Todo mundo concorda que o Capitão América é um dos mais emblemáticos personagens da poderosa editora Marvel Comics, certo? Pois é...
Outro dia, em conversa animada com amigos, o papo rendeu legal sobre a trajetória do Capitão América nas Histórias em Quadrinhos, desde que este estreou nas páginas impressas em 1941, até os anos 1970, quando se rebelou contra o governo corrupto americano de então (Caso Watergate), passando a atuar como Nômade.
Doravante, voltaria a empunhar o escudo e as cores de sua pátria, para enfrentar uma sociedade secreta que pretendia dominar a América utilizando a tal “Bomba da Loucura”. Uma seqüência bem subestimada pela crítica, mas com pitadas “proféticas” redigidas e pinceladas por Jack Kirby. Não quanto à bomba, mas sim, quanto aos grupos elitistas que dominam o mundo nos bastidores. Mas este não é o assunto desta postagem...
Hoje, enquanto separava material para uma pesquisa – nada a ver com o blog aqui –, me deparei com a famosa aventura do Tocha Humana da raríssima Strange Tales 114 (novembro de 1963), em que o Capitão faz sua estréia na Era de Prata dos Quadrinhos de super-heróis (e para quem não leu Quando Surgem os Super-Heróis, fique sabendo que este período compreende os anos de 1956 a 1969). Na capa, uma das primeiras transcrições referenciais à Era de Ouro das HQs, estabelecendo a divisão e distinção de um período e outro.
Pois é, mas o que há de tão importante nessa publicação além do fato do retorno do Capitão? Simples, é que não se tratava realmente de Steve Rogers, mas sim, de um impostor disfarçado como o Campeão da Liberdade! Na verdade, um velho inimigo do jovem cabeça quente do Quarteto Fantástico, o famigerado e saltitante Carl Zante, O Acrobata!
O editor e roteirista Stan Lee, esperto como ele só, não quis arriscar uma volta prematura do mais famoso herói da Timely – como a Marvel Comics era conhecida nos forties –, e dar com os burros n’água, como acontecera anteriormente, precisamente em 1954; daí que veio com essa de um fake, pra ver o que os leitores achavam.
E não deu outra! Atiçou a vontade dos True Believers, que passaram a exigir a volta do bandeiroso, o que não demorou a ocorrer. Em Avengers 4 (março de 1964), os Vingadores encontram o herói da 2ª Grande Guerra congelado, em estado de animação suspensa. E o resto é história...
Ao lado, a cena apoteótica com a surpreendente aparição do falso Capitão, desenhada por Kirby, e arte-finalizada por Dick Ayers. Diretamente da minha coleção.
Tá falado!
© Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.
Outro dia, em conversa animada com amigos, o papo rendeu legal sobre a trajetória do Capitão América nas Histórias em Quadrinhos, desde que este estreou nas páginas impressas em 1941, até os anos 1970, quando se rebelou contra o governo corrupto americano de então (Caso Watergate), passando a atuar como Nômade.
Doravante, voltaria a empunhar o escudo e as cores de sua pátria, para enfrentar uma sociedade secreta que pretendia dominar a América utilizando a tal “Bomba da Loucura”. Uma seqüência bem subestimada pela crítica, mas com pitadas “proféticas” redigidas e pinceladas por Jack Kirby. Não quanto à bomba, mas sim, quanto aos grupos elitistas que dominam o mundo nos bastidores. Mas este não é o assunto desta postagem...
Hoje, enquanto separava material para uma pesquisa – nada a ver com o blog aqui –, me deparei com a famosa aventura do Tocha Humana da raríssima Strange Tales 114 (novembro de 1963), em que o Capitão faz sua estréia na Era de Prata dos Quadrinhos de super-heróis (e para quem não leu Quando Surgem os Super-Heróis, fique sabendo que este período compreende os anos de 1956 a 1969). Na capa, uma das primeiras transcrições referenciais à Era de Ouro das HQs, estabelecendo a divisão e distinção de um período e outro.
Pois é, mas o que há de tão importante nessa publicação além do fato do retorno do Capitão? Simples, é que não se tratava realmente de Steve Rogers, mas sim, de um impostor disfarçado como o Campeão da Liberdade! Na verdade, um velho inimigo do jovem cabeça quente do Quarteto Fantástico, o famigerado e saltitante Carl Zante, O Acrobata!
O editor e roteirista Stan Lee, esperto como ele só, não quis arriscar uma volta prematura do mais famoso herói da Timely – como a Marvel Comics era conhecida nos forties –, e dar com os burros n’água, como acontecera anteriormente, precisamente em 1954; daí que veio com essa de um fake, pra ver o que os leitores achavam.
E não deu outra! Atiçou a vontade dos True Believers, que passaram a exigir a volta do bandeiroso, o que não demorou a ocorrer. Em Avengers 4 (março de 1964), os Vingadores encontram o herói da 2ª Grande Guerra congelado, em estado de animação suspensa. E o resto é história...
Ao lado, a cena apoteótica com a surpreendente aparição do falso Capitão, desenhada por Kirby, e arte-finalizada por Dick Ayers. Diretamente da minha coleção.
Tá falado!
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Comentários
Parabéns pela matéria.
Além de super talentoso e criativo, você escreve muito bem, aborda os temas, sempre, com sabedoria e baseado em pesquisas aguçadas. Vc, pra mim, é uma das maiores enciclopédias em matéria de super-heróis!
Go ahead, brother!
Quando teremos a edição 3 do nosso querido Meteoro?
Guedes é the best.
Meus agradecimentos por mais este esclarecimento quadrinístico de altíssima qualidade.
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Renato e "anônimo" (não esqueça de se identificar na próxima), valeu!
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Grande Tony! Muito obrigado pelos elogios. Quanto a Stan, não é à toa que era chamado de "O Cara", não é mesmo?
Abraços a todos!
Informação importantíssima pelo menos pra mim...), nunca imaginei este "teste de campo" com o Capitão.
Ótima estratégia do The Man.
Obrigado.
Andre Bufrem
gabriel rocha
Abração!