Já foi o tempo em que o encontro de dois ou mais super-heróis numa história era um acontecimento e tanto - daqueles que eram aguardados com ansiedade pelos leitores, que ficavam por semanas na cabeça dos fãs, que eram debatidos nas rodinhas de amigos e motivo pra muita discussão da boa.
Hoje a coisa está tão banalizada, tão lugar-comum que a gente torce mesmo é para que os nossos personagens preferidos consigam, ao menos, tocar suas aventuras individualmente e que não recebam a "visita" de nenhuma outra superestrela nas páginas do seu gibi.
Acontece que os Quadrinhos mainstream americanos (traduzindo: Marvel e DC Comics) vivem há um bom tempo das chamadas "grandes sagas", histórias que intercalam vários títulos distintos, com muitos encontros e promessas de reviravoltas mirabolantes na vida dos personagens.
Balela! Passe longe dessas coisas!
Infelizmente, após tantos anos de sanidade mental razoavelmente ajustada, eu mesmo não segui o meu próprio conselho, e decidi comprar Vingadores vs X-Men 1, talvez por causa da arte de John Romita Jr... sei lá!
Bem, não se preocupe com spoiler, caso você ainda pretenda gastar seus trocados com essa tranqueira, pois nem vou perder tempo em explicar esse roteiro manjado, repleto de personagens mal caracterizados, simplesmente irreconhecíveis (jogaram quatro décadas de amadurecimento de Peter Parker na lata de lixo) e uma equipe de Vingadores que mais parece a Liga da Justiça. Nada contra a LJA, só quero dizer que agora qualquer um no Universo Marvel é vingador, mesmo que essa nunca tenha sido a proposta original da série. Aliás, pra quem ainda não sacou, Marvel e DC são editoras diferentes com personagens e ambientes fictícios distintos. Tsc... deixa pra lá!
O roteiro é creditado a cinco pessoas. Acho inacreditável que sejam necessários cinco profissionais pra contar uma trama que qualquer garotinho aprendendo a ler poderia ter bolado em seu caderno escolar. Ah, sim! O estilo de Romitinha continua funcionando muito bem em cenas de ação, mas senti certa preguiça do artista em alguns momentos - na boa, ele deve estar de saco cheio de desenhar sempre a mesma coisa.
As duas HQs backups são desenhadas por Adam Kubert e Stuart Immonen e mostram, respectivamente, os quebra-paus entre Homem de Ferro e Magneto, e Namor e Coisa. Os roteiristas não importam.
Aliás, a revista toda não importa.
© Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.
Hoje a coisa está tão banalizada, tão lugar-comum que a gente torce mesmo é para que os nossos personagens preferidos consigam, ao menos, tocar suas aventuras individualmente e que não recebam a "visita" de nenhuma outra superestrela nas páginas do seu gibi.
Acontece que os Quadrinhos mainstream americanos (traduzindo: Marvel e DC Comics) vivem há um bom tempo das chamadas "grandes sagas", histórias que intercalam vários títulos distintos, com muitos encontros e promessas de reviravoltas mirabolantes na vida dos personagens.
Balela! Passe longe dessas coisas!
Infelizmente, após tantos anos de sanidade mental razoavelmente ajustada, eu mesmo não segui o meu próprio conselho, e decidi comprar Vingadores vs X-Men 1, talvez por causa da arte de John Romita Jr... sei lá!
Bem, não se preocupe com spoiler, caso você ainda pretenda gastar seus trocados com essa tranqueira, pois nem vou perder tempo em explicar esse roteiro manjado, repleto de personagens mal caracterizados, simplesmente irreconhecíveis (jogaram quatro décadas de amadurecimento de Peter Parker na lata de lixo) e uma equipe de Vingadores que mais parece a Liga da Justiça. Nada contra a LJA, só quero dizer que agora qualquer um no Universo Marvel é vingador, mesmo que essa nunca tenha sido a proposta original da série. Aliás, pra quem ainda não sacou, Marvel e DC são editoras diferentes com personagens e ambientes fictícios distintos. Tsc... deixa pra lá!
O roteiro é creditado a cinco pessoas. Acho inacreditável que sejam necessários cinco profissionais pra contar uma trama que qualquer garotinho aprendendo a ler poderia ter bolado em seu caderno escolar. Ah, sim! O estilo de Romitinha continua funcionando muito bem em cenas de ação, mas senti certa preguiça do artista em alguns momentos - na boa, ele deve estar de saco cheio de desenhar sempre a mesma coisa.
As duas HQs backups são desenhadas por Adam Kubert e Stuart Immonen e mostram, respectivamente, os quebra-paus entre Homem de Ferro e Magneto, e Namor e Coisa. Os roteiristas não importam.
Aliás, a revista toda não importa.
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Comentários
Acho incrível quando algum herói participa de uma aventura com outro. Pulo que nem criança! meus olhos brilham! Mas sei que, ao passar dos tempos, vou ter o mesmo pensamento que vocês. Os roteiros fracos, as histórias, as tramas, etc. vão cooperar com isso.
Todavia, como eu estou chegando agora terei que acompanhar isso. O ruim - não só pra mim, mas para muitos - é que, além das HQs está caras, as tramas demoraram para ser concluídas. Antigamente, todos podiam comprar. tinhas boas histórias, etc. Hoje em dia, só os "riquinhos".
Ex.: Os Novos 52 é a nova fase da DC Comics. Cada revista custa em torno de R$6,99 a R$15,00. As histórias estão já na décima segunda edição e poucas foram concluídas. Fica meio chato e com prejuízo está gastando todo mês quase r$100 reais em HQs tão "pobre".
Mas fazer o que, né?
I LOVE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS!
Tudo bem? Então... Já me perguntei muito o que esperar de uma HQ. Mas a resposta para mim é difícil. Mas sempre me faço a pergunta para que eu não vá esperando algo dela que ela não pode me dar. Particularmente eu gostei da saga até aqui. Em geral quando heróis entram em embate a densidade e a dramaticidade dos diálogos e dos roteiros tendem a se aprofundar, fugindo dos clichês que permeiam as tradicionais relações entre heróis e vilões.
Achei interessante ler sua opinião pois percebo que ainda deve me escapar coisas importantes em uma HQ. Talvez isso venha do fato de eu não ter acompanhado determinadas historias anteriores que serviram de base para se determinar o que é uma boa história.
Gde. Abc.
Marcelo.
Olha, de tudo de ruim que acontece nas HQs atuais de Marvel e DC, acho que o pior nem é o tal clichê, mas sim, a descaracterização completa dos personagens. Isso é inadmissível do ponto de vista editorial. O mínimo que se espera de um roteirista contratado é que ele conheça e entenda os personagens que está escrevendo.
Abraços!