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As 50 melhores HQs do Homem-Aranha [35 - 31]

Confesso que está sendo bem divertido elencar as melhores histórias em quadrinhos do Homem-Aranha, já que posso recapitular muitos detalhes da trajetória do aracnídeo que nem lembrava mais.

É legal também acompanhar a reação do pessoal, seus comentários e impressões particulares. Afinal, a leitura pode ser uma atividade solitária, mas quando os fãs de gibis se reúnem - mesmo que virtualmente - a tagarelice rola solta.

E, convenhamos, é muito bom falar de HQs...

Caso você esteja chegando exatamente agora, confira as postagens anteriores clicando nos links que estão abaixo.


Mas chega de delongas, que venham as próximas cinco colocadas!

35ª - O AMEAÇADOR!
[Untold Tales of Spider-Man 21]
Direto de "Os Arquivos Secretos do Homem-Aranha", uma série sensacional dos anos 1990, que inseria novas HQs no passado do aracnídeo. Conferimos aqui, nosso herói ajudando os X-Men, também em início de carreira, a desmascararem um vilão que pretendia denegrir a reputação dos mutantes. O destaque fica por conta do discurso de Peter Parker numa cafeteria beat, contra o preconceito e a intolerância - causando admiração ao Fera. Entretanto, como a tônica na vida do Aranha é uma amarga ironia, ao se recusar em concluir a missão, devido aos problemas de saúde de Tia May, os X-Men ficam desapontados, concluindo que o herói não é um cara legal como "aquele rapaz da cafeteria".
Autores: Kurt Busiek (roteiro) - Pat Olliffe e Al Williamson (arte)


34ª - EXPEDIÇÃO À TERRA SELVAGEM 
[Amazing Spider-Man 103 e 104]
Depois de escrever as cem primeiras edições do Aranha e mais alguns anuais, Stan Lee tirou uma folga e deixou seu chapa, Roy Thomas, cuidando da revista por quatro meses. Sem querer influenciar na continuidade de um título que não era seu, Roy preferiu prestar uma grande homenagem à história de King Kong. Assim, levou Peter, Gwen e Jameson à Terra Selvagem, em uma expedição que pretendia salvar o Clarim da falência. Sei lá a razão, mas sempre que o Teioso e Kazar se unem, sai uma grande aventura. Enquanto o Aranha enfrenta Gog, uma criatura alienígena gigantesca (metade réptil, metade macaco), Kazar salva Gwen das garras de Kraven. Enfim, uma HQ com ação, drama e humor à vontade. E diga lá: ver o fanfarrão do Jameson chorando por pensar que Peter tinha morrido, simplesmente não tem preço, não é mesmo?
Autores: Roy Thomas (roteiro) - Gil Kane, Frank Giacoia e Tony Mortellaro (arte)


33ª - O QUE ACONTECERIA SE GWEN STACY NÃO TIVESSE MORRIDO?
[What If 24]
A série O Que Aconteceria Se... trazia histórias de realidades alternativas, narradas pelo inflexível Vigia, a partir de algum momento-chave da cronologia Marvel. Uma das mais emocionantes do título foi justamente a que mostrou o Aranha salvando a vida de Gwen durante a fatídica luta com o alucinado Duende Verde (publicada em ASM 121). Na trama original, o vilão jogou a garota da Ponte do Brooklyn. Num ato reflexo, o aracnídeo lançou sua teia para impedir a queda, e a parada brusca em pleno ar quebrou o pescoço da namorada. Aqui o Aranha agiu diferente: se jogou, salvando Gwen com seu próprio corpo. Gwen, que ainda acreditava que o Aranha era o responsável pela morte de seu pai, descobre que ele é o seu amado Peter Parker. Mas após ouvir as explicações dele, aceita, esfuziante, seu pedido de casamento. Mais tarde, o herói derrota o Duende, mas Harry implora ao Aranha que não entregue seu pai à justiça. O Duende demonstra arrependimento, e o Aranha deixa os dois partirem. Finalmente Peter e Gwen se casam, mas Jameson irrompe o local da cerimônia na companhia de policias, e com um envelope na mão - enviado a ele dias antes pelo Duende - com provas de que Peter e o Aranha são a mesma pessoa. Peter é obrigado a fugir, deixando Gwen desconsolada. Mesmo em outra realidade, a tragédia deu um jeito de interromper a felicidade do Homem-Aranha...
Autores: Tony Isabella (roteiro) - Gil Kane, Frank Giacoia e vários outros (arte)


32ª - CORAÇÕES E MENTES
[Amazing Spider-Man Annual 1996]
Mais uma história incrível narrada em flashback, nos primeiros dias de namoro de Peter e Gwen. Os pombinhos decidem oficializar seu relacionamento e marcam um encontro com o pai da moça, o Capitão Stacy, no Grão de Café - o point da turma da Universidade Empire State. O sobrinho de Tia May está temeroso pelo encontro, pois sabe que o policial aposentado investiga a carreira do Aranha, podendo descobrir a qualquer momento o seu segredo. Paralelo a isso, a rivalidade crescente entre Norman Osborn e Kraven acaba justamente nessa lanchonete, quando o caçador enfrenta alguns capangas do empresário. Só que um dos facínoras conhece Stacy de outros carnavais e decide matá-lo. Obviamente o Aranha intercede e, após grande tumulto, os bandidos são capturados e Kraven foge. Essa trama, narrada e desenhada com o frescor dos bons e velhos tempos, serviu principalmente para esclarecer, como e quando, o Capitão Stacy concluiu que seu quase futuro genro era o Homem-Aranha.
Autores: Tom DeFalco (Coplanejamento e diálogos) - Ron Frenz (coplanejamento e desenhos) - John Romita (arte-final)


31ª - HOMEM-ARANHA & TOCHA HUMANA
[Spider-Man/Human Torch - minissérie em cinco partes]
Chego a ficar abismado quando lembro que o autor dessa divertida minissérie, Dan Slott, é o mesmo cara que escreveu coisas lamentáveis como Homem-Aranha Superior e outras tolices, a ponto de levar umas duras de Stan Lee e John Romita. Mas vamos nos concentrar no que é bom - e, vai por mim, Homem-Aranha & Tocha Humana é uma HQ muito boa! O roteirista resgatou vários momentos da velha rivalidade entre o Cabeça-de-Teia e o Cabeça de Fósforo - desde a época que a namoradinha Dorie Evans causava ciúme em Johnny Storm marcando encontro com o CDF Peter Parker - costurando-as com situações inéditas, oferecendo ao leitor uma melhor compreensão da relação dos heróis. É simplesmente hilário quando Johnny descobre que Peter é o Aranha, e os dois confessam que sentiam inveja da vida que o outro levava. O final também é bonito, com a família Parker indo jantar no QG do Quarteto. Que demais!
Autores: Dan Slott (roteiro) - Ty Templeton e outros (arte)


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Comentários

Sandro disse…
Pensei que Expedição...não fosse entrar na sua lista. Ufa!
Esse O Que Aconteceria Se...é, na minha modesta opinião, o melhor da série, Tony Isabella nunca teve o crédito merecido por esse e outros trabalhos.
Triste constatar que esse encontro do Aranha com o Tocha foi uma das últimas, se não a última, grande história do personagem.
Sandro disse…
Só para completar Frenz e Romita Sr. na arte combinam melhor até que caldo de cana e pastel!
Roberto Guedes disse…
Sandrão,

Gostei da comparação dos desenhistas com o pastel e o caldo de cana: deu vontade de ler mais gibis e, de tabela, abriu meu apetite!

Não tinha como deixar a Expedição de fora. Classicão do Roy!

E, realmente, o Isabella nunca foi badalado como outros contemporâneos dele. O que é uma pena, pelo tanto de material legal que produziu.
flavio disse…
Qualquer história que traz Gwen de volta despertam muito minha atenção. E essa 'O que aconteceria se...' realmente é uma das melhores da série.Pena é o final.Como na maioria das histórias da série, parece que a intenção era mostrar que o destino de certa trama poderia ter sido pior. Bem, pelo menos aqui a loirinha continuou viva. Valeu, Guedes. Acertando sempre.Um abraço!
Roberto Guedes disse…
É verdade, Flavio! A famosa má sorte de Peter Parker atravessa dimensões e realidades alternativas.
Tiago disse…
Muito bom cara :D
Sou fã do aranha e relembrar algumas destas histórias é muitp bom, por sinal estou vendo Trato Feito e estão mostrando exatamente um Amazing Fantasy 15 pra vender heheh
Só gostaria de tu colocasse onde estas histórias sairam no brasil, aí podemos correr atrás de todos ;)
Abraço cara.

www.palitosnerds.blogspot.com
Roberto Guedes disse…
Obrigado por deixar seu comentário, Tiago!

Abração!
Andre Bufrem disse…
Muito boa a lista dessa semana.
Bem eclética e de várias épocas diferentes.
A história do Gog me lembrou os velhos tempos. Lembro do dia em que comprei essa revista em um sebo. A capa era demais, do começo da RGE. Com o Kraven segurando o Aranha e aqueles olhos vidrados típicos do Kane.
Roberto Guedes disse…
Não tinha como deixá-la de fora, Bufrem! Clássico absoluto de Roy e Kane, não?