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O lado oculto dos super-heróis


"[...] A série Capitão Marvel, de Bill Parker e C.C. Beck dá um passo adiante na emblemática do alter ego super-heróico, e é ainda mais escancaradamente ocultista. Billy Batson é o menino que se transforma numa entidade super-humana ao pronunciar a palavra mágica 'Shazam' – que é a junção das iniciais de uma personalidade bíblica com a de divindades mitológicas, mas também o nome de seu guru. 

A origem do Capitão Marvel é apresentada como uma cerimônia de iniciação tal qual a de sociedades secretas da antiguidade. Beck, embora fosse filho de um pastor luterano, trabalhou bem os símbolos místicos espalhados nas histórias – indicando, ao menos, conhecimento de causa –, e a há quem garanta que Parker, o roteirista, fosse maçom."

Este texto é apenas um parágrafo de um longo artigo de minha autoria que será publicado em breve em uma revista de circulação nacional. Assim que chegar às bancas, informarei por aqui. Portanto, fique ligado, intrepid one.

© Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.

Comentários

Anônimo disse…
Agora eu fiquei curioso. Avisa quando sair a revista.

Carlos
José disse…
Sempre nos angustiando, mestre! E que desenho lindo esse aí!
José Valcir disse…
Interessantíssimo, Guedes.
Lancelot disse…
Tai uma apreciação fora do comum que a maioria dos pesquisadores e ou os leitores não param pára pensar... Lemos os quadrinhos mas esquecemos que sempre o criador pinça aqui e ali algo dele e ou do seu imaginário para compor, às vezes de forma ilustrativa e às vezes proposital... Assim foi com os construtores antigos de antigas ordens iniciáticas, como os freemasos, os Companheiros e outros mais afetos à construção de templos, pinturas, etc... Nos quadrinhos, não foi diferente, muitos destes artistas, autores, desenhistas valiam-se de suas "formações" para fazer algum registro mesmo que non sense e ou en passant... O próprio Beck no "Captain Marvel & The Wonderful Golden Age Of Comics" teria afirmado que a questão da mítica do Billy, Silvana e SHAZAM, este principlamente, era uma evocação a Moisés... Eu particularmente, acho isso um achado fenomenal e uma matéria como esta, creio, será bem vinda.
Lancelot disse…
Guedes, ainda sobre aquele trecho de sua matéria, fui olhar a revista/historia primeira do Billy...

Interessante Guedes, após a leitura daquele trecho de seu trabalho fiquei a marmotar aqui comigo mesmo... Diacho! Não tinha parado para observar isto! Olhando aquela aventura primeira do Billy, sua condição de "novo", desprotegido em um mundo "profano" de repente é convidado para "ver a luz"?! Caracas! Logo depois, sua passagem pela Terra, quando retorna ao útero do princípio ígneo, para nascer como novo?! Diabos, tudo isso são princípios iniciáticos! A exposição dos pecados capitais e seus malefícios e o juramenta de abnegá-los? Procedimento iniciático! Um sábio, um Vigilante e ou Master no trono da Sabedoria?... Ritos de passagens expressos... A transformação do Billy em um novo homem é a representação precípua da finalização de uma cerimônia assim...

Agora, relendo esta aventura e apenas ela, vejo o quanto está impresso em tão pequeno roteiro e simples traços... Creio que, ou Parker ou Beck eram membros de alguma ordem assim, muito provavelmente a Maçonaria, que na época era muita carregada de misticismo, uma vertente americana... Falo por ser maçom mas, sempre ví o Paspalhão Vermelho muito pelo lado realmente "inocente"... Um grande achado, valeu Guedes!

Interessante notar, que muito recentemente, naquela saga do "PAI NOSSO"(não seria essa a tradução) do Alex Ross, o homem iniciado foi corrompido e era todo o mal... Rapaz, estes roteiristas...
VELOSO disse…
Aguardo! Aguardo também a retirada nas famigeradas letrinhas ai de baixo para provar que não sou robô quel tal desabilitar e habilitar a moderação de comentário que judia menos dos ceguinhos!
Amigo Guedes

Informo ao amigo que, no caso do Capitão Marvel, outro leitor e conhecedor das HQs já escreveu um ensaio sobre as origens míticas e mitológicas do personagem. Refiro-me ao amigo cineasta Carlos Modesto, fã ardoroso de cinema e dos quadrinhos da Golden Age que escreveu em dezembro de 1999, nas páginas do PORTAL ZINE de papel, um artigo sobre as origens mistíca e mitológica do Capitão Marvel, insinuando, inclusive, que o seu co-criador o roteirista Bill Parker (o outro foi o desenhista C.C. Beck) mostrou possuir conhecimentos de magia, de mitologia e de teologia. Em 2008, pedi-lhe para revisar a matéria e a publiquei na Edição de Natal de 2008 do PORTAL ZINE.

Para que o amigo tome conhecimento do fato decidi colocar o ensaio no blog. Basta ler, para confirmar a afirmação que fiz acima. Cordialmente, José Pinto de Queiroz Filho
Roberto Guedes disse…
Queiroz, muito obrigado por compartilhar aqui no Manifesto essa preciosa informação. Aliás, aproveito o ensejo para cumprimentá-lo publicamente pela realização do PORTAL ZINE, referência obrigatória para o fandom nacional.

A respeito do meu artigo, o que posso adiantar é que o nosso querido Capitão Marvel é apenas um dos vários personagens abordados.

Assim que a revista chegar às bancas, eu anunciarei por aqui.
Abração!
Roberto Guedes disse…
Veloso, infelizmente a moderação é necessária, para que se evite a famosa "trollagem".

Abração! :)
Roberto Guedes disse…
Lance, meu chapa, suas considerações sempre são das mais pertinentes.

Please, jamais deixe de postá-las aqui no Manifesto sempre que achar necessário!

Abraço meteórico! :)