É até meio óbvio dizer, mas o final de uma história nem sempre se dá na última página – algumas vezes, por exemplo, a trama continua no próximo número. Há finais emocionantes e outros sem graça; de vez em quando o final é triste, e noutros, de pura fossa. E isso não se restringe às HQs. No cinema, por exemplo, há casos em que um filme deixa pontas soltas para uma seqüência, caso da sensacional trilogia De Volta Para o Futuro; e na televisão, não é raro vermos seriados usarem do expediente folhetinesco de deixar a surpresa pra logo depois, sempre na mesma bat-hora, sempre no mesmo batcanal. Pois é, a vida da gente é assim também, se não algo programado por um autor onisciente – e antes que diga “Deus”, vale lembrar que Ele nos concedeu o livre-arbítrio –, ao menos com certa cota de previsibilidade advinda deste ou daquele ato (pensado, impensado, tresloucado ou ultrapassado que seja). Todos nós somos protagonistas de nossas próprias vidas. A cada amanhecer temos a oportunidade d...
Ensaios e reflexões sobre um pouco de tudo