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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Happy Birthday, Mister Marvel!

Today is anniversary of that boy who recited Shakespeare, and who dreamed of accomplishing great things - but he never imagined that he would become a myth in his own lifetime. He managed to rebuild the battered American Comics industry and made the small publisher Marvel become the greatest creative power of Comics when he wrote exciting and optimistic stories, and created human protagonists with existential conflicts. He influenced in his 90 years of life, professionals in Comics, Film and Television. He was called "The Homer of modern times" and "Mister Marvel";  and is loved by fans worldwide, and also admired by celebrities like Gene Simmons, Ringo Starr, Arnold Schwarzenegger, Larry Cohen and Tom Wolfe (just not to extend too). Not unlike me. When I was just a kid, I discovered the comic books he wrote and decided I wanted to work in the  Comics industry. Suddenly, I was being paid to write and edit some comics, or to write about them. Magazines,

A melhor história de Natal

Eu não lembro se algum dia, durante a minha infância, cheguei a acreditar em Papai Noel. É muito provável que não, e isso é culpa - ou seria graças [?] - aos meus irmãos mais velhos. "Papai Noel não existe, seu bobo! É o papai que compra os presentes pra gente", diziam aqueles dois terríveis destruidores de fantasia. Hoje, claro, só tenho a agradecer a eles por isso. É que eu não vou com a cara desse Papai Noel que alimenta o consumismo desenfreado no coração das pessoas e afasta o afeto natural que todos nós - e não apenas as crianças - deveríamos ter por Jesus Cristo, o aniversariante do dia, e verdadeiro merecedor de reverência. "Papai Noel, velho batuta, rejeita os miseráveis", conforme aquela música da banda Garotos Podres. Pois é, mas é difícil para nós todos contrariarmos as convenções estabelecidas. Até mesmo quem não é cristão comemora a data e troca presentes (uma tradição que também é atribuída a costumes pagãos). Contudo, o importante mesmo é não

Tia May é um perigo!

Atenção: o texto abaixo contém SPOILERS! Todo mundo já sabe que a próxima lambança da Marvel será "matar" o Homem-Aranha na edição 700 de Amazing Spider-Man, para que o velho inimigo, Doutor Octopus, assuma o lugar dele como o grande herói de Nova York. Assim, a editora fará a burrada suprema de zerar a série outra vez, ignorando a continuação da marca épica que é atingir 700 edições, iniciando a tal Homem-Aranha Superior.  Putz... Todo mundo também imagina que isso não vai durar muito, e que logo o mocinho voltará dos mortos, não é? Tudo é uma questão de vendas, e como a criatividade não está em alta por aqueles lados, o negócio é apelar! Doc Ock estava moribundo, mas com o seu intelecto privilegiado e tecnologia adequada, conseguiu transferir sua mente para o corpo sadio de Peter Parker (e vice-versa), assumindo seu lugar - bem, isso é o que vem sendo mostrado desde o número 698 -, mas um pensamento me ocorreu ao ler essas HQs: o de que, talvez, a transferênci

Roberto Marinho e os gibis

Trecho extraído da matéria de 13 páginas "A HISTÓRIA DOS QUADRINHOS NO BRASIL", publicada em ALMANAQUE METEORO 2.  * E m 1935, o jornalista carioca Roberto Marinho lança o Gibi (título que fez tanto sucesso, que acabou por virar sinônimo de “revista em quadrinhos” no Brasil).  Em 1952, Marinho fundaria sua publicadora de revistas, a Rio Gráfica e Editora que, assim como a EBAL também ficaria conhecida por uma sigla: RGE.  Somente nos anos 1980, o nome mudaria de forma definitiva para “Editora Globo”, estabelecendo de vez a ligação entre o jornal – quer herdou de seu pai – e a maior rede de televisão do Brasil.  A RGE chegou a ser a editora com mais títulos em banca em meados dos anos 1960. Seu grande carro-chefe nos gibis era mesmo O Fantasma de Le Falk, mas seu leque de editados ia de material da Hanna-Barbera, Marge, Charlton, Marvel Comics e tudo o que se pode lembrar que tenha sido um dia lançado. Marcou época com a revista de horror  Kripta  – com histórias madu

A dupla Lennon & McCartney dos Quadrinhos

Trecho extraído do livro STAN LEE, O REINVENTOR DOS SUPER-HERÓIS: * Não era sempre que Stan ia trabalhar de carro, mas muitas dessas ocasiões coincidiram com as celebradas visitas de Kirby à redação. Lógico que ele fazia questão de dar uma carona  ao parceiro até sua residência em Long Island – e nem é bom imaginar Stan dirigindo um automóvel e não conseguir ficar com as mãos ao volante devido àquela mania de gesticular demais. Romita quase sempre ia junto, ali, no banco de trás, como testemunha ocular privilegiada – e aterrorizada – daquelas conferências malucas dos dois. “Eles tagarelavam tanto e ao mesmo tempo sobre o que fariam no próximo número do Quarteto Fantástico, e nenhum dos dois parecia prestar atenção no que o outro falava. Mas é incrível, quando o gibi saía, estava tudo ali, tudo o que os dois haviam bolado!” Certa vez, ao chegarem à porta da casa, Stan desligou o motor porque o papo estava muito bom. Os três ficaram conversando dentro do veículo por quase duas