"[...] A série Capitão Marvel, de
Bill Parker e C.C. Beck dá um passo adiante na emblemática do alter ego super-heróico,
e é ainda mais escancaradamente ocultista. Billy Batson é o menino que se
transforma numa entidade super-humana ao pronunciar a palavra mágica 'Shazam' –
que é a junção das iniciais de uma personalidade bíblica com a de divindades
mitológicas, mas também o nome de seu guru.
A origem do Capitão Marvel é apresentada como uma
cerimônia de iniciação tal qual a de sociedades secretas da antiguidade. Beck,
embora fosse filho de um pastor luterano, trabalhou bem os símbolos místicos
espalhados nas histórias – indicando, ao menos, conhecimento de causa –, e a há
quem garanta que Parker, o roteirista, fosse maçom."
Este texto é apenas um parágrafo de um longo artigo
de minha autoria que será publicado em breve em uma revista de circulação
nacional. Assim que chegar às bancas, informarei por aqui. Portanto, fique
ligado, intrepid one.
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reservados.
Comentários
Carlos
Interessante Guedes, após a leitura daquele trecho de seu trabalho fiquei a marmotar aqui comigo mesmo... Diacho! Não tinha parado para observar isto! Olhando aquela aventura primeira do Billy, sua condição de "novo", desprotegido em um mundo "profano" de repente é convidado para "ver a luz"?! Caracas! Logo depois, sua passagem pela Terra, quando retorna ao útero do princípio ígneo, para nascer como novo?! Diabos, tudo isso são princípios iniciáticos! A exposição dos pecados capitais e seus malefícios e o juramenta de abnegá-los? Procedimento iniciático! Um sábio, um Vigilante e ou Master no trono da Sabedoria?... Ritos de passagens expressos... A transformação do Billy em um novo homem é a representação precípua da finalização de uma cerimônia assim...
Agora, relendo esta aventura e apenas ela, vejo o quanto está impresso em tão pequeno roteiro e simples traços... Creio que, ou Parker ou Beck eram membros de alguma ordem assim, muito provavelmente a Maçonaria, que na época era muita carregada de misticismo, uma vertente americana... Falo por ser maçom mas, sempre ví o Paspalhão Vermelho muito pelo lado realmente "inocente"... Um grande achado, valeu Guedes!
Interessante notar, que muito recentemente, naquela saga do "PAI NOSSO"(não seria essa a tradução) do Alex Ross, o homem iniciado foi corrompido e era todo o mal... Rapaz, estes roteiristas...
Informo ao amigo que, no caso do Capitão Marvel, outro leitor e conhecedor das HQs já escreveu um ensaio sobre as origens míticas e mitológicas do personagem. Refiro-me ao amigo cineasta Carlos Modesto, fã ardoroso de cinema e dos quadrinhos da Golden Age que escreveu em dezembro de 1999, nas páginas do PORTAL ZINE de papel, um artigo sobre as origens mistíca e mitológica do Capitão Marvel, insinuando, inclusive, que o seu co-criador o roteirista Bill Parker (o outro foi o desenhista C.C. Beck) mostrou possuir conhecimentos de magia, de mitologia e de teologia. Em 2008, pedi-lhe para revisar a matéria e a publiquei na Edição de Natal de 2008 do PORTAL ZINE.
Para que o amigo tome conhecimento do fato decidi colocar o ensaio no blog. Basta ler, para confirmar a afirmação que fiz acima. Cordialmente, José Pinto de Queiroz Filho
A respeito do meu artigo, o que posso adiantar é que o nosso querido Capitão Marvel é apenas um dos vários personagens abordados.
Assim que a revista chegar às bancas, eu anunciarei por aqui.
Abração!
Abração! :)
Please, jamais deixe de postá-las aqui no Manifesto sempre que achar necessário!
Abraço meteórico! :)