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Mostrando postagens de 2009

Entrevista para o site "Meu Herói"

“No universo dos quadrinhos, o herói ‘Meteoro’ é vivido por um jovem estudante, Ricardo Marinetti, que recebe os poderes de superforça, velocidade e de capacidade de voar. Os quadrinhos do personagem Meteoro expressam um clima juvenil, por ser um adolescente que vive em ambientes de namoro, paqueras, Rock , sonhos e inseguranças perante o futuro. Ricardo (Ric) recebe os poderes após ser atingido por um meteorito enviado por um ex-membro da Sinarquia Universal, uma sociedade secreta extra-espacial que pretende destruir o planeta Terra. O personagem é uma criação do escritor e roteirista Roberto Guedes, autor de importantes livros como A Era de Bronze dos Super-Heróis, Quando Surgem os Super-Heróis e A Saga dos Super-Heróis Brasileiros.” Página da primeira HQ da nova série do Meteoro, ainda inédita. Arte de Aluísio de Souza. Esse é o texto de introdução da entrevista que o desenhista Fernando Rebouças fez comigo para o site Meu Herói. O papo rolou solto e trouxe informações que, acred

Dica batuta para o que se ouvir no Natal

OK! Faltam nove dias para o Natal, e ainda pretendo passar por aqui algumas vezes. Então, nem esquenta, que esta não é uma postagem de saudação, tampouco de despedida para o final do ano. Trata-se apenas de uma brincadeira, que, espero sinceramente, você curta bastante. Há muito Rock’n’Roll legal com temática natalina que eu poderia te recomendar, isso é fato. De Chuck Berry ao Punk britânico The Boys (banda dos seventies que assumia a identidade The Yobs na hora de cantar Run Rudolph Run ), passando por John Lennon, Garotos Podres e Slade, mas optei por ser inusitado. Afinal, esta é uma das características do Manifesto, tá certo? Então, leia: Comme les Rois Mages en Galilée Suivaient des yeux l'étoile du Berger Je te suivrais, où tu iras j'irais Fidèle comme une ombre jusqu'à destination Comme Christophe Colomb et ses trois caravelles Ont suivi le soleil avec obstination Mon Amérique, ma lumière biblique Ma vérité cosmique, c'est de vivre avec toi Ei, não

Saiu a centésima edição do QI

Esta eu realmente não poderia deixar “passar batido”. Tenho em mãos a centésima edição do fanzine Quadrinhos Independentes, vulgo QI, do editor, roteirista e desenhista Edgard Guimarães. Sem dúvida, um marco inusitado no cenário editorial alternativo. A capa, desenhada pelo próprio, é uma referência à capa da última edição do Gibi, publicação seminal de Roberto Marinho. Pra quem ainda não sabe, Edgard vem, desde 1982, batalhando no desfavorável mercado brasileiro de Quadrinhos. Entre seus trabalhos mais conhecidos naquele período, destaco os fanzines Psiu e Ecológico; além de algumas HQs publicadas em revistas importantes como Mestres do Terror, Circo e Piratas do Tietê. Em 1993, lançou a primeira edição do seu famoso boletim, então chamado “IQI” ( Informativo Quadrinhos Independentes ), em parceria com a AQC (Associação dos Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo), e, desde então angariou diversos prêmios, em consideração ao seu trabalho primoroso de divul

Edição Maravilhosa - Nossa primeira Graphic Novel

A enquete sobre a melhor publicação da EBAL em todos os tempos foi conquistada pela revista do Homem-Aranha, abocanhando 34% dos votos. Pra quem não sabe (ou não lembra), o Cabeça-de-Teia estreou no Brasil no gibi do Thor, ou melhor, nas páginas de Álbum Gigante 4ª série 11, em agosto de 1968. Em abril do ano seguinte, sua revista mensal chegou às prateleiras, alcançando a marca de 70 números lançados, até janeiro de 1975. Acredito que graças a minha pequena “provocação” no Twitter, os fãs de Superman se mobilizaram e garantiram para o Homem de Aço um honroso terceiro lugar, acompanhado por Batman e Príncipe Valente (o herói preferido de Adolfo Aizen). Mas, surpreendentemente, e não menos lógico – devido à sua importância histórica, creio eu – os seguidores do Manifesto deixaram que o segundo lugar, com 17% de pontuação, ficasse com a hoje lendária Edição Maravilhosa. É isso mesmo, intrepid one! De olho na campanha difamatória – e preconceituosa – contra os Quadrinhos, promovida

Thongor quase estreou antes de Conan

Pois é, antes mesmo de Conan, o Bárbaro, Roy Thomas teve a idéia de licenciar e adaptar para os Quadrinhos o personagem Thongor , de Lin Carter, para a Marvel Comics. Mas, ao final das contas, o editor-chefe Stan Lee disse para “The Boy” insistir com o bárbaro da Ciméria e redigir um texto-proposta para o chefão Martin Goodman – conforme Roy confirmou quando o entrevistei pra Wizmania (na edição 37 da 1ª série, em outubro de 2006): “Sim, partiu dele (Stan) a decisão para que eu escrevesse um memorando ao Goodman explicando por que deveríamos licenciar um personagem estilo Espada-e-Feitiçaria. O negócio aconteceu por causa desse bilhete, e Stan merece tanto crédito por isso quanto eu”. Bem, como todos sabem, Conan tornou-se um tremendo sucesso nas HQs, o que motivou a Marvel e a concorrência a investirem nesse segmento de histórias (conforme explico em maiores detalhes no primeiro capítulo de A Era de Bronze dos Super-Heróis ). Dessa maneira, em março de 1973, quando Roy ocupo

EBAL: apenas uma sigla?

Quem teve a oportunidade de ler o livro A Guerra dos Gibis (Companhia das Letras, 2004) de Gonçalo Junior, soube que Adolfo Aizen, o pioneiro dos Quadrinhos no Brasil não era baiano de nascimento, mas sim, russo. Ou melhor, judeu russo. Tal revelação, em princípio, pode parecer de pouca relevância, ainda mais quando o principal enfoque dessa obra era outro. A saber: a censura imposta aos Quadrinhos nos seus anos formativos em nosso país. Contudo, tal informação jogou nova luz à gênese de nosso mercado editorial, principalmente a uma de nossas principais editoras de todos os tempos. No caso em questão, ao nascimento da EBAL – desde sempre, uma sigla para “Editora Brasil-América Ltda”. Mas seria apenas isso mesmo? Preste atenção! A palavra “Ebal” está grafada no livro de Deuteronômio (o 5° do Antigo Testamento ), como o monte em que Deus Todo-Poderoso ordenou a Moisés que edificasse um altar. É citado também no livro de Josué, o profeta que substituiu o líder dos judeus após s

Roberto Guedes na TV Gazeta

Esta notícia é rapidinha, mas não menos importante: amanhã, 16 de outubro, eu irei participar do programa Mulheres da TV Gazeta, comandado pela apresentadora Cátia Fonseca; que terá como pauta “Como e quando surgem os super-heróis”. Pra quem não sabe, o programa vai ao ar diariamente a partir das 14h, por isso não marque bobeira e deixe seu televisor sintonizado no canal certo. Afinal, não é todo dia que você tem a oportunidade de ver este intrépido escritor balbuciando devaneios acerca de Arte Seqüencial em rede nacional. Para maiores informações, acesse aqui o site da emissora. No mais, aguardo você lá! Tá falado! © Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.

Os vencedores do 2º Troféu Bigorna

O cartunista-metralhadora e chapa das antigas Marcio Baraldi, vulgo Baraldão, anunciou hoje no site Bigorna os vencedores da segunda edição do badalado Troféu Bigorna. Segue abaixo a lista com os 20 nomes premiados em 15 categorias distintas: Melhor Desenhista: Luke Ross Melhor Roteirista: Alvimar Pires dos Anjos Melhor Chargista: Maurício Ricardo Melhor Cartunista: Spacca Melhor Blog/Site Sobre Quadrinhos: ZineBrasil Melhor Jornalista Especializado: Marko Ajdaric Melhor Editora: Conrad Melhor Editora Independente: Virgo Melhor Fanzine/Revista Independente: Portal do Encantamento (de José Pinto de Queiroz) Melhor Publicação de Humor: MAD Melhor Livro Sobre Quadrinhos: Fantasma (de Marco Aurélio Lucchetti) Melhor Livro de Aventura/Outros: Artlectos e Pós-Humanos nº 3 (de Edgar Franco) Prêmio Contribuição à HQB: Livraria Comix, Programa HQ & Cia e Cooperativa Quarto Mundo Prêmio Uma Vida Dedicada aos Quadrinhos: Rubens Cordeiro, Diamantino da Silva, Antonio Luiz Cagnin

Mais uma homenagem ao Meteoro

E não é que o Mascarado Voador ganhou mais uma belíssima homenagem na rede? Desta vez, a iniciativa partiu do talentoso desenhista Bartolomeu Martins, vulgo Lancelot, em seu excelente blog HQ Quadrinhos. Trata-se de um espaço reservado a resenhas ligeiras e precisas sobre todo e qualquer super-herói que existe, desde a Era de Ouro até o presente momento, além de inúmeros representantes nacionais, como Capitão 7, Judoka, Velta, Garra Cinzenta etc., etc. e etc.; e agora, também, do nosso querido e charmoso Meteoro. Pra conferir em detalhes tudo isso e muito mais, é só clicar exatamente aqui, intrepid one! No mais, um abraço daqueles, ó, e até breve, pois o dever me chama! Tá falado! © Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.

The Brazilian Superheroes

When we talk about Brazil, the first things which generally come to mind are Carnival, Soccer and the Amazon Jungle, but the land of sunshine has so much more to show the world. The city of São Paulo, for example, is a kind of "New York of the tropics" (in the words of Mick Jagger, when he visited the metropolis for the first time in 1968). And like New York, São Paulo has comic book superheroes, such as Meteoro, Raio Negro, Capitão 7, and Mylar--the Mystery Man. In general, the Brazilian people very much like superheroes, as we'll now see... Art by Mozart Couto. In the Beginning The first Brazilian comic strip was As Aventuras de Nhô Quim (The Adventures of Mr. Quim) of January 30, 1869, by Angelo Agostini, and published in the pages of Vida Fluminense magazine. Agostini was a fighter for the end of slavery in Brazil, which happened in 1883. His strips had social criticism relevant to the times. On October 11 1905, the journalist Luiz Bartolomeu de Souza

Os super-heróis da Fire Comics estão de volta

Esta é a grande nova do momento, que tenho o prazer de comunicar a você intrepid one! Várias histórias que escrevi e publiquei nos anos 1990 serão republicadas em um álbum especial – de tiragem limitadíssima – a ser lançado em breve por uma nova casa editorial (que ainda não posso revelar qual é). São HQs que saíram originalmente pelo selo Fire Comics, e que mostram as primeiras aparições de personagens como Meteoro, Os Protetores, Devastador e Slady. Material muito comentado no fandom, hoje considerado raro, e que contou com o talento artístico de feras do traço como Joe Prado, Marcelo Borba, André Valle e Horácio Jordan entre outros. Os originais passam neste momento por um processo de digitalização e tratamento; e uma capa arrasa-quarteirão (a ser feita por um desenhista especialmente convidado) dará o toque de classe final a esta, que, sem dúvida será uma edição que preencherá uma lacuna e entrará, em definitivo, para os anais do comicdom brasuca. E a farra não para po

Revistas, livros e álbuns à venda

Olá, intrepid one! Mais uma vez coloco à venda algumas das publicações que escrevi e editei – abaixo segue a relação dos títulos. Mas atenção: a oferta é por tempo limitado (até 31 de outubro), ou enquanto houver exemplares em estoque. Estes já são os preços finais com desconto. Você pode levar todos ou apenas um dos itens se quiser. Será acrescido apenas o valor de postagem, conforme o peso final, e a região do país a ser entregue o pedido (e você poderá acompanhar a entrega pelo site do correio). Então não marque bobeira e reserve já o que te interessa OK? Para saber a forma de pagamento e fechar o pedido, clique aqui. A Era de Bronze dos Super-Heróis (Poucos exemplares) “O crepúsculo dos Quadrinhos” Vencedor do Troféu Bigorna como “Melhor Livro Sobre Quadrinhos de 2008”, suas páginas mostram que, de 1970 a 1985, o mercado americano de comic books sofreu mudanças radicais, começando pela substituição gradativa de profissionais veteranos por jovens autores oriundos do fandom, passand

Disney anuncia compra da Marvel Comics

É isso mesmo, true believer! Conforme noticiado esta manhã no site do The New York times, uma das mais poderosas companhias de entretenimento do mundo abocanhou a maior editora de Quadrinhos do planeta Terra pela bagatelinha de 4 bilhões de dólares! De agora em diante, Mickey Mouse vai cantar de galo pra cima de Homem-Aranha, Hulk, Capitão América, X-Men e os cerca de 5 mil personagens criados durante os últimos 70 anos de publicações da Casa das Idéias. “Nós acreditamos que adicionar a Marvel ao portfólio único da Disney promoverá oportunidades significativas em termos de crescimento e criação”, comentou Robert A. Iger, chefe executivo da Disney. Já Ike Perlmutter, o executivo da editora, ressaltou a importância de se poder dispor da tremenda organização global da Disney e de sua infra-estrutura no mercado de licenciamento e expansionismo criativo, emendando que “A Disney é o lar perfeito pro fantástico catálogo de personagens da Marvel!”. A redação da Marvel está em festa e Wall S

O Dinâmico Don Heck

Estava folheando algumas velhas revistas, quando me bateu uma nostalgia danada dos bons tempos de leitura descompromissada e diversão garantida. Época em que, por exemplo, Don Heck desenhava as aventuras de Batgirl, Vingadores, Homem-Aranha, Mulher-Maravilha, Steel (Gládio) e, claro, as do Homem de Ferro – e que eu, ainda um pirralho, tive a oportunidade de acompanhar tudo isso avidamente lendo os gibis da EBAL e Bloch Editores. Assim, resgatei uma pequena biografia que havia redigido originalmente para ser publicada na primeira Biblioteca Histórica Marvel do Vingador Dourado (que, acredito, acabou não sendo aproveitada), e a reproduzo aqui, como forma de homenagem a um artista tão pouco badalado no fandom, mas que merece todo o nosso carinho, já que preencheu de fantasia e alegria os corações juvenis de várias gerações de aficionados por HQs. *Don Heck (02.01.1929 – 23.02.1995). Sua notória habilidade para desenhar belas mulheres – influência direta de Milton Canniff – lhe garantiu

As novas e estranhas capas dos gibis do Aranha

Apesar do design bonito e arrojado dessas capas, os leitores torcem o nariz para, o que consideram uma desvirtuação do Estilo Marvel. As edições recentes de Amazing Spider-Man, o título mais tradicional do nosso querido Cabeça-de-Teia , precisamente, os números 602 e 603 vêm causando certa estranheza, e, por que não dizer (?), indignação em boa parte do fandom ianque devido às suas capas. Com evidente apelo sensual – traduzindo: Mary Jane –, que a bem da verdade, nunca foi motivo pra chatear ninguém (exceto os adeptos de Fredric Wertham), essas capas são esculhambadas em comentários espalhados em fóruns e sites especializados States a fora, devido à descaracterização empregada a uma revista do estilo super-heróico, e à face – considerada por muitos, horripilante – da ruiva ( Amazing 603), delineada por Stephane Roux. Alguém até alertou que “Será que é tão difícil de se fazer uma capa decente em Amazing?”, apesar das mesmas apresentarem um visual moderno e descolado o sufi

Chet - Caubói "Made in Brazil"

E não é que Chet, o velho caubói da extinta Editora Vecchi “garfou” 50% dos votos dos leitores do Manifesto, sagrando-se o vencedor da última enquete? Deixou na esteira alguns heróis da pesada como Capitão 7 e Judoka, e até mesmo seu chapa de tiroteiro, o bom e velho Jerônimo. Isso deve lá significar alguma coisa: quem sabe, uma reinvestida no bom e velho faroeste por parte dos autores brasucas? Hmm... Pois é, Chet surgiu no finalzinho dos anos 1970, nas páginas das revistas Ken Parker e Histórias do Faroeste. Suas aventuras foram inicialmente produzidas pelos irmãos Wilde e Watson Portela, e editadas pelo famoso Ota (o mesmo editor da MAD e Spektro ). A idéia era aproveitar o sucesso do ranger “italiano” Tex (repare que o nome “Chet” é praticamente um anagrama), inclusive com personagens secundários similares às criações de Bonelli e Galleppini (como o rapazote Rick e o parceiro Blue), e popularizar a versão nacional. Apesar da distância geográfica – Wilde, o roteirista, mora

40 anos de "O Careca"

Julho está terminando, mas para não passar batido, aqui vai uma pequena homenagem/lembrança aos 40 anos de criação (e não publicação) de O Careca, de Alain Voss. Pois é, que coisa esquisita, não é mesmo? E se não fosse pelo esforço de Woney Almeida de Souza e Franco de Rosa, que resgatarem do “limbo do anonimato” esse invocado personagem, com certeza eu não estaria aqui comentando sobre ele. Explicando melhor... O franco-brasileiro Alain Voss, que havia trabalhado na revista Realidade (precursora da Veja ) e ilustrado capas de discos dos Mutantes (banda nacional de Rock que lançou Rita Lee no cenário musical), criou uma movimentada história de espionagem, repleta de ação e desenhos pra lá de influenciados pela “pincelada de Jack Kirby” – nas palavras do próprio autor. Programada para sair em julho de 1969 pela União Brasileira de Editoras Ltda. (UBE), foram impressas apenas oito mil cópias do número 1 de O Careca. Mas depois de muita burocracia e problemas com distribuição,

Nova entra para os Vingadores

O Homem Chamado Nova – na verdade, o jovem Richard Rider – entra para a elite dos super-heróis da Marvel: os Vingadores. Isso mesmo! Finalmente o simpático Cabeça-de-Balde realiza seu sonho de consumo, e se torna um vingador, ao lado de seus ídolos medalhões Capitão América, Homem de Ferro e Thor. Completando a nova formação, constam ainda a Viúva Negra, o Visão e a Mulher-Invisível (sim, a própria). Só um detalhe: essas novas histórias não pertencem à continuidade dita “oficial” da Casa das Idéias, o tal “Universo 616”, mas sim, à linha Marvel Adventures – por aqui conhecida como Geração Marvel, com tramas mais pueris, voltadas para um público leitor mais jovem. A estréia de Nova ocorrerá nas páginas da revista Marvel Adventures Super Heroes 17, com lançamento previsto para novembro, com roteiro de Paul Tobin. Em entrevista ao site Nova Prime Page, o editor Nate Cosby comentou que “[...] precisávamos de um Homem-Aranha, mas não queríamos usá-lo, ele tem seu próprio gibi [...] quería

As 20 melhores Histórias em Quadrinhos de todos os tempos

OK, intrepid one! Trata-se de um título pra lá de pretensioso, eu sei. É a velha história de que cada um tem a sua opinião, seu gosto particular blábláblá. E é tudo verdade mesmo, quem sou eu para contrariar isso? Acontece que há pouco tempo fui convidado por Franco de Rosa para participar – junto com outros profissionais do meio – de uma pesquisa dessas para uma revista da Editora Escala, e mandei de bate-pronto a minha lista de favoritas. Muita coisa que considero bacana (Príncipe Valente, Mickey, Chet, Hulk, Nova, Cebolinha, Pelezinho, Turma Titã, Novos X-Men, Lobo Solitário, Flash Gordon, Dico, Tarzan e por aí vai) ficou de fora. O fato é que não havia uma regra definida, e cada participante poderia escolher entre séries contínuas, graphic novels, minisséries, tiras de jornal etc., apenas 20 títulos; por isso, muita gente boa, ou melhor, gibi bom, dançou. Snif! Snif! As que estão com o asterisco (*) são as que mais surpreenderam (positivamente) Franco em minha lista, e ele até

Retorno infeliz

O roteirista J. M. DeMatteis deixou sua marca nos anais dos Comics modernos ao escrever a inquietante A Última Caçada de Kraven (que mostra o Homem-Aranha sendo enterrado vivo por seu inimigo russo), além dos diálogos engraçadíssimos das, então, novas histórias da Liga da Justiça pós- Crise nas Infinitas Terras. Nos anos 1990, DeMatteis voltaria aos títulos aracnídeos para uma tarefa não tão gloriosa, ao compor o quadro de argumentistas da polêmica Saga do Clone, que trouxe à luz personagens que marcaram – não tão positivamente – as revistas do herói naquela década, como Ben Reilly (o tal clone de Peter Parker) e Kaine. E é com este último que DeMatteis iniciará o novo título mensal Web of Spider-Man (outra velha marca ressuscitada), conforme comentou ao site Newsarama: “Kaine é um dos mais intrigantes personagens da Saga do Clone... ele foi clonado a partir do DNA de Peter Parker antes de Ben Reilly, e, a experiência, aos olhos de seu criador Miles Warren (o Chacal), foi uma

O homem de pedra

Há muitos e muitos anos, imbuído pelo clima das histórias curtas de finais repentinos e surpreendentes da Warren e EC Comics, escrevi várias HQs de terror e ficção científica no intuito de montar uma revista nos moldes da saudosa Kripta. Apesar de contar com vários desenhistas talentosos na execução da empreitada, todo o material acabou “engavetado” devido aos meus outros – e mais urgentes – afazeres de editor. Mas como no meio editorial vivemos em um eterno dèjá vu, e as idéias vêm e vão a toda hora, quem é que pode afirmar categoricamente que não retomarei as rédeas desse projeto, é ou não é, intrepid one? Assim sendo, delicie-se por enquanto com a curtinha “O homem de pedra” (que escrevi para Marcelo Borba desenhar) como uma espécie de preview dessa gloriosa, e ainda inédita, publicação. É uma trama que fala sobre os segredos do coração humano, e da maneira como cada pessoa se vê e enxerga o mundo à sua volta. Cada um com a sua realidade dos fatos. Porém, a verdade, gera

O retorno da Creepy

Desde o ano passado a Dark Horse – uma das mais importantes publicadoras de Quadrinhos dos Estados Unidos – vem reeditando o material clássico da Warren Publishing, retirado dos lendários magazines Creepy e Eerie, em luxuosos álbuns de capa dura. Por aqui, quem teve o privilégio de acompanhar as séries Kripta e Shock (RGE), e Vampirella (Kultus e Noblet), sabe do que eu estou falando: simplesmente das melhores histórias de horror e ficção científica de todos os tempos! Pra quem não sabe, é só clicar aqui e conferir. Arte maravilhosa para roteiros inteligentes, o material da Warren compõe parte do imaginário popular, fez escola e influenciou gerações de quadrinistas (tanto lá fora quanto no Brasil). Também incendiou o mercado nacional do final dos anos 1970 e começo da década seguinte, incentivando o surgimento da “Geração Vecchi”, e das revistas Calafrio e Mestres do Terror, de Rodolfo Zalla. E nessa retomada, a editora lança a série Creepy Comics, com novas histórias e

Zan-Garr da Valakia

Para estrear a cara nova do Manifesto, nada melhor do que publicar uma história em quadrinho pra lá de movimentada e emocionante, não é mesmo, intrepid one? Na realidade, inauguro mais uma seção batuta do blog, a Première Manifesto – dedicada única e exclusivamente à exibição de HQs de minha autoria. Seja material antigo, novo, pequenos trechos, tiras etc. Embora a plataforma de exibição não seja a ideal para uma leitura virtual, a intenção aqui é apenas a de passar uma noção do projeto, aguçar a curiosidade do leitor, arrancar comentários... Enfim, você entendeu a idéia. Sobre a aventura a seguir, vale algumas explicações. "Zan-Garr da Valakia" é uma história curta de apenas quatro páginas, no estilo "Espada-e-Feitiçaria", e foi idealizada por mim há cerca de 10 anos para preencher a parte final de uma revista de RPG. Os desenhos foram feitos por Marcelo Borba – meu antigo parceiro de produções do selo Fire Comics –, enquanto que a arte-final ficou

Lançamento e despedida

Sábado, 06 de junho de 2009. Nas dependências da loja Comix, localizada em São Paulo City, ocorreu o lançamento do livro Fantasma: A Biografia Oficial do Primeiro Herói Fantasiado dos Quadrinhos (144 páginas, Opera Graphica Editora), escrito pelo professor de Comunicação e grande pesquisador Marco Aurélio Lucchetti, com organização e edição de Franco de Rosa. Infelizmente, não foi possível a Lucchetti comparecer ao lançamento, mas Franco fez as honras da casa, autografando os exemplares dos fãs e convidados com sua costumeira simpatia e muita criatividade (a cada autógrafo, fazia também um desenho do personagem). Eu com Giovanni Voltolini (ao fundo), Franco de Rosa e Worney. Entre os presentes na tarde ensolarada – mas um pouco fria de final de outono –, estavam os jornalistas Gonçalo Junior e Worney Almeida de Souza; o desenhista Primaggio Mantovi; os editores Junior Fonseca (New Pop), e Leonardo Vicente Di Sessa (HQ Maniacs); o distribuidor e entusiasta Giovann

Peter & Gwen: da primeira à última página

Editorial EBAL. Olá, intrepid one! Clique na imagem ao lado para ampliá-la. Você verá que é algo muito bacana! Publicado originalmente pela EBAL na 2ª capa de Superboy (em cores) 17, de julho de 1972, na verdade, esse texto é um resumo dos acontecimentos que seriam mostrados aos leitores em Almanaque do Homem-Aranha (para 1973) – edição que chegaria às bancas do Brasil dois meses depois. É nesse almanaque que a morte do Capitão Stacy – importante personagem da mitologia do aracnídeo – foi publicada pela primeira vez no Brasil. Embora o editorial não entregue isso de bandeja (até para não estragar a surpresa da leitura, ora, pois), faz questão de destacar que a trama a ser publicada naquelas páginas é o “ponto alto” das HQs boladas por Stan Lee. Outra curiosidade é a referência ao Homem de Gelo dos X-Men, batizado pela editora carioca como “Geleira” e classificado então como “um novo personagem”. Well, ou o redator simplesmente ignorou as publicações dos X-Men pela GEP, o

Nosso herói chamado Nova!

Dia 27 de maio, a Marvel lançará a 25ª edição da revista do herói espacial Nova. Pra quem não sabe, esta é 4ª série regular do personagem, sendo que apenas a primeira delas – lançada em 1976 – alcançou 25 números. Em seu press release a editora norte-americana já adiantou as capas das próximas três edições para atiçar a curiosidade do pessoal, como por exemplo, a da edição 28, que ilustra esta postagem; entretanto, o declínio acentuado no ranking de vendas nos últimos meses, notadamente a da edição 24 – que caiu para a 91ª posição –, acendeu o sinal de alerta. Desde o lançamento da série atual, Nova mantinha uma posição equilibrada no ranking. Nada pra deixar a Casa das Idéias eufórica, mas pelo menos, razoavelmente satisfeita. Assim, perguntei a Doug Smith – responsável pelo site Nova Prime Page, dedicado ao personagem criado por Marv Wolfman – se ele acredita que o título possa ser descontinuado. Ele esclareceu o seguinte: “Não. Acredito que Nova estará seguro por algum te

Por que abortaram o "Projeto Manhattan"?

Peter e Lynn pensando em casamento. Lynn? Quem?! - Arte de Larry Lieber. Idealizada para ser uma graphic novel, a história “The Manhattan Project” – escrita por Jim Shooter e Alan Zelenetz, e desenhada por Larry Lieber (entre outras, irmão caçula de Stan Lee) – apresentaria fatos tão polêmicos para os mitos do herói, que, com certeza, fez com que as cabeças pensantes nos corredores da Marvel Comcs temessem seu lançamento. Em meados dos anos 1980, Shooter, o editor-chefe de plantão, desistiu da publicação dessa edição especial que mostrava Peter Parker noivando uma garota muito rica e, até então desconhecida, chamada Lynn. Isso mesmo! Nada do clone de Gwen Stacy, de Mary Jane ou ainda da Gata Negra. Apenas “Lynn” (e não me olhe assim. Eu também não sei o sobrenome da moçoila). Ah, além disso, de maneira absurda, o fotógrafo do Clarim Diário assinava um contrato para jogar futebol americano profissionalmente. Afê! Mas o mais surpreendente é que nessa aventura, os vilões Rei do

Neal Adams: uma carreira que quase não começou

Um dos nomes mais famosos dos Quadrinhos mundiais! Dono de um estilo fotográfico dos mais imitados. Polêmico, de espírito ativista, com fortes posições quanto ao papel do desenhista no mundo de negócios que é o mercado americano dos Comics. Criador visual de vários personagens marcantes como Deadman, Morcego-Humano e Destrutor, é também considerado por muitos como o artista definitivo de Batman. Por essas e outras torna-se interessante notar que a gloriosa carreira de Neal Adams correu o risco de ser abortada logo em seu início há 50 anos. É isso mesmo, intrepid one! E eu explico! Assim como outros garotos da década de 1950, Neal Adams foi um fervoroso leitor das revistas de terror da EC Comics. Seus desenhistas preferidos eram Wally Wood, Jack Davis e Al Williamson. O gosto pela arte o fez matricular-se na School of Industrial Arts. Foi quando se convenceu de qual profissão queria abraçar: a de desenhista de Histórias em Quadrinhos (embora as pessoas mais velhas o desencorajas