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Mostrando postagens de 2014

Quando Paul Simon aconselhou Lee e Kirby

Este é mais um caso bem interessante de interação entre música e quadrinhos, do qual fiquei a par em 2008, mas que, por uma razão qualquer, acabei esquecendo de contar aqui no blog. Bem, antes tarde do que nunca, é ou não é? Na ocasião, eu participava ativamente de uma lista de bate-papo do Yahoo dedicada à carreira de Stan Lee. Entre os membros havia muitos fãs, estudiosos, jornalistas e até mesmo alguns ex-profissionais da Marvel - como por exemplo, ninguém menos que Roy Thomas. Papo vai, papo vem, alguém pergunta a Roy se o cantor Paul Simon teria mesmo lido os créditos de algum gibi da Marvel ao compor "50 Ways to Leave Your Lover" ( 50 Maneiras de Deixar Sua Amante ), um de seus maiores sucessos, lançado em 1975. Antes da resposta de Roy, vale uma explicação: Após se divorciar da sua primeira esposa, Peggy Harper, Simon escreveu essa canção como se fosse um conselho bem-humorado de um amante para o marido, sobre as maneiras de se terminar um relacionamento. Mas

Influência poética

Alguns títulos são tão bons ou até melhores que a própria história!   É o caso de “Que Teia Embaraçada Nós Tecemos”, clássico do Homem-Aranha publicado originalmente em Amazing Spider-Man 61 (junho/1968), escrito por Stan Lee e desenhado por Don Heck (sobre os esboços de John Romita). O título é na verdade um trecho do poema épico "Marmion",   de 1808, escrito por Sir Walter Scott, que traz reflexões sobre as consequências advindas de traições e mentiras.   A combinação das palavras com a imagem (mostrando o protagonista cabisbaixo em primeiro plano, e os coadjuvantes ao fundo emaranhados na teia) ainda me causa forte impressão. Tanto é verdade, que em homenagem ao título/frase, escrevi uma história do Meteoro enfrentando um criminoso com poderes aracnídeos (Aranha-Lunar) chamada "A EmbaraçadaTeia da Vida", publicada pela Editora Escala em Almanaque de Quadrinhos 1 (2002), e reprisada em Meteoro Comics 3 (2011). Em 2009, também escrevi um texto ref

Parceria famosa

Uma das mais tradicionais parcerias das HQs tem início quando o Lanterna Verde rompe a velocidade da luz e vai parar em Spectar, um planeta de outra dimensão.  Ele sofre uma concussão cerebral e, após ser socorrido pelos habitantes, volta a Terra – onde, em sua identidade de Hal Jordan, famoso piloto de jatos, é entrevistado por Iris West.  Hal é apresentado a Barry Allen, namorado de Iris, sem saber que se trata de seu amigo Flash da Liga da Justiça. Hal começa a ter atitudes estranhas, e quando Barry decide segui-lo, descobre que o piloto é o Lanterna Verde.  O herói esmeralda fica agressivo. Após uma batalha ferrenha, domina Flash e o leva para Spectar. Desde o começo, os alienígenas manipulavam a mente abalada de Hal com essa intenção.  Os vilões pretendiam descobrir o segredo da supervelocidade, romper a barreira vibracional que separava seus mundos e, enfim, dominar a Terra. Porém, Hal se recupera, liberta Flash e, juntos, derrotam os vilões. Ao final, para ser j

Meteoro Responde 3

Menos de um mês depois de seu lançamento, o Almanaque Meteoro 5 se encontra com sua tiragem inicial praticamente esgotada. Restam alguns poucos exemplares que, com certeza, vão se evaporar rapidinho - o que irá, provavelmente, me forçar a imprimir uma segunda tiragem em 2015, para atender novos pedidos (assim como aconteceu em relação ao AM 4, o ano passado). Já recebi muitas mensagens, via e-mail e Facebook, comentando a edição. A grande maioria tece elogios rasgados às tramas (principalmente à HQ backup "Meu Exemplo, Tua Escolha" ), aos desenhos, e até mesmo ao acabamento gráfico. Mas há também reclamações a respeito da periodicidade, sempre um problema presente no meio alternativo - pelo menos, para quem se propõe a publicar um título seriado. Até por isso que nem tento viabilizar o AM através desses sites de crowfunding. Tal sistema, creio, funciona melhor para projetos fechados. Ou seja, a ideia não está descartada, contudo,se acontecer, será com algum álbum esp

Mais algumas frases contundentes

Como o pessoal gostou bastante da postagem "Frases contundentes no mundo das HQs", decidi repetir a dose, com mais algumas declarações inteligentes, engraçadas, polêmicas e impactantes proferidas por importantes personalidades dos quadrinhos.  Pois então, leia-as e divirta-se, meu chapa!   “Eu, Jerry Siegel, cocriador de Superman, roguei uma praga para o filme do Superman! Espero que seja um superfracasso” – Jerry Siegel, em 1975, ao saber que seu famoso personagem seria levado às telas de cinema, e que não receberia um tostão qualquer. “No início dos anos setenta, fui numa convenção de quadrinhos em São Paulo e encontrei muitos fãs do Fantasma. Um deles era o Pelé. Inclusive fui ao vestiário, depois de um jogo, encontrar-me com ele. Ele estava de sunga, parecendo um Hércules. Ele me pediu um autógrafo, e eu também pedi seu autógrafo, que tenho até hoje” –   Lee Falk, o lendário criador de Fantasma e Mandrake, comentando sobre o seu inusitado encontro com o Rei do

Almanaque Meteoro 5 à venda

A hora chegou, ó intrépido! Almanaque Meteoro 5 já se encontra à venda!  A saga de Roger Mandari, o Meteoro, está cada vez mais emocionante. Nesta nova edição ele protagoniza duas histórias de tirar o fôlego. A revista ainda traz uma HQ inédita do caubói Chet, além de pinups, sketches dos personagens e as costumeiras seções Boletim Manifesto e Meteoro Responde. Em “Sob Todos os Olhares”, Meteoro enfrenta o Rapinador – a encarnação viva de um espírito da selva amazônica –, que invade o templo da Sinarquia Universal em busca de um artefato místico de poder incalculável. Ocorre um crime, e muitos se tornam suspeitos.  Entrementes aos fatos, a vida pessoal do jovem herói esquenta de vez durante a festa de aniversário de Laura Lopez, a estonteante loira do Colégio Central.  Desenhos eletrizantes de A-Lima, experiente artista com trabalhos publicados em várias editoras, inclusive internacionais. Já “Meu Exemplo, Tua Escolha” é um convite à reflexão, e tem tudo para

O quadrinho psicodélico de Steranko

No final dos anos 1960, Jim Steranko se destacava dos demais ilustradores da Pop Art por misturar, com maestria e bom gosto, conceitos artísticos de Op Art e Psicodelia com a linguagem visual e narrativa das HQs. Até o grande Neal Adams, então na DC Comics, prestou-lhe homenagem ao recriar uma cena da série Nick Fury numa história do macabro Desafiador.  Seu prestígio era tanto que Steranko foi o primeiro desenhista da Era Marvel a conquistar o direito de escrever suas próprias histórias – privilégio que o editor Stan Lee não concedeu nem mesmo aos parceiros mais constantes, Jack Kirby e Steve Ditko (tempos depois Kirby escreveria HQs de Kazar e Inumanos).  A capa de Nick Fury, Agent of S.H.I.E.L.D. 4   (setembro de 1968) é a  mais famosa feita por Steranko - e também a mais homenageada por outros artistas desde então -, devido ao seu grafismo repleto de elementos psicodélicos, urbanos e perturbadores.   Curiosamente, Steranko não escreveu e nem desenhou a história dessa

Religião e misticismo na Marvel

Recadinho rápido e rasteiro: Conforme expliquei em "Introdução à Magia" (revista Mundo dos Super-Heróis 52), o roteirista Steve Englehart usou e abusou de muitos conceitos esotéricos nos gibis que escreveu pra Marvel durante os anos 1970. Mas ele não foi o único. Na edição 60 da Mundo (novembro de 2014) volto ao assunto em minha coluna Universo Marvel/DC, agora destacando as referências ocultistas e religiosas nos principais trabalhos de Jim Starlin e Chris Claremont, entre outros, pra Casa das Ideias. Vale a pena conferir! © Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.

A história viva dos super-heróis brasileiros

História Viva - Edição Especial 52 traz matéria de minha autoria sobre os super-heróis brasileiros. Caso você não saiba, História Viva é uma publicação da Ediouro Duetto Editorial, que integra material brasileiro ao da consagrada revista francesa Historia. O volume em questão é totalmente dedicado ao fenômeno editorial e cultural dos super-heróis - com abordagens precisas desde o nascimento desses personagens nos anos 1930 até os dias atuais. Os artigos são de importantes profissionais da imprensa internacional e nacional, além de grandes escritores, editores e professores - e, m ui honrosamente aceitei o convite para participar desse belo projeto. Meteoro, Capitão 7, Judoka, Raio Negro, Mylar, Golden Guitar, Quebra-Queixo, Dálgor e Cometa - entre muitos outros - estão lá! Se você é fã de HQB (História em Quadrinho Brasileira) não pode deixar de adquirir um exemplar, OK? © Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.

Como era legal o meu Duende

O Duende Verde costumava ser o meu vilão preferido dos gibis. Costumava... Várias pessoas usaram o disfarce do Duende Verde através dos anos, mas a mais perigosa e importante continua sendo a primeira delas: o empresário Norman Osborn. Criada em 1964 por Stan Lee e Steve Ditko, a figura do Duende era toda envolta em mistério. Sua identidade real ninguém sabia, nem os leitores, tampouco os autores. Como eles ainda não haviam se decidido quem estaria por trás da máscara horrenda do vilão, ele teria sempre que escapar das garras da lei – e das teias do herói – para, ao final de suas participações, Stan e Ditko só mostrarem um homem em trajes civis, e com a face escondida, indo embora e planejando o próximo ataque ao Cabeça-de-Teia. Durante dois anos, o Duende ficou nesse vai e vem frenético no título  Amazing Spider-Man, o que só aguçava a curiosidade dos leitores. Devido a desentendimentos com Stan Lee quanto aos rumos da série, e com o dono da Marvel,

Madame Satã: Bastidores

A imagem que ilustra esta postagem é do álbum Madama Satã: Cassino, volume 9 da Coleção Opera Brasil - uma série que eu editei pela Opera Graphica a partir de 2002.   A história foi soberbamente escrita por Luiz Antonio Aguiar, escritor e roteirista dos mais premiados, cuja carreira teve início nos anos 1970, bolando histórias para o gibi Sítio do Picapau Amarelo, da RGE (futura Editora Globo, de Roberto Marinho). Madame Satã, você sabe, é uma personalidade quase mítica do  famoso bairro boêmio da LAPA, no RIO. Figura andrógina que causava repúdio e fascínio ao mesmo tempo, e que gerou documentário, filme e quadrinhos. No álbum em questão, Aguiar o coloca em uma trama que tem como pano de fundo o governo de Eurico Gaspar Dutra e a "Guerra Fria". Os bastidores do lançamento desse álbum ocorreram assim: Era final de expediente. Eu descia a escada da redação que dava pra rua, quando um dos donos da editora, Franco de Rosa, ofegante, bloqueou a minha passagem e disse: "

Relançamento dos X-Men de Gedeone Malagola

Todas as histórias em quadrinhos dos X-Men produzidas no final dos anos 1960, pelo pessoal da GEP, foram reunidas numa edição especial intitulada  Arquivos de Gedeone Malagola: Os X-Men. Trata-se de uma ação conjunta dos selos independentes GRRR! (do cartunista Marcio Baraldi) e Edições WAZ (do jornalista Worney Almeida de Souza). A publicação está pra lá de caprichada, em formato americano, 98 páginas e capa colorida. Além das HQs escritas por Gedeone e Francisco de Assis, e desenhadas por Walter Silva Gomes - entre outros -, esse volume também traz a versão em língua portuguesa do artigo que escrevi para o magazine americano  Alter Ego  120, conforme comentei em outra postagem que você pode conferir  aqui.   Os editores alertam que se trata de uma ação entre amigos, sem interesse comercial e de puro resgate histórico de um momento importante do mercado nacional de quadrinhos. A tiragem é limitadíssima e, portanto, os interessados em adquirir um exemplar devem entrar em contato atravé

"Um artigo fascinante"

Tempos atrás eu escrevi pra revista especializada  Alter Ego (editada por Roy Thomas) um longo artigo sobre as HQs dos X-Men feitas pelo pessoal pela GEP no final dos anos 1960. Caso você não se recorde do assunto, basta clicar  aqui. Muita gente curtiu a reportagem, como o roteirista Tony Isabella (criador da equipe Os Campeões, pra Marvel, e do super-herói Raio Negro, pra DC), que teceu comentários pra lá de positivos no  Bloggy Thing: "Roberto Guedes contribuiu com um artigo fascinante sobre as mais de 100 páginas de histórias originais dos X-Men produzidas no Brasil, durante os anos 1960. Eu fiquei espantado ao descobrir que numa daquelas histórias aparece um super-herói chamado Raio Negro*. Com este já são três Raios Negros que antecedem o super-herói que eu criei em 1976. Existiu um cavalo com esse nome que estrelou um filme mudo, além do cavalo que Johnny Thunder montava nos gibis de faroeste da DC entre os anos 1940 e 1960". Bem, várias pessoas entraram em conta

Roy Thomas fala da Marvel aos brasileiros

Esta é para marvetes, marvelmaníacos e true believers de toda parte e espécie. A revista Mundo dos Super-Heróis 59 dedica páginas e mais páginas aos 75 anos da Marvel Comics. Além das costumeiras atrações de bom gosto produzidas pela equipe da Mundo, com direito a pôster e capa especialmente feita para o magazine, a edição traz um maravilhoso dossiê da editora de quadrinhos mais famosa do mundo.   A reportagem gigante é dividida em sete partes, três delas sob a minha responsabilidade.   Inclusive, a entrevista inédita com ninguém menos que Roy Thomas - ou a "cereja no bolo", como elogiosamente se referiu à entrevista o grande jornalista Jota Silvestre. Detalhe: Jota matou a pau na Linha do Tempo da Marvel, que vem no verso do pôster, destacando os principais momentos da editora norte-americana. Thomas, como todo mundo sabe, é um dos maiores roteiristas de super-heróis de todos os tempos, ex-editor-chefe da Marvel, e o cara que transformou Conan em ícone da Cultura P

Qual é a cara do super-herói brasileiro?

O final da década de 1960 seria marcado pela publicação do primeiro número de O Pasquim , idealizado por jornalistas e cartunistas importantes como Jaguar, Ziraldo, Paulo Francis, Millôr Fernandes e Henfil , só para citar alguns. Para os mais desavisados, O Pasquim tratava-se de pura sátira; para outros, pendendo pela esquerda, manifesto de conscientização política. Talvez fosse um pouco disso tudo, ou quem sabe, algo mais, tipo um oásis cultural em meio à mesmice patriarcal imposta às editoras pela famigerada ditadura militar. Na esteira, já no comecinho da década seguinte, ocorreram as primeiras manifestações de cartunistas como Laerte e Angeli 1 na universitária O Balão. Os anos 1970 começaram cheios de incertezas. O atentado do grupo terrorista Setembro Negro contra atletas israelenses durante a Olimpíada de Munique de 1972; a recusa de Pelé em participar da Copa da Alemanha; o impeachment do Presidente americano Richard Nixon em meio ao escândalo que ficou conhecido co

A tira de jornal esquecida do Aranha

Por volta de 1970, o Homem-Aranha era de fato o grande sucesso da Marvel, e Stan Lee quis levá-lo também para as páginas de jornal.  John Romita desenhou as primeiras tiras e Stan pediu ao patrão, Chip Goodman (filho do fundador da editora, Martin Goodman), que as mostrasse aos executivos da Cadence Industries, então, a companhia dona da Marvel.  Não se sabe se motivado pela inveja ou pela preguiça, mas Chip sim plesmente engavetou os originais. O assunto acabou esquecido, assim como a família Goodman, que foi "desligada" em definitivo da Marvel, em 1972. Em 1977, finalmente, Stan e Romita retomaram a produção das tiras, que foram distribuídas em muitos jornais americanos. Aqui no Brasil foram publicadas também, até mesmo compiladas em formato de revistas pelas editoras RGE e Opera Graphica, além de dois volumes encadernados da Panini. Detalhe: na amostra de 1970, a personagem Gwen Stacy fazia parte do elenco [veja a segunda imagem], mas como ela morreu nos gibis em 19

Frases contundentes no mundo das HQs

Segue adiante um punhado de declarações interessantes proferidas por algumas personalidades do mundo dos quadrinhos. Algumas são polêmicas, outras engraçadas. De qualquer maneira, o julgamento – se é que essa palavra é adequada aqui – fica por conta do leitor. “Não entendo nada de histórias em quadrinhos, mas mesmo não as entendendo, gosto delas” – Adolfo Aizen, um dos pioneiros das HQs no Brasil e fundador da EBAL. “Sempre quis desenhar, mas não existia gibi que combinasse com meu estilo. Mas um dia, Steve Skeates apareceu com uma história tão ruim que ninguém poderia desenhá-la a sério. O editor Joe Orlando achou que a única forma de salvá-la seria se eu a desenhasse” – Sergio Aragonés lembrando com bom humor do seu início na DC Comics.  “Super-herói sempre foi uma coisa babaca! Esse negócio de vencer na porrada, esse símbolo do herói, é um troço que pode funcionar bem para os Estados Unidos, que sempre gostaram dessas coisas” – Waldyr Igayara, editor dos gibis Di

Qual é o melhor traje criado por John Romita?

"Acho que quase todos os trajes que eu projetei foram com a intenção de serem glamorosos. Eu pensava como um projetista de brinquedos, que tenta fazer o brinquedo ser o mais atraente e utilizável possível" - depoimento de John Romita em  John Romita - And All That Jazz! (Twomorrows/2007). Já fazia um tempinho que eu não promovia uma enquete nova no Manifesto, mas após uma animada conversa com alguns colegas no Facebook, a respeito de Jazzy Johnny, me animei a criar esta aqui. Romita sempre foi meu desenhista preferido e, acredito que esteja entre os prediletos da maioria dos leitores que cresceu lendo os gibis da Marvel - em especial, as HQs clássicas do Homem-Aranha. Seu traço se destaca pela beleza, e Romita se notabilizou também por criar alguns dos visuais mais bacanas dos quadrinhos, mesmo de personagens coadjuvantes ou "normais" - que não usam trajes especiais - vide Mary Jane, Capitão Stacy e Rei do Crime. Como a lista de criações do artista é enorme

Este gibi está de olho em você

Convenção de quadrinhos é um negócio muito importante e rentável para as editoras e demais empresas do mundo do entretenimento. Inclusive, esse tipo de evento ganha cada vez mais espaço na agenda cultural do brasileiro que curte HQs, filmes, RPG, action figures etc. A maior e mais famosa convenção do mundo é a San Diego Comic-Con, criada em 1970 por pessoas ligadas ao meio editorial. Com uma edição por ano, a coisa se desenvolveu à beça e, em 1995 passou a se chamar San Diego Comic-Con International. Para marcar essa mudança, o designer gráfico Richard Bruning criou o icônico "logo do olho". Bruning, caso você não saiba, é marido de Karen Berger, ex-editora do selo Vertigo - uma linha de quadrinhos adultos da DC Comics voltada quase que exclusivamente para o místico e o sobrenatural. A carreira do artista teve início em 1979 quando fundou o estúdio Abraxas - não por acaso, o nome de um demônio. De lá para cá, ele colaborou bastante com a DC, criando logotipos de minissé