro bem que acompanhei as últimas edições do Aranha a do HULk. Quando as li(embora a RGE não mencione que era os últimos números) tive a sensação que era o fim. Inclusive aquela história do Hulk contra o Samson anunciada na última página do HULK #49 QUE SAIRIA num SUPERALMANAQUE DO ARANHA, JAMAIS foi publicada no Brasil.
A revista que eu mais gostava na RGE era o "saudoso" ALMANAQUE MARVEL, pois adorava as histórias do NOVA (até mais que a dos X-MEN).
Infelizmente eu vendi todas elas, pois adquiri origianis americanos, encadernados e essentials.
Mas jamais equecerei aquelas tardes ensolaradas(e chuvosas - São Paulo, terra da garoa) lendo os gibis da RGE.
Abraços
REGINALDO "Kirby" Borges
Abraços!
Expressastes muito bem em palavras os sentimentos de vários fãs do glorioso passado da Marvel(e também de outras editoras)!
Hoje em dia,além dos desenhos serem tão parecidos a ponto de não sabermos mais quem é quem no atual cenário das HQs mundias - salvo honrosas exceções - e de os roteiros pecarem por falta de respeito ao histórico dos personagens,há ainda o pouco caso com que é tratada a história da publicação dos gibis no Brasil de modo geral.
Eu ainda prefiro a Ebal,Bloch e RGE,pois além da variedade de títulos que nos ofereceram(que,infelizmente,não se repetirá),elas não mutilaram as histórias em prol da santa cronologia...
Atualmente nem as bancas de revistas são mais as mesmas:(
Abraços e parabéns pelo excelente trabalho!!!
Também devo parabenizá-lo pelo artigo sobre a Bloch!
Vai aí 1 link p/os que vivenciaram uma época mágica:
http://www.youtube.com/watch?v=GmmBOFlsLg8&feature=related
Embora,em minha infância,eu tenha acompanhado as revistas Marvel da RGE e Abril,posteriormente(ainda nos anos 80)vim a conhecer a Ebal e a Bloch,e desde então meu apreço por esta fase aumenta a cada ano que passa,pois,como disse antes,o nível das histórias atuais só vem baixando.
Os editores americanos de hoje estão mais preocupados em fazer quadrinhos que possam ser adaptados p/o cinema,ou seja,as HQs viraram quase que 1 acessório:mudam muito os personagens-sem a participação ou consentimento dos criadores veteranos(os que ainda estão vivos,lógico)-com o intuito dessas mudanças serem aceitáveis pelo público moderno(que raramente coleciona livros e/ou gibis;enjoam fácil dos modismos atuais,inclusive dos "heròis" de ocasião...),ou seja,o que antes era uma consequência(adaptação p/as telas)virou o mote principal do lançamento ou não de determinado título nas lojas (vejam o que andam fazendo c/o Hulk,Doutor Estranho,Homem-de- Ferro,etc...)
Na visão ultra-mercantilista dessa turma,quadrinho bom é aquele que tem chances de virar super produção e render milhões em merchandising;qualidade-se houver-está em segundo plano!
Claro que os editores veteranos visavam um bom lucro,caso contrário,não sobreviveriam.Mas tb tinham apreço e gosto pelo que faziam,sem contar que tb entendiam da área!
Os de hoje são ótimos administradores,até fazem 1 bom dinheiro na área,mas em geral são péssimos amantes da nona arte!!!
Os anos 70 foram insuperáveis nos quadrinhos:veteranos como Kirby brindáva-nos com sua arte singular,ao mesmo tempo em que novos rostos como Mike Ploog e Bernie Wrightson despontavam no horizonte,sem contar os espanhóis da Warren;época de pioneirismos e de modismos também,mas foram modismos de conteúdo que deixaram bons frutos nas HQs,como as películas de artes marciais,que deram origem,por exemplo,ao Mestre do Kung Fu-mistura de Bruce Lee e Kwai Chang Caine da série "Kung Fu",estrelada pelo saudoso David Carradine,só conhecido pelos jovens de hoje pelo papel em Kill Bill-;Shang Chi é 1 dos melhores personagens da Marvel,mas está jogado às moscas;em compensação,vejam quantos títulos de mutantes rondam as bancas...
X-men era bom na época da RGE,quando não havia overdose de cromossomos "X" e eles dividiam democraticamente o espaço c/Nova;Mulher-Aranha;os crossovers do Coisa e Homem-Aranha c/os outros astros da Casa das Idéias;sem contar o Almanaque Premiere Marvel...
Saudades do "Editor Misterioso"(mesmo c/as respostas infantilóides aos leitores),do Clube do Bloquinho,das colunas das revistas da Ebal...Sorte nossa de conhecer tal material,e de ter vivido em uma época que deixará boas lembranças(a propósito;o que a molecada moderna irá relembrar com saudade daqui a uns 20 anos,por exemplo?;)
Mais uma vez,abraços cordiais e nostálgicos
Sugestão pra ti Guedes: Que tal um livro sobre Marvel e DC no Brasil e todos os "rolos" de bastidores que fizeram parte desses contratos?
Deus te abençoe
Por fim, como o Rodrigo disse em sua mensagem: Deus abençoe a todos!
---
História interessante a sua, Silvio.
Abraços!
Os textos por aqui são ótimos!!
outubro de 1982??
obrigado