Os Antigos Mistérios nunca estiveram tão em voga como nos dias de hoje - e por uma série de razões que pretendo abordar em futuras postagens aqui no Manifesto - contudo, não é de agora que muitos autores se valem de assuntos como Sociedades Secretas e Teoria da Conspiração para incrementar suas obras ficcionais.
Foi o que ocorreu nos anos 1970 quando o roteirista Steve Englehart assumiu o comando de várias séries da Marvel, tais quais Vingadores, Dr. Estranho, Defensores e Capitão América, impregnando suas páginas com Ocultismo, Magia e elementos fantasiosos os mais diversos (para mais informações recomendo a leitura da minha coluna "Universo Marvel/DC" na revista Mundo dos Super-Heróis 52)
Após três anos de histórias mirabolantes, Englehart deixou o título do Capitão América. A editora escalou John Warner pra segurar as pontas por duas edições até que outro roteirista fosse contratado em definitivo.
Na época, Warner escrevia e editava alguns magazines em preto e branco da Marvel, como Deadly Hands of Kung Fu, Doc Savage e Rampaging Hulk, além das HQs do personagem Filho de Satã. Ele também tinha uma experiência pregressa com a revista de horror Dark Shadows da Gold Key - baseada na série de TV Sombras da Noite.
E não deu outra: nas edições 187 e 188 (julho e agosto de 1975) Warner reintroduz o vilão Druida para literalmente infernizar o Sentinela da Liberdade. A primeira parte foi desenhada por Frank Robbins, a segunda por Sal Buscema. No Brasil as duas histórias foram publicadas em Capitão América 13 (Bloch, 1976).
Criado por Stan Lee e Jack Kirby em 1966 como um inimigo quase sobrenatural de Nick Fury, o Druida é líder de uma seita macabra e detém tanto conhecimento tecnológico quanto os segredos da alquimia.
O herói é abduzido por uma espécie de disco voador e jogado num local chamado "Labirinto dos Anciãos", formado por paredes geométricas e símbolos místicos, como obeliscos e peças megalíticas - que remete ao sítio arqueológico de Stonehenge.
O herói enfrenta inúmeros desafios na tentativa de escapar daquela loucura, mas todos os caminhos levam à Arena do Tempo, lugar iluminado por uma pirâmide flutuante - símbolo de várias organizações secretas e ocultistas como Maçonaria e Illuminati - e onde uma criatura poderosíssima conhecida apenas como Alquimóide pretende esmigalhar Steve Rogers a fim de provar ao mundo a supremacia do Druida.
Segue-se uma batalha feroz, e o mocinho consegue reverter o jogo a seu favor induzindo o Alquimóide a destruir seus símbolos místicos que, não por acaso, também são a fonte de seu poder. Em seguida o Capitão parte pra cima do Druida e seus acólitos. Mais uma vez o misterioso OVNI intercede e leva o desfalecido vilão embora do local.
No final, a lição que ficou dessa inusitada aventura, é que nenhum símbolo do Mal, por maior que seja o poder que pretenda amealhar, jamais conseguirá vencer o Bem.
© Copyright Roberto Guedes. Todos os direitos reservados.
Foi o que ocorreu nos anos 1970 quando o roteirista Steve Englehart assumiu o comando de várias séries da Marvel, tais quais Vingadores, Dr. Estranho, Defensores e Capitão América, impregnando suas páginas com Ocultismo, Magia e elementos fantasiosos os mais diversos (para mais informações recomendo a leitura da minha coluna "Universo Marvel/DC" na revista Mundo dos Super-Heróis 52)
Após três anos de histórias mirabolantes, Englehart deixou o título do Capitão América. A editora escalou John Warner pra segurar as pontas por duas edições até que outro roteirista fosse contratado em definitivo.
Na época, Warner escrevia e editava alguns magazines em preto e branco da Marvel, como Deadly Hands of Kung Fu, Doc Savage e Rampaging Hulk, além das HQs do personagem Filho de Satã. Ele também tinha uma experiência pregressa com a revista de horror Dark Shadows da Gold Key - baseada na série de TV Sombras da Noite.
E não deu outra: nas edições 187 e 188 (julho e agosto de 1975) Warner reintroduz o vilão Druida para literalmente infernizar o Sentinela da Liberdade. A primeira parte foi desenhada por Frank Robbins, a segunda por Sal Buscema. No Brasil as duas histórias foram publicadas em Capitão América 13 (Bloch, 1976).
Criado por Stan Lee e Jack Kirby em 1966 como um inimigo quase sobrenatural de Nick Fury, o Druida é líder de uma seita macabra e detém tanto conhecimento tecnológico quanto os segredos da alquimia.
O herói é abduzido por uma espécie de disco voador e jogado num local chamado "Labirinto dos Anciãos", formado por paredes geométricas e símbolos místicos, como obeliscos e peças megalíticas - que remete ao sítio arqueológico de Stonehenge.
O herói enfrenta inúmeros desafios na tentativa de escapar daquela loucura, mas todos os caminhos levam à Arena do Tempo, lugar iluminado por uma pirâmide flutuante - símbolo de várias organizações secretas e ocultistas como Maçonaria e Illuminati - e onde uma criatura poderosíssima conhecida apenas como Alquimóide pretende esmigalhar Steve Rogers a fim de provar ao mundo a supremacia do Druida.
Segue-se uma batalha feroz, e o mocinho consegue reverter o jogo a seu favor induzindo o Alquimóide a destruir seus símbolos místicos que, não por acaso, também são a fonte de seu poder. Em seguida o Capitão parte pra cima do Druida e seus acólitos. Mais uma vez o misterioso OVNI intercede e leva o desfalecido vilão embora do local.
No final, a lição que ficou dessa inusitada aventura, é que nenhum símbolo do Mal, por maior que seja o poder que pretenda amealhar, jamais conseguirá vencer o Bem.
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Comentários
Falou tudo.
Abraço e queremos mais!
Andre Bufrem
Assim que for possível, postarei novas matérias desse tipo.