Roy William Thomas nasceu em Jackson, Missouri, em 22 de novembro de 1940 – ou seja, há exatos 68 anos –, e trata-se de uma das figuras mais importantes dos quadrinhos norte-americanos e mundiais. Começou a ler os comic books ainda cedo e logo se apaixonou pelas aventuras da Sociedade da Justiça, de Namor e do Tocha Humana. Anos depois, confessaria que seus dois personagens favoritos sempre foram o Coisa (do Quarteto Fantástico) e o Hawkman (Gavião Negro).
Em 1961, formou-se em Pedagogia pela Universidade Estadual do Missouri e, em 2005, tornou-se Mestre em Ciências Humanas pela Universidade Estadual da Califórnia. Fora dos quadrinhos, suas maiores influências são Joseph Heller, Homero, Robert E. Howard e William Shakespeare. Já no meio que o consagrou: Stan Lee, Joe Simon, Jack Kirby, Walt Kelly, Harvey Kurtzman, Otto Binder, Gardner Fox e Julius Schwartz.
No princípio da década de 1960, enquanto lecionava língua inglesa, foi convidado por Jerry Bails para co-editar o fanzine Alter Ego – primeiro dedicado exclusivamente ao universo dos super-heróis. Coube a Thomas, também, a honra de ser o primeiro integrante do fandom a ingressar no meio profissional (1965), abrindo espaço para toda uma nova geração de autores na década seguinte. Iniciou na redação da DC Comics, supervisionado por Mort Weisinger, o editor das revistas de Superman, mas após oito dias, se mandou para a Marvel: “Mort Weisinger era um homem muito difícil de se lidar. Por isso, quando Stan Lee me fez uma oferta, não pude recusar.”
Thomas foi o braço direito de Lee, e recebeu dele o apelido de “The Boy”. Logo mais, assumiria o papel de editor-chefe da Marvel. Tornou Conan, o Bárbaro mundialmente conhecido e criou personagens marcantes, como o andróide Visão*, e Morbius, o Vampiro Vivo; além de trabalhar nos principais títulos da Casa das Idéias, e da DC, como Fantastic Four, Avengers, Tarzan, X-Men, Amazing Spider-Man, Batman, All-Star Squadron, Shazam: The New Beginning, Thor, entre outros, sendo o responsável direto pelos quadrinhos de Guerra nas Estrelas.
Com o prestígio conquistado ao longo da carreira, trabalhou ainda para a televisão, roteirizando episódios do live action Xena, e de desenhos animados como Quarteto Fantástico (aquele com o robozinho H.E.R.B.I.E. no lugar do Tocha Humana), Homem-Borracha, Comandos em Ação e Conan – o Aventureiro. E, em parceria com Gerry Conway, escreveu o roteiro original do longa-metragem da Universal Conan, o Destruidor, de 1984 – posteriormente reescrito por Stanley Mann.
É também um dos profissionais mais respeitados e premiados da indústria, recebendo dezenas de honrarias dentro e fora dos Estados Unidos. Não por acaso, Thomas foi eleito pelos leitores da Comic Buyer’s Guide o quarto "Melhor Editor", e o quinto "Melhor Roteirista" de quadrinhos do século 20. Ele continua na ativa, produzindo Alter Ego – agora uma revista dedicada às Eras de Ouro e Prata –, e adaptando grandes obras da literatura para os quadrinhos sob o selo da Marvel.
Tive o privilégio de ser o primeiro a entrevista-lo para um periódico brasileiro, cuja publicação ocorreu na Wizmania 37 (outubro de 2006), e parte deste texto – que usei como introdução daquela reportagem – revisei, ampliei e atualizei para esta ocasião especial. Ao lado de alguns outros nomes importantes, Thomas faz parte das minhas maiores influências como editor e roteirista. Meu primeiro gibi Marvel da coleção foi um do Príncipe Submarino escrito por Roy. Mal poderia imaginar que, pouco mais de 30 anos depois, teria a honra de ver meu nome relacionado entre os colaboradores da lendária Alter Ego.
Em 1961, formou-se em Pedagogia pela Universidade Estadual do Missouri e, em 2005, tornou-se Mestre em Ciências Humanas pela Universidade Estadual da Califórnia. Fora dos quadrinhos, suas maiores influências são Joseph Heller, Homero, Robert E. Howard e William Shakespeare. Já no meio que o consagrou: Stan Lee, Joe Simon, Jack Kirby, Walt Kelly, Harvey Kurtzman, Otto Binder, Gardner Fox e Julius Schwartz.
No princípio da década de 1960, enquanto lecionava língua inglesa, foi convidado por Jerry Bails para co-editar o fanzine Alter Ego – primeiro dedicado exclusivamente ao universo dos super-heróis. Coube a Thomas, também, a honra de ser o primeiro integrante do fandom a ingressar no meio profissional (1965), abrindo espaço para toda uma nova geração de autores na década seguinte. Iniciou na redação da DC Comics, supervisionado por Mort Weisinger, o editor das revistas de Superman, mas após oito dias, se mandou para a Marvel: “Mort Weisinger era um homem muito difícil de se lidar. Por isso, quando Stan Lee me fez uma oferta, não pude recusar.”
Thomas foi o braço direito de Lee, e recebeu dele o apelido de “The Boy”. Logo mais, assumiria o papel de editor-chefe da Marvel. Tornou Conan, o Bárbaro mundialmente conhecido e criou personagens marcantes, como o andróide Visão*, e Morbius, o Vampiro Vivo; além de trabalhar nos principais títulos da Casa das Idéias, e da DC, como Fantastic Four, Avengers, Tarzan, X-Men, Amazing Spider-Man, Batman, All-Star Squadron, Shazam: The New Beginning, Thor, entre outros, sendo o responsável direto pelos quadrinhos de Guerra nas Estrelas.
Com o prestígio conquistado ao longo da carreira, trabalhou ainda para a televisão, roteirizando episódios do live action Xena, e de desenhos animados como Quarteto Fantástico (aquele com o robozinho H.E.R.B.I.E. no lugar do Tocha Humana), Homem-Borracha, Comandos em Ação e Conan – o Aventureiro. E, em parceria com Gerry Conway, escreveu o roteiro original do longa-metragem da Universal Conan, o Destruidor, de 1984 – posteriormente reescrito por Stanley Mann.
É também um dos profissionais mais respeitados e premiados da indústria, recebendo dezenas de honrarias dentro e fora dos Estados Unidos. Não por acaso, Thomas foi eleito pelos leitores da Comic Buyer’s Guide o quarto "Melhor Editor", e o quinto "Melhor Roteirista" de quadrinhos do século 20. Ele continua na ativa, produzindo Alter Ego – agora uma revista dedicada às Eras de Ouro e Prata –, e adaptando grandes obras da literatura para os quadrinhos sob o selo da Marvel.
Tive o privilégio de ser o primeiro a entrevista-lo para um periódico brasileiro, cuja publicação ocorreu na Wizmania 37 (outubro de 2006), e parte deste texto – que usei como introdução daquela reportagem – revisei, ampliei e atualizei para esta ocasião especial. Ao lado de alguns outros nomes importantes, Thomas faz parte das minhas maiores influências como editor e roteirista. Meu primeiro gibi Marvel da coleção foi um do Príncipe Submarino escrito por Roy. Mal poderia imaginar que, pouco mais de 30 anos depois, teria a honra de ver meu nome relacionado entre os colaboradores da lendária Alter Ego.
Parabéns, Roy... e obrigado!
© Copyright Roberto Guedes
* A imagem ao lado é de autoria do jovem cartunista – e meu bom amigo – José Borba, e foi feita a partir de uma sugestão que lhe passei: colocar Roy no lugar do Visão, na famosa cena em que o sintozóide é aceito como vingador e Roy escreve a célebre frase “Até mesmo um andróide pode chorar”. Daí, nós só trocamos “andróide” por “escritor”. Ficou bem legal, não é?
Borba rules!
© Copyright Roberto Guedes
* A imagem ao lado é de autoria do jovem cartunista – e meu bom amigo – José Borba, e foi feita a partir de uma sugestão que lhe passei: colocar Roy no lugar do Visão, na famosa cena em que o sintozóide é aceito como vingador e Roy escreve a célebre frase “Até mesmo um andróide pode chorar”. Daí, nós só trocamos “andróide” por “escritor”. Ficou bem legal, não é?
Borba rules!
Comentários
Que alegria poder ter contribuído dessa forma com o blog, Guedes. Tomara que, se o Roy ver este desenho, ele curta ter sido transformado no Visão :)
"Jovem cartunista"? haha
Nem tão jovem, nem tão cartunista, mas aceito a nobre alcunha, só por hoje, em consideração ao Roy hehe.
Abraços vingadores, meu velho!!!
Guedes, que gibi do Namor era esse?
Carlos
Parabéns pelo blog e pelo texto..muito bacana
agora, divulgação básica
Já está on-line no PORTRAIT, a minha primeira HQ em parceira com
Licida Vidal - EU SO TENHO OLHOS PARA VOCÊ. Eu fico com o texto, ela
com a arte. Provavelmente, no fim de semana, colocarei no ar uma nova
HQ (Cidade). Além disso, já está em produção a LOIRA DO BANHEIRO (e
sua versão da História)
http://aledacosta.blogspot.com/
vale conferir
deixe seu comentário...
Obrigado e boa semana
Great cartoon... thanks! Sorry I can't read the text. Roy
Ei, esse "Roy" ai de cima é o cara?
Rogério
Hi Roy--
I'll translate the text to english and send it to you.
Borba, como você pode ver, Roy "The Boy" achou o teu desenho o máximo! Como diria o Homem de Ferro, você já pode "tirar onda" agora. rsrs
Abraço a todos!
O Roy, além de ser "o cara", é muito generoso!!!
Puxa, muito legal :)
Agora sou eu que vou chorar...
Guedes, você que é um grande pesquisador: Existe este roteiro original do Roy pro Conan o Destruidor? E como é que este maldito Stanley Mann tem coragem de reescrever qualquer coisa do homem?
Abraço.
Andre Bufrem
Você pode conferir a história original que foi deturpada e suavizada no filme, lendo a graphic novel "O chifre de Azoth" que a Abril publicou por aqui em 1991.
Nela, Roy e seu parceiro Gerry Conway (co-autor do roteiro pro cinema) só mudaram os nomes dos personagens do longa-metragem e mandaram ver.
Vou comprar seu último livro. Dizem que é ótimo!
Flávio S.
Carlos, o gibi era Namor nº 2 da Bloch Editores. Há duas HQs muito boas, em uma ele encontra Hércules, e na outra, o Capitão Marvel (Mar-Vell). Desenhos de Sal Buscema.
Essas HQs nunca mais foram republicadas no Brasil.
Otimo texto!!!
E Parabéns ao Borba pelo desenho, ficou duca, excelente mesmo.
Obrigado pela visita e pelos comentários! Borba, Roy, vocês, eu... enfim, todos nós gostamos! rsrsrs
E o Tarzan ainda terá sua vez por aqui, no Manifesto.
Abraços!