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Mostrando postagens de julho, 2009

40 anos de "O Careca"

Julho está terminando, mas para não passar batido, aqui vai uma pequena homenagem/lembrança aos 40 anos de criação (e não publicação) de O Careca, de Alain Voss. Pois é, que coisa esquisita, não é mesmo? E se não fosse pelo esforço de Woney Almeida de Souza e Franco de Rosa, que resgatarem do “limbo do anonimato” esse invocado personagem, com certeza eu não estaria aqui comentando sobre ele. Explicando melhor... O franco-brasileiro Alain Voss, que havia trabalhado na revista Realidade (precursora da Veja ) e ilustrado capas de discos dos Mutantes (banda nacional de Rock que lançou Rita Lee no cenário musical), criou uma movimentada história de espionagem, repleta de ação e desenhos pra lá de influenciados pela “pincelada de Jack Kirby” – nas palavras do próprio autor. Programada para sair em julho de 1969 pela União Brasileira de Editoras Ltda. (UBE), foram impressas apenas oito mil cópias do número 1 de O Careca. Mas depois de muita burocracia e problemas com distribuição,

Nova entra para os Vingadores

O Homem Chamado Nova – na verdade, o jovem Richard Rider – entra para a elite dos super-heróis da Marvel: os Vingadores. Isso mesmo! Finalmente o simpático Cabeça-de-Balde realiza seu sonho de consumo, e se torna um vingador, ao lado de seus ídolos medalhões Capitão América, Homem de Ferro e Thor. Completando a nova formação, constam ainda a Viúva Negra, o Visão e a Mulher-Invisível (sim, a própria). Só um detalhe: essas novas histórias não pertencem à continuidade dita “oficial” da Casa das Idéias, o tal “Universo 616”, mas sim, à linha Marvel Adventures – por aqui conhecida como Geração Marvel, com tramas mais pueris, voltadas para um público leitor mais jovem. A estréia de Nova ocorrerá nas páginas da revista Marvel Adventures Super Heroes 17, com lançamento previsto para novembro, com roteiro de Paul Tobin. Em entrevista ao site Nova Prime Page, o editor Nate Cosby comentou que “[...] precisávamos de um Homem-Aranha, mas não queríamos usá-lo, ele tem seu próprio gibi [...] quería

As 20 melhores Histórias em Quadrinhos de todos os tempos

OK, intrepid one! Trata-se de um título pra lá de pretensioso, eu sei. É a velha história de que cada um tem a sua opinião, seu gosto particular blábláblá. E é tudo verdade mesmo, quem sou eu para contrariar isso? Acontece que há pouco tempo fui convidado por Franco de Rosa para participar – junto com outros profissionais do meio – de uma pesquisa dessas para uma revista da Editora Escala, e mandei de bate-pronto a minha lista de favoritas. Muita coisa que considero bacana (Príncipe Valente, Mickey, Chet, Hulk, Nova, Cebolinha, Pelezinho, Turma Titã, Novos X-Men, Lobo Solitário, Flash Gordon, Dico, Tarzan e por aí vai) ficou de fora. O fato é que não havia uma regra definida, e cada participante poderia escolher entre séries contínuas, graphic novels, minisséries, tiras de jornal etc., apenas 20 títulos; por isso, muita gente boa, ou melhor, gibi bom, dançou. Snif! Snif! As que estão com o asterisco (*) são as que mais surpreenderam (positivamente) Franco em minha lista, e ele até

Retorno infeliz

O roteirista J. M. DeMatteis deixou sua marca nos anais dos Comics modernos ao escrever a inquietante A Última Caçada de Kraven (que mostra o Homem-Aranha sendo enterrado vivo por seu inimigo russo), além dos diálogos engraçadíssimos das, então, novas histórias da Liga da Justiça pós- Crise nas Infinitas Terras. Nos anos 1990, DeMatteis voltaria aos títulos aracnídeos para uma tarefa não tão gloriosa, ao compor o quadro de argumentistas da polêmica Saga do Clone, que trouxe à luz personagens que marcaram – não tão positivamente – as revistas do herói naquela década, como Ben Reilly (o tal clone de Peter Parker) e Kaine. E é com este último que DeMatteis iniciará o novo título mensal Web of Spider-Man (outra velha marca ressuscitada), conforme comentou ao site Newsarama: “Kaine é um dos mais intrigantes personagens da Saga do Clone... ele foi clonado a partir do DNA de Peter Parker antes de Ben Reilly, e, a experiência, aos olhos de seu criador Miles Warren (o Chacal), foi uma

O homem de pedra

Há muitos e muitos anos, imbuído pelo clima das histórias curtas de finais repentinos e surpreendentes da Warren e EC Comics, escrevi várias HQs de terror e ficção científica no intuito de montar uma revista nos moldes da saudosa Kripta. Apesar de contar com vários desenhistas talentosos na execução da empreitada, todo o material acabou “engavetado” devido aos meus outros – e mais urgentes – afazeres de editor. Mas como no meio editorial vivemos em um eterno dèjá vu, e as idéias vêm e vão a toda hora, quem é que pode afirmar categoricamente que não retomarei as rédeas desse projeto, é ou não é, intrepid one? Assim sendo, delicie-se por enquanto com a curtinha “O homem de pedra” (que escrevi para Marcelo Borba desenhar) como uma espécie de preview dessa gloriosa, e ainda inédita, publicação. É uma trama que fala sobre os segredos do coração humano, e da maneira como cada pessoa se vê e enxerga o mundo à sua volta. Cada um com a sua realidade dos fatos. Porém, a verdade, gera

O retorno da Creepy

Desde o ano passado a Dark Horse – uma das mais importantes publicadoras de Quadrinhos dos Estados Unidos – vem reeditando o material clássico da Warren Publishing, retirado dos lendários magazines Creepy e Eerie, em luxuosos álbuns de capa dura. Por aqui, quem teve o privilégio de acompanhar as séries Kripta e Shock (RGE), e Vampirella (Kultus e Noblet), sabe do que eu estou falando: simplesmente das melhores histórias de horror e ficção científica de todos os tempos! Pra quem não sabe, é só clicar aqui e conferir. Arte maravilhosa para roteiros inteligentes, o material da Warren compõe parte do imaginário popular, fez escola e influenciou gerações de quadrinistas (tanto lá fora quanto no Brasil). Também incendiou o mercado nacional do final dos anos 1970 e começo da década seguinte, incentivando o surgimento da “Geração Vecchi”, e das revistas Calafrio e Mestres do Terror, de Rodolfo Zalla. E nessa retomada, a editora lança a série Creepy Comics, com novas histórias e